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PERDAS VISÍVEIS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE

Por:   •  25/6/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.070 Palavras (17 Páginas)  •  240 Visualizações

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PERDAS VISÍVEIS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM FUNÇÃO DA

VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO DA COLHEDORA

VISIBLE LOSSES OF SUGAR CANE AS AFFECTED BY

SHIFTING SPEED OF HARVESTER

1CREPALDI, L.D.; 2SILVA, L.A.P.; 3SILVEIRA, L.M; 4STEINER, F.

1 a 4 Departamento de Agronomia – Faculdades Integradas de Ourinhos-FIO/FEMM

RESUMO

A colheita mecanizada de cana-de-açúcar vem se expandindo cada vez mais, com a proibição de queimas houve uma grande preocupação com a colheita, assim tornando parcialmente mecanizada. No entanto, as perdas visíveis na colheita mecanizada são elevadas, se aproximando de 15% do total da cana-de-açúcar colhida, sistema surge como uma alternativa necessária para o processo de produção da cultura, viabilizando as perdas decorrentes desse processo. Considerando-se a importância do problema, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as perdas visíveis de cana-de-açúcar em função da velocidade de deslocamento da colhedora de cana picada de duas linhas. Os tratamentos foram representados pelas velocidades de deslocamento da colhedora de 2,0; 3,0 e 4,0 km h-1. A velocidade de deslocamento da colhedora não influenciou nas perdas visíveis totais e de pedaços de cana-de-açúcar. O aumento da velocidade de avanço da colhedora de 2,0 km h-1 para 4,0 km h-1 proporcionou uma redução das perdas de cana inteira, cana ponta, toletes e de lascas de cana-de-açúcar. A colhedora de duas linhas apresentou perdas médias de cana-de-açúcar de 4.311 kg ha-1 (2,97%) na operação de colheita. As colhedoras de cana-de-açúcar de duas linhas podem trabalhar a uma velocidade média de 4,0 km h-1, aumentando sua capacidade operacional na colheita, em área sem declividade e com produtividade média de 145 t ha-1, sem influenciar nas perdas visíveis de cana-de-açúcar.

Palavras-chave: colheita mecanizada, velocidade de deslocamento; colhedora; capacidade operacional.

ABSTRACT

The mechanized harvest of sugar cane has been expanding more and more, especially with the burn ban was a major concern with the harvest, thus becoming partially mechanized. However, visible losses in mechanized harvest are high; approaching 15% of the total sugar cane harvested system emerges as a necessary alternative to the process of crop production, enabling the losses resulting from this process. Considering the importance of the problem, the present study aimed to evaluate the visible losses of cane sugar depending on the displacement speeds of sugar cane harvester. The treatments consisted speeds harvester displacement of 2.0, 3.0 and 4.0 km h-1. The speed of the harvester did not affect the apparent total loss and pieces of sugar cane. The increase in harvester displacement speed of 2.0 km h-1 to 4.0 km h-1 led to a reduction in losses of whole cane tip cuttings and slivers of cane sugar. The harvester two lines showed average losses of sugar cane 4.311 kg ha-1 (2.97%) in the harvest operation. Sugar cane harvester’s two lines can work at an average speed of 4.0 km h-1, increasing its operational capacity at harvest in an area with no slope and average productivity of 145 t ha-1, without influencing in the visible losses of cane sugar.

Keywords: mechanized harvest, displacement speed; harvester; operational capability.

INTRODUÇÃO

           A cana-de-açúcar é uma planta que pertence ao gênero Saccharum L.. Há pelo menos seis espécies do gênero, sendo a cana-de-açúcar cultivada um híbrido multiespecífico, recebendo a designação Saccharum spp. As espécies de cana-de-açúcar são provenientes do Sudeste Asiático. É uma planta da família Poaceae, representada pelo milho, sorgo, arroz e muitas outras gramas. As principais características dessa família são a forma da inflorescência (panícula), o crescimento do caule em colmos, e as folhas com lâminas de sílica em suas bordas e bainha aberta.

          Introduzida no período colonial, a cana-de-açúcar se transformou em uma das principais culturas da economia brasileira. O Brasil não é apenas o maior produtor de cana. É também o primeiro do mundo na produção de açúcar e etanol e conquista, cada vez mais, o mercado externo com o uso do biocombustível como alternativa energética.

         Responsável por mais da metade do açúcar comercializado no mundo, o País deve alcançar taxa média de aumento da produção de 3,25%, até 2018/19, e colher 47,34 milhões de toneladas do produto, o que corresponde a um acréscimo de 14,6 milhões de toneladas em relação ao período 2007/2008. Para as exportações, o volume previsto para 2019 é de 32,6 milhões de toneladas.

         A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) está entre as culturas mais importantes do agronegócio brasileiro. No século passado, o setor sucroalcooleiro dependia exclusivamente da mão-de-obra humana para realizar o corte da cana-de-açúcar. De uns tempos para cá, o processo de colheita de cana passa por um intenso processo de mecanização. Essa mudança de perfil, onde o homem está cedendo, gradualmente, lugar à máquina, faz, em partes, a colheita nas lavouras (a lavoura canavieira inclui preparo do solo, tratos culturais e colheita) de cana-de-açúcar ficar mais eficiente.

As atividades de preparo do solo e plantio foram as primeiras a se tornarem mecanizadas, obtendo-se principalmente os efeitos de redução do tempo de realização de ambas e do número de trabalhadores empregados.

          O uso da mecanização, mais intenso nas fases de plantio e tratos culturais, é ainda pequeno no corte da cana, mas vem sendo implementado de modo irreversível, especialmente na região Centro-Sul. Em São Paulo, a área colhida com máquinas foi de 47% em 2007 e vem aumentando ao após ano. A mecanização da colheita da cana-de-açúcar não só aumenta o rendimento operacional do procedimento como também reduz seu impacto ambiental (Redução das queimas de cana-de-açúcar).

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