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A ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UTILIZANDO TÉCNICAS GEOESTATÍSTICAS E DADOS DAS NORMAIS CLIMATOLÓGICAS

Por:   •  23/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.111 Palavras (17 Páginas)  •  122 Visualizações

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ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UTILIZANDO TÉCNICAS...

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ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UTILIZANDO TÉCNICAS

GEOESTATÍSTICAS E DADOS DAS NORMAIS CLIMATOLÓGICAS

Zanandra Boff de Oliveira1, Eduardo Leonel Bottega2, Marília Boff de Oliveira3, Clarissa Moares da Silva4 & Tiago Tondolo Link5

  1. - Professor adjunto do Curso de Engenharia Agrícola, UFSM, Campus Cachoeira do Sul, RS, e-mail: zanandraboff@gmail.com
  2. - Professor adjunto do Curso de Engenharia Agrícola, UFSM, Campus Cachoeira do Sul, RS, e-mail: bottega.elb@gmail.com3 - Estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, UFSM, RS, e-mail: marilia.boffdeoliveira@gmail.com.
  1. - Estudante do Curso de Engenharia Agrícola, UFSM, Campus Cachoeira do Sul, RS, e-mail: clarissamoraes37@outlook.com
  2. - Estudante do Curso de Engenharia Agrícola, UFSM, Campus Cachoeira do Sul, RS, e-mail: TiagoTondoloLink@hotmail.com

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Palavras-chave:

Bioclimatologia

Geoespacialização

Índices de conforto térmico

Keywords:

Bioclimatology

Geospatial

Thermal comfort indexes

_____________________ RESUMO

A análise de dados climáticos permite a previsão de áreas com ocorrência do estresse calórico e auxilia na tomada de decisões quanto ao manejo ambiental adequado. O presente trabalho teve como objetivo analisar o conforto térmico no estado do Rio do Grande do Sul por meio de técnicas geoestatísticas e de dados das normais climatológicas (1961-1990 e 1981-2010). O estudo foi realizado para os meses de verão, em 18 municípios do Rio Grande do Sul. Os dados meteorológicos médios mensais de temperatura máxima