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O Tegumento Comum

Por:   •  5/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.594 Palavras (15 Páginas)  •  426 Visualizações

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TEGUMENTO COMUM

INTRODUÇÃO

O termo tegumento comum abrange a pele normal, com sua cobertura de pêlos e uma variedade de glândulas cutâneas,assim como partes especializadas, como garras, cascos e cornos. A pele envolve completamente o corpo e une-se às mucosas nas diversas aberturas naturais. Em seu estado normal, protege contra abrasões e lacerações superficiais e ainda invasão por microrganismos, desempenha um papel importante na termorregulação e, sendo praticamente impermeável à água, impede o ressecamento externo do corpo (com a perda concomitante de eletrólitos e outras substâncias vitais); de modo oposto, impede a capitação excessiva de água nos mamíferos aquáticos. Certas substâncias lipídicas podem penetrar na pele e são utilizadas (sob a forma de pomadas) como veículos para administração de medicamentos.

A coloração da pele (e do pêlo) depende parcialmente da presença de grânulos de pigmento em determinadas células componentes. Esses pigmentos protegem contra a radiação ultravioleta e estão relacionados com a capacidade em refletir o calor do sol, que pode elevar a temperatura corpórea; seus efeitos explicam parcialmente a razão pela qual a coloração da pele e do pêlo influencia a adaptabilidade dos animais à vida em climas ensolarados. A coloração da áreas glabras e não-pigmentadas também é influenciada de vários modos pelo sangue nos vasos que perfundem suas camadas mais profundas; o rubor nos humanos representa o exemplo mais óbvio de tais efeitos, mais a palidez da anemia ou do choque, o tom azulado (cianose) indicativo de falta de oxigênio e o amarelo (icterícia) são da maior relevância em veterinária. As mudanças de coloração muito chamativas, como aquela pela qual o camaleão é ilustre, não ocorrem nos mamíferos, embora se possa mencionar a cor berrante da pele focinho e do períneo dos mandris machos e macacos apresentados.

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ESTRUTURA DA PELE

Uma certa recapitulação e a ampliação da descrição prévia sobre a estrutura básica da pele agora são necessárias. Recordamos que a pele é composta de duas partes, um epitélio superficial (epiderme) e uma camada fibrosa resistente (derme), que repousa em estrato de tecido conjuntivo frouxo (subcutâneo).

A epiderme é continuamente renovada. As células superficiais esfacelam em flocos ou como partículas menores (aquelas da pele humana, respondendo por boa parte da poeira doméstica) e esta perda é compensada pela divisão celular na camada mais profunda, seguida pela migração das células-filhas em direção à superfície. A medida que as células epidérmicas se acumulam na superfície, sofrem uma série de modificações internas que, gradualmente, causam sua morte, de forma que, quando chegam ao ambiente externo, são incapazes de reagir às diversas influências a que ficam expostas. A camada mais profunda (estrato basal) é rigorosamente moldada nas irregularidades da derme subjacente e subjacente e possui uma área consideravelmente maior que a superfície do corpo. Conforme as células se deslocam em direção ao estrato espinhoso, encolhe-se e separam-se , embora permaneçam unidas pelas pontes intercelulares (desmossomas). O processo de queratinização (cornificação) tem início e, na camada seguinte (estrato granuloso), as células contêm grânulos queratoialinos espalhados. Em algumas regiões esta camada é seguida por fino estrato lúcido, no qual as células achatadas, que já perderam seus núcleos e contornos distintos, adquirem um aspecto homogêneo pela dispersão uniforme dos grânulos. Poe fim, a camada mais externa (estrato córneo) consiste em escamas densamente compactadas com queratina protéica fibrosa, a verdadeira substância córnea em que a queratoialina foi transformada. É a queratina que confere especializações epidérmicas por sua dureza e resistência.

As camada epidérmicas são mais espessas e mais nitidamente diferenciadas onde a pele está exposta ao uso intenso, como nos coxins plantares de um cão. Onde a abrasão é menos grave, como nas áreas peludas, a epiderme é muito mais delgada e nem o estrato granuloso nem o estrato lúcido podem ser claramente representados. A espessura da epiderme depende da taxa mitótica dentro do estrato basal, regulável por uma substância (calônio epidérmico) que inibe a divisão celular. Embora a perda e a produção celulares normalmente se igualem para manter uma espessura epidérmica regular, este equilíbrio pode ser rompido em determinadas circunstâncias.

Não há vasos sanguíneos ou linfáticos na epiderme, que se nutre por difusão a partir da derme subjacente.

A derme é composta em grande parte por fibras colágenas, densamente agrupadas, como se pode demonstrar pelo couro curtido (derme curtida). As fibras elásticas, também presentes, tornam a pele flexível e são capazes de retornarem a sua forma primitiva após serem enrugadas ou deformadas. São essas fibras que afastam as bordas de uma ferida, tornando-a aberta. A tensão Crônica danifica a estrutura da derme, rompendo os feixes de tecido conjuntivo; o reparo subseqüente em geral se dá por tecido cicatricial mais claro. Um exemplo fisiológico desde processo é dado pelas linhas brancas (estrias) da pele abdominal que aparecem após o término da gestação, especialmente nas mulheres.

A derme é abundantemente vascularizada e inervada. Também é invadida por folículos pilosos e glândulas sudoríparas, sebáceas e outras, que crescem a partir da epiderme.

A interface através da qual os nutrientes e substâncias residuais se difundem entre a epiderme e a derme é ampliada pela modelagem complexa destes componentes. As projeções semelhantes a dedos e cristas da derme ajustam-se hermeticamente em depressões recíprocas da epiderme e, sob condições normais, a adesão entre as duas estruturas não é facilmente alterada. O trauma, como aquele causado por chutes, algumas vezes as separam forçosamente, permitindo que o líquido intersticial se acumule em uma vesícula. A ruptura da vesícula expõe a superfície esfolada da derme; normalmente, isto é coberto com rapidez pelo epitélio, que cresce de dentro para fora a partir da margem da lesão cutânea.

As maiores cristas e papilas dérmicas, em geral, desenvolvem-se aonde o epitélio de revestimento é mais espesso, refletindo-se

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