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Micotoxinas

Por:   •  1/6/2016  •  Monografia  •  6.195 Palavras (25 Páginas)  •  546 Visualizações

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UNIC- UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

CST GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

PROJETOS APLICADOS AO AGRONEGÓCIO

MICHEL PACHECO

NUTRIÇÃO SUÍNA

A PRESENÇA DE MICOTOXINAS

PAULO RICARDO SANTANA COSTA

Primavera do Leste- MT

2016/1

PAULO RICARDO SANTANA COSTA

NUTRIÇÃO SUÍNA

A PRESENÇA DE MICOTOXINAS

Projeto de Pesquisa realizado como exigência para obtenção de nota da disciplina de Projetos do Agronegócio do curso de Gestão do Agronegócio da Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas de Primavera do Leste, ministrada pelo Docente Michel Pacheco.

       Data: 31/05/2016

Resultado: _______________

Responsável pela aprovação: Prof. Michel Pacheco

Assinatura: ________________

RESUMO

Micotoxinas são substâncias químicas produzidas por fungos no grão. Estas toxinas quando consumidas por meio de alimentos eito com grãos contaminados, causando efeitos nocivos em suínos. Os efeitos clínicos e o grau de toxicidade são dependentes do tipo e da quantidade de micotoxinas presente no alimentos. Leitões e fêmeas produtivas (gestantes e lactantes) são mais suscetíveis aos efeitos negativos das micotoxinas. Vale a pena lembrar que não só os grãos (milho, sorgo, trigo) são fontes potenciais de micotoxinas, existem sub-produtos tais como casca de milho, óleo de trigo, ou grãos de destilaria que, de estarem contaminados, geralmente apresentam concentrações maiores de micotoxinas que as encontradas em grãos inteiros.

O diagnóstico presuntivo de micotoxicose baseia-se na observação dos sinais clínicos dos animais intoxicados e através da análise de dados ambientais referentes a colheita e armazenamento dos cereais utilizados na alimentação dos suínos. Normalmente, a história de introdução de uma partida nova de alimento, às vezes com características macroscópicas alteradas, está associada ao quadro de intoxicação. Porém, o diagnóstico definitivo é realizado através da análise da presença da micotoxina no alimento dos animais intoxicados. As técnicas mais utilizadas são análises por kits de ELISA, Cromatografia em Camada Delgada (TLC) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) (DILKIN et al., 2001).

Medidas profiláticas consistem em adotar técnicas de cultivo e manejo que inviabilizam o crescimento fúngico, como colheita dos cereais imediatamente após a maturação fisiológica, deixando os cereais menos expostos as intempéries, secagem e estoque em armazéns adequados para cada tipo de cereal ou subproduto. O monitoramento dos cereais e subprodutos através de técnicas de amostragem adequadas e análises micotoxicológicas antes de utilizá-los também é boa prática, principalmente, quando estes foram expostos a condições ecológicas favoráveis ao desenvolvimento de fungos. O uso de ácido orgânico pode auxiliar numa conservação do alimento quando em situações de risco. A utilização de adsorventes naturais ou modificados pela adição de compostos enzimáticos ou biológicos nos alimentos merece maior aprofundamento científico, mas em situações de campo, alguns têm apresentado resultados promissores (OMS, 1983).

        

LISTAS

  1. Imagem 1: Principais micotoxinas que afetam suínos.................................14
  2. Imagem 2:  Leitoas recém nascidas com edema de vulva, intoxicação pela toxina estrogênica Zearalenona...................................................................14
  3. Imagem 3: Milho contaminado com fungo produtor de micotoxina.............15
  4. Imagem 4: Milho contaminado com fungo produtor de micotoxina.............15
  5. Imagem 5: Elitox® (Alumínio Silicato de Cálcio e Sódio Hidratado) Adsorvente de micotoxina comercializado pela empresa VITAMIX NUTRIÇÃO ANIMAL®..................................................................................16
  6. Tabela 1: Fósforo ingerido, excretado nas fezes, absorvido, e absorvido em função do ingerido de leitoas alimentadas com dietas contendo 2 mg kg-1 de zearalenona (ZEA) com ou sem adição de 0,3% de organoaluminosilicato (OA)..............................................................................................................20
  7. Tabela 2: Composição analisada de rações experimentais.........................20
  8. Tabela 3: Consumo de matéria seca, coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca e energia, metabolização da energia, proteína digestível aparente, energias digestível e metabolizável aparentes de dietas para suínos com 2 mg kg-1 de zearalenona (ZEA) com ou sem adição de 0,3% de organaluminosilicato (OA)..............................................................21
  9. Tabela 4: Balanço do nitrogênio de leitoas alimentadas com dietas com 2 mg kg-1 de zearalenona (ZEA) com ou sem adição de 0,3% de organoaluminosilicato (OA)..........................................................................22

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO....................................................................................................6              
  2. TEMA..................................................................................................................8                                            
  3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................9                                                                                                                  
  4. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................10                                                                                                    
  5. OBJETIVOS......................................................................................................17  
    5.1.OBJETIVO GERAL ....................................................................................17                                                      
    5.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................17                                                                                                                                                                            
  6. METODOLOGIA ..............................................................................................18  
  7. RESULTADOS ESPERADOS..........................................................................19                                                                                            
  8. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................23                                                                                                
  9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES...................................................................24                                                                    
  1. INTRODUÇÃO

