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Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária

Por:   •  9/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  874 Palavras (4 Páginas)  •  343 Visualizações

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Botulismo em cães- relato de caso, foi publicado na Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária ano VI, número 10, em janeiro de 2008. Escrita pelos autores SALVARANI, Renata de Sá; ALVES, Maria Luiza; SUZUKI, Érika Yuri e ZAPPA, Vanessa sendo as duas últimas Docentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FAMED em Garça (SP). A Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela associação cultural e educacional em Garça.

O Relato de caso em questão apresenta dados sobre o Botulismo somado a análise da etiologia, as características clínicas, o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico da doença. O botulismo é raro em cães, sendo causado pela ingestão de comida deteriorada ou carcaças em decomposição contendo a toxina do Clostridium botulinum.

Essa toxina pré-formada é produzida por uma bactéria gram positiva, anaeróbica, formadora de esporos e saprófita do solo, chamada Clostridium botulinum. Logo após ser ingerida a toxina é absorvida pelo estômago e parte superior do intestino delgado, até os linfáticos e circula chegando a junção neuromuscular dos nervos colinérgicos onde exercerá efeito impedindo a liberação pré-sináptica de acetilcolina levando a uma disfunção parassimpática, que causa paralisia progressiva e ascendente do neurônio motor inferior acometendo nervos cranianos e espinhais, essa moléstia generalizada do neurônio motor inferior irá resultar na paralisia completa do mesmo.

Os sinais clínicos podem ocorrer em horas ou dias após a ingestão da toxina, sendo eles paralisia progressiva e ascendente do neurônio motor inferior, acometimento extenso de nervos cranianos, sialorréia, tosse, dificuldade de comer, aparecimento de megaesôfago e regurgitação. Além disso, os cães que sofrem com a doença ficam muito enfraquecidos, perdem o tônus muscular e não apresentam reflexos espinhais, mas não há atrofia muscular e a propriocepção e percepção da dor são normais (sem hiperestasia). A midríase pode ser observada em casos mais graves. A morte geralmente resulta de paralisias respiratórias.

O diagnostico é feito com base nos achados clínicos, considerando a fraqueza dos músculos da face, da mandíbula e da faringe muito comuns, e no histórico do animal, com a possível ingestão de comida deteriorada. Pode ser encontrado toxinas no soro, fezes, vomito ou amostras do alimento ingerido. Considera-se a raiva um diagnóstico diferencial em casos de animais gravemente acometidos.

A recuperação espontânea dos animais moderadamente afetados ocorrem depois de uma ou três semanas de duração da enfermidade, é importante destacar que não existe tratamento especifico para o botulismo, pois a antitoxina não é de fácil obtenção e o seu uso ainda é controverso. O tratamento auxiliar é importante para evitar infecções respiratórias e de trato urinário, deve se proteger os animais e ajuda-los durante as refeições, além disso pode-se administrar enemas que ajudam na remoção da toxina que inda não foi absorvida.

O artigo relata um caso de um cão macho, com 9 meses de idade e 23,3 kg, SRD, atendido no Hospital Veterinário da FAMEO no dia 13/07/2007 que não se locomovia desde o dia anterior e permanecia em decúbito lateral, o proprietário confirmou que o animal ingeriu uma carcaça em decomposição. Nos achados clínicos foi observado que o animal estava apático e um TPC menor do que 2 segundos , porém não houve alterações no hemograma ou na urinálise. Com a suspeita de botulismo, foi realizado a confirmação por meio do teste de inoculação em camundongos ( teste de cintura de vespa) confirmando o diagnóstico. Realizou-se uma terapia de suporte e antibioticoterapia, com Cefalexina 500 mg, BIO, durante 10 dias. No retorno o animal apresentava melhora no quadro clínico.

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