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O CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO

Por:   •  4/7/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.297 Palavras (18 Páginas)  •  483 Visualizações

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CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO

1. COMO AS PLANTAS SE DEFENDEM?

As plantas se defenderem dos agentes fitopatogênicos através de mecanismos estruturais e/ou bioquímicos.

Os mecanismos estruturais podem ser vistos como defesas físicas, que evitam ou restringem o desenvolvimento da doença.

Os mecanismos estruturais pré-existente incluem aqueles já presentes nas plantas antes do contato com os patógenos; paredes celulares mais grossa dificultando a entrada do patógeno na célula, tricoma pelos na folha (pilosa) interferem na penetração do patógeno, interferem com a colonização dos insetos, cera depositadas acima das células da epiderme quanto mais espessa camada de cera mais difícil a penetração do patógeno.

Mecanismo estrutural induzido formado quando a patógeno chega, infecta e coloniza a planta; camada de cortiça a adição de cortiça (tecido morto) além do ponto de infecção do patógeno, camada de abscisão a lamela media entre duas camadas de células é dissolvida ao longo da espessura da folha, tiloses células do parênquima adjacentes aos vasos do xilema sofrem hipertrofia e cresce para o interior do xilema através das pontuações com obstrução parcial ou total, Papilas de calose deposição de material heterogêneo entre a membrana plasmática e a parede celular no sítio de infecção,sob a hifa de penetração

Mecanismos bioquímicos que são reações bioquímicas que ocorrem nas células do hospedeiro que produzem substâncias tóxicas ao patógeno ou criam condições adversas para o crescimento do mesmo no interior da planta.

Mecanismos bioquímicos pré-existentes substâncias presentes em altas concentrações nos tecidos sadios das plantas podem ser representada por fenóis, alcaloides, lactonas, terpenoides, por proteínas e peptídeos.

Ácido protocatecoico e catecol em cebola-roxa contra Colletotrichum circinans.

Saponinas, como a tomatina(tomate), e evenacina(aveia) que possuem ação lítica na membrana do fungo.

Mecanismos bioquímicos induzido, diversos grupos de substancias toxicas são encontrados nas células das plantas após o contato com o patógeno.

Células de planta produzem espécies reativas de oxigênio que degradam membrana e parede celular de bactérias, fungos.

Fitoalexinas; alcaloides (camalexina, brassilexina etc) aumentam a resistência das plantas contra patógenos, flavonoides (faseolina, gliceolina etc.), estilbenos (resveratrol), etc.

Proteínas relacionadas a patogênese (proteínas PR) onde a planta produz proteínas para combater o patógeno e quanto mais a planta produz e mais precoce a produção da proteína mais resistente a planta.

Reação de hipersensibilidade (HR)

resposta celular extrema por parte da planta, podendo levar a um alto grau de resistência à doença. Ocorre a morte repentina das células do hospedeiro circundando os sítios de infecção. A reação é considerada como uma resposta de defesa induzida, culminando na parada do crescimento e do desenvolvimento do patógeno nos tecidos da planta.

2. COMO OS PATÓGENOS ATACAM?

Podem atacar de forma química e ou de forma mecânica, de forma química quando ocorre a produção de toxinas, proteínas enzimas e hormônios, produtos de patógenos microbianos que causam danos aos tecidos vegetais e que estão envolvidas no desenvolvimento da doença, para penetrar e colonizar o hospedeiro.

Toxinas tem a função de que matar o tecido utilizado por patógenos necrotroficos, as enzimas são usadas para degradar os tecidos da planta, como a cutícula, a parede celular, o sistema vascular etc.

Patógenos produz hormônio ou induz a planta a produzir, fazendo a planta produzir alimento.

Os vírus desviam os produtos da célula do hospedeiro.

3. DESCREVA O CICLO DA DOENÇA.

Representa o conjunto de eventos que se sucedem por uma geração do patógeno, durante o desenvolvimento de doenças infecciosas. Para a maioria das doenças, o ciclo é constituído de cinco processos básicos: sobrevivência, disseminação, infecção, colonização e reprodução. Dependendo da origem do inóculo, o ciclo de relações patógeno-hospedeiro pode ser denominado ciclo primário ou ciclo secundário.

4. O QUE SÃO CICLOS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO DE UMA DOENÇA?

O ciclo primário é aquele que tem início a parti do inoculo externo ao campo e responsável pela introdução da doença no campo, porém, o ciclo primário não se limita a introduzir o patógeno na cultura, podendo também contribuir para o desenvolvimento da doença, caso haja contínuo influxo de inoculo externo ao campo de cultivo. (estruturas de sobrevivência do microrganismo ou a partir da fase saprofítica no solo) tem como características apresentar pequeno numero de plantas infectadas, pequeno número de lesões por planta e baixo índice de infecção.

O ciclo secundário é aquele que sucede o ciclo primário e se desenvolve a partir do inoculo nele produzido, sem a interposição de fase de repouso ou dormência entre eles se caracteriza por apresentar grande numero de plantas infectadas, grande número de lesões na planta e alto índice de infecção.

Algumas definições importantes

Inóculo: é o conjunto de estruturas do patógeno capazes de causar infecção. Estão consideradas nesta definição tanto as estruturas reprodutivas como as estruturas vegetativas do patógeno que podem infectar o hospedeiro.

Fonte de inóculo; representa o local onde o inóculo é produzido, ou o local onde ele se encontra, antes da infecção.

Inóculo primário; é o inóculo responsável pelo ciclo primário das relações patógeno-hospedeiro, produzido externamente ao campo e/ou à estação de cultivo.

Inóculo secundário: é o inóculo responsável pelos ciclos secundários da doença, produzido no campo durante o ciclo da cultura.

A diferença entre os ciclos primário e secundário é bastante importante para a orientação de medidas de manejo. Quando a origem do inóculo primário é conhecida, práticas de manejo capazes de eliminá-lo podem ser suficientes para evitar a ocorrência da doença no campo. No entanto, na maioria das vezes, não é possível determinar com precisão a fonte do inóculo primário e, nesse caso, o controle no campo de cultivo deve ser realizado predominantemente com a adoção de táticas de proteção e imunização.

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