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TÉCNICAS VARIADAS DE CIRURGIAS ORTOPÉDICAS

Por:   •  27/2/2016  •  Resenha  •  3.737 Palavras (15 Páginas)  •  634 Visualizações

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Técnicas Variadas de cirurgias ortopédicas

  • Colocação de pinos múltiplos: É utilizada em casos de fraturas transversais, bem como as fraturas obliquas curta no úmero. E se utilizada com outros métodos de fixação de fraturas, como fio de aço de cerclagem, a colocação de pinos múltiplos pode ser utilizada em casos de fraturas obliquas longas e fragmentares umerais. Eventualmente pode ocorrer dos pinos se convergem no local da fratura e causar uma instabilidade rotacional. Para fazer a correção dessa instabilidade e estabilizar essa fratura, utiliza-se o aparelho Kirschner- Ehmer do tipo I junto com os pinos múltiplos; posicione os pinos proximais do aparelho Kirschner- Ehmer de modo caudal aos pinos intramedulares e aos pinos distais que estão fixados aos côndilos umerais.

Técnica de aplicação: Antes de se fazer a sedação no paciente, deve-se especificar a função do nervo radial. Após se fazer um acesso através do eixo lateral do úmero, deve-se verificar as extremidades da fratura e tentar fazer uma redução criteriosa da fratura e contar quaisquer fragmentos ou fissuras. Devido ao diâmetro do canal medular não ser constante por toda sua extensão, deve-se determinar o numero de pinos intramedulares necessários para preencher o canal em seu ponto mais estreito. Normalmente escolhem-se no mínimo dois pinos do tamanho adequado ao porte do paciente.

A colocação é feita em sentido contrario com o pino maior colocado contra o córtex caudomedial do fragmento proximal e empurra-se o mesmo proximalmente para emergir a partir da crista do tubérculo maior. Então, empurram-se os pinos menores em sentido contrario no interior do fragmento proximal de maneira semelhante ate que se nivele com a borda distal do fragmento proximal. Reduz-se então a fratura e a mantem com uma pinça de apreensão óssea. Se utilizar o fio de aço de hemicerclagem, não deixe que se retorçam ate o final da redução da fratura. Empurre o pino maior no interior do fragmento distal com uma broca manual e assenta-se o mesmo no nível do côndilo medial ou imediatamente ao forame supratroclear, dependendo do tamanho do pino. Fixe os pinos menores no fragmento distal, com cuidado para não se tracionar contrariamente o local da fratura á medida que forem assentados os pinos. Se a opção for fios de aço de hemicerclagem, deve aperta-lo e inspecionar a redução no final da fratura. Faça uma radiografia para verificar as localizações do pinos e da redução, e corte os pinos abaixo do nível da pele. É desnecessário uso de atadura, apenas restrinja as atividades do paciente a uma caminhada com corrente no período da cicatrização do osso. Faça uma radiografia após quatro semanas e a cada três ou quatros semanas para acompanhar a evolução da cicatrização óssea e possível desvio do pino. Deve remover os pinos assim que a cicatrização estiver completa.

  • Colocação de fios de aço de cerclagem: É muito utilizado em cirurgias ortopédicas de animais de porte pequeno. A atenção aos detalhes ao equipamento, a seleção dos casos e a aplicação precisa dos fios de aço coopera para se ter sucesso na recuperação do paciente. É importante ter conhecimento na vascularização óssea, na medida em que ela se relaciona com as alças do fio de aço que as envolvem. Um fio de aço de cerclagem bem aplicado e bem fixado não causa danos ao suprimento sanguíneo ao osso e nem danifica a cicatrização da fratura.

Esse tipo de técnica é usado para estabilizar as fissuras não deslocadas em um osso fraturado. A aplicação é feita assim que se enxergue a fratura e as fissuras. O fio de aço serve como impedimento para que as fissuras não se alarguem quando o cirurgião veterinário reduzir a fratura ou colocar o pino intramedular. Nas pequenas fissuras é indicado um fio de cerclagem único, porem em caso de fissuras longas é necessário que se use mais de um fio de cerclagem. O fio de cerclagem também deve ser usado em caso de fraturas obliquas longa em fraturas espirais, obliquas curta e fratura fragmentar.

Técnica de aplicação: é preciso cuidado quando for aplicar em local que tenha ligamento muscular, pois um erro pode danificar esses tecidos. O fio de aço deve correr através (e não por cima) desses ligamentos musculares e deve passar tão próximo do osso quanto possível. Para alcançar esse objetivo, empurre o fio de aço puxando o mesmo com pinças hemostáticas curvas ou usando um passador de fio de aço comercialmente disponível. Se um musculo ou uma fáscia se prender no fio de aço, considere que haverá um problema severo, como um afrouxamento do fio de aço. E se o musculo for preso por baixo do fio, de inicio pode sentir que o fio esteja preso, mas com o tempo o musculo começa necrosa e com isso ocorre o afrouxamento do fio de aço. Também pode ocorrer perda transitória de suprimento sanguíneo para o osso caso se percam o musculo e o seu suprimento sanguíneo esteja associado com a colocação inadequada do fio.

Para se ter beneficio em seu uso, deve ser colocado de modo firme. O fio de aço frouxo permite o movimento da fratura, podendo impedir a formação de calo externo e de uma revascularização precoce do córtex por parte do musculo e da fáscia. Cada tipo de apertador necessita de uma técnica especifica praticada antes de ser executada. Independente do apertador escolhido, o cirurgião veterinário deve praticar em ossos de cadáveres ate que se sinta confiante que obteve firmeza de fio de aço consistente e reproduzível. Sem a ajuda de calibradores de esforço, a obtenção de tensão de fio de aço satisfatória é mais uma arte do que uma ciência, e a sua pratica é obrigatória. Para que não se tenha uma interferência do tecido mole, pode dobrar o fio de aço com nó torcido, porem pode ocorrer perda da tensão durante o processo de dobramento. A perda pode ser de 50% da tensão atingida. Para que não se ocorra essa perda de tensão, dobre o fio de aço perpendicularmente ao eixo longitudinal e os torça à medida que forem dobrados.

Os fios de aço devem ser colocados de maneira perpendicular ao eixo longitudinal do osso para se ter uma estabilidade máxima em longo prazo.

Em caso de dois ossos, como o radio e a ulna, é importante que só um osso seja envolvido pelo fio de aço. E jamais se utilize fio de aço sem o pino intramedular ou outro dispositivo de fixação de fratura. E se não houver infecção, não é necessário sua remoção, pois ele não causa pouca proteção de estresse.

Observação: Em caso de se aplicar esse tipo de fio em animais jovens e preciso se ter cautela devido à tensão excessiva, que pode se esmagar o osso macio. E outra questão é em relação ao destino do osso e do fio de aço em que o animal esteja em fase de crescimento. Pode ocorrer um afinamento do osso, mas não por muito tempo, pois o osso se reestabelece em uma espessura normal ou quase normal. Quando os ossos são cobertos pelo osso cortical, não se observando nenhum efeito na vascularização do osso.

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