          A suinocultura brasileira passou por mudanças tecnológicas nas últimas décadas, isto é, com o avanço da cadeia do agronegócio, essa atividade teve um crescimento nos últimos quatorze anos. Esse fato fica claro a partir de indicadores econômicos e sociais como participações de mercado, exportações, geração de empregos diretos e indiretos. Nessa atividade como em qualquer outra, um dos objetivos a serem atingidos, corresponde no aumento da produtividade e redução dos custos de produção. 
         A criação de suínos ganha destaque como uma atividade de importância no cenário econômico e social. Atualmente, a suinocultura no Brasil vem ganhando destaque no que tange a produção de carne. Um outro aspecto importante favorável para esta atividade refere-se a grande extensão geográfica do Brasil possibilitando no aumento do rebanho suíno sem é claro, esquecer da parte ambiental, água, solos através da geração dos dejetos.
         A suinocultura vem crescendo por ser uma atividade de reconhecida importância econômica e social para o Brasil. (
BROOM, D.M & JOHNSON, K. G. Stress and Animal Welfare. :.1. ed Local: Ballière Tindall Reino Unido, 1993. 212 p).
          A partir de um planejamento adequado, o Brasil se destaca na produção e exportação da carne suína ao lado da bovina e de frango. Principalmente para a exportação, está em moda a questão do bem-estar animal que visa atender às exigências do mercado consumidor, que cobra dos produtores e técnicos uma produção de alimentos com menor agressão ao meio ambiente e respeito à saúde dos animais. Nas últimas décadas, o assunto de bem-estar animal apresenta-se cada vez mais nas preocupações das pessoas.
         Algumas características refletem o bem-estar animal como produtividade, condições reprodutivas, taxas de mortalidade, grau de imunidade e depressão alimentar (Broom & Johnson, 1993). Problemas como quantidade e principalmente qualidade da carne, também estão relacionados com o bem-estar animal.
         Falando em qualidade da carne, todas as etapas que envolvem a produção desde o trabalho da genética, nutrição e manejo, tudo isso irá se refletir no momento do pré e pós-abate (Warris, 2000).
          Os programas de melhoramento genético são ferramentas importantes no processo de seleção de animais em busca de suínos mais pesados (maior deposição de carne) e com melhor acabamento de carcaça, ou seja, busca-se um melhor rendimento de carne magra. Dentro desse trabalho, estudos mostraram a presença de um alelo recessivo n do gene Halotano, mais comumente encontrado na raça Pietran (Van Oeckel et al., 2001). De maneira antagônica, antigamente criava-se o porco tipo banha em que, não havia qualquer preocupação em termos de criação, alimentação, raça além de que, este fornecia praticamente a gordura muito utilizada na preparação de alimentos para a família. Detalhe interessante é que com o processo intenso de seleção ao longo dos anos em busca de carcaças magras, trouxe efeitos negativos sobre a qualidade da carne, principalmente na questão da palatabilidade.
         A carne suína é uma das mais produzidas no mundo com sua proteína animal mais consumida dentre as demais espécies como a carne bovina, de frango, peixe, etc. É uma carne rica em nutrientes, fonte de minerais e vitaminas, baixo nível de gordura, contribuindo para uma alimentação balanceada e saudável.
         A qualidade da carne é uma característica importante para os consumidores que estão cada vez mais exigentes e preocupados com a questão da alimentação. A rastreabilidade dos animais confere um acompanhamento e conhecimento desde os hábitos de criação desses animais, condições no transporte dos mesmos até seu destino final no desembarque ao frigorífico para posterior processo de abate. Aspectos da cor, sabor, textura, suculência, aroma são creditados aos processos bioquímicos gerados na transformação do músculo em carne. Caso algumas destas características mencionadas estiverem alteradas, a qualidade dessa carne estará comprometida o que acarretará perdas econômicas significativas para a indústria da carne e consequentemente, os consumidores arcarão com as conseqüências do processo.
         A produção de animais visando um melhor acabamento de carcaça de forma a atender as necessidades das indústrias, faz com que estimule o criador cada vez mais e ganhe por isso uma bonificação, isto é, um pagamento diferenciado na aquisição da carcaça em comportar boa profundidade em músculo (pernil e área de olho de lombo).
         É preciso um equilíbrio entre a quantidade e qualidade da carne sendo que, as carcaças que apresentam maior proporção de carne magra são mais valorizadas.
         A preocupação dos consumidores em receber um alimento saudável, de boa procedência e que contribua para manter a saúde vem de encontro à chamada segurança alimentar. Esta técnica podemos denominar assim, preza pela higiene operacional buscando sempre, a eliminação dos microrganismos.
         Os efeitos da qualidade da carne podem ser identificados a partir de expressões externas os quais, recebem classificações como nos casos de PSE, DFD.
         A carne classificada como PSE gera um impacto negativo frente aos olhos do consumidor, pois, trata-se de uma carne pálida, flácida devido a grande perda de água, isto é, perda de seu valor comercial. Esta classificação sofre grande influência principalmente nas condições de manejo em que os animais são submetidos. Os procedimentos desde o carregamento, transporte e condições pré-abate, irão determinar esse aspecto (evitar grande estresse por parte dos animais) (
OPPA, L. Carne suína: mitos e verdades).

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