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Técnica em Contabilidade - Assistente Financeiro

Por:   •  12/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  252 Visualizações

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Marco Aurélio Factori

Professor da UNOESTE – Presidente Prudente/SP;

Elcio Ricardo José de Sousa Vicente

Professor da UNOESTE – Presidente Prudente/SP;

Juliana Aparecida Martins Factori

Técnica em contabilidade - Assistente financeiro.

Produção de leite em pasto: custos de produção versus produção de leite 

É fundamental que saibamos que na produção de leite em pasto preconizamos o que chamamos de baixo custo, uma vez que a rentabilidade do sistema é maior (por volta de 25%) em relação à produção em confinamento (12%), isso sem considerarmos a mão de obra. Portanto, segundo alguns cálculos feitos por professores da área, nos dias de hoje, se optarmos por produção de leite em pastagem, teremos um lucro de ao redor R$ 2.000,00 em uma área de 4 hectares, considerando um sistema intensivo de produção em pasto e suplementação no inverno com cana mais uréia e concentrado durante todo o ano, de acordo com a produção de cada animal.

No entanto, em algumas propriedades vemos um antagonismo entre produção e lucro. Sim, sempre queremos mais produção e com isso obteremos maiores lucros. Desde os primórdios do ensino econômico, com certeza teremos sempre o conceito de que ao produzirmos mais teremos mais lucros. Contudo, na produção leiteira em pasto, em alguns momentos este fator parece não ser tão expressivo.

Começaremos pelo início, como dizem algumas pessoas. Na produção leiteira em pastagem, como mencionei acima, temos um sistema que se utiliza de um pasto de baixo custo quando comparado aos outros volumosos. Para efeito de exemplificação, atualmente, o custo de uma silagem de planta inteira, considerando o custo de matéria seca, está por volta de R$ 0,36, quando comparado com a cana de açúcar mais uréia posta no cocho, incluindo picagem e tudo mais, esta está em torno de R$ 0,21, por conseguinte o pasto possui um valor ao redor de R$ 0,12. Sendo assim, fica evidente que o sistema em pasto já se diferencia dos demais pelo seu baixo custo.

Em segundo plano, pensaremos em suplementação de ração proporcionalmente à produção de leite de cada animal. Considerando a literatura, o animal em pastagem, desde que este tenha potencial, possui condições de produzir por volta de 10 litros de leite/dia, somente com a pastagem. Se calcularmos as quantidades de energia de proteína bruta ingerida por uma vaca em um pasto bem manejado, temos energia e proteína suficientes para isso. A partir deste nível de 10 litros por vaca por dia, pensaremos então em uma suplementação que varia em média nos sistemas produtivos, a utilização de 1 kg de concentrado para cada 2 a 3 litros de leite produzidos acima dos 10 litros que são fornecidos pela energia e proteína da pastagem. Sendo assim, para refrescarmos a memória, se uma vaca produz 25 kg de leite/dia, ela irá ingerir por volta de 5 a 7,5 kg de concentrado por dia, considerando a relação de 1 kg de concentrado para cada 2 a 3 kg de leite acima dos 10 litros, respectivamente.

Vamos neste momento, começar com as diferenças e entende-las. Será que é mais viável uma vaca produzir 10 kg de leite/dia sem comer concentrado ou ainda 25 kg de leite/dia comendo 7,5 kg de concentrado? Senhores, nesse momento, é imprescindível que precisamos fazer contas.

Calculando a rentabilidade da primeira situação, considerando os custos mencionados anteriormente, teremos as seguintes situações: a) uma vaca de 450 kg de peso vivo, 3 % de ingestão, que produz 10 kg de leite/dia, somente comendo pasto, ela irá ingerir por volta de 13 kg de massa seca de pasto por dia. Calculando-se os custos, teremos 0,12 * 13 = R$ 1,56 por dia os custos de alimentação, sem considerarmos o sal mineral. b) na outra situação, uma vaca que produz 25 kg de leite/dia, irá ingerir por volta de 7,5 kg de ração e o restante do consumo, ela irá ingerir por volta de 7 kg de massa seca de pasto. Há um ligeiro aumento da ingestão pelo menor espaço físico ocupado pelo concentrado e isso aumenta o consumo do pasto também.  Sendo assim, se considerarmos os custos totais e a ração feita na propriedade com baixo custo de R$ 0,70, teremos (7*0,12) + (7,5*0,70) = 0,84 + 5,25 = R$ 6,09.

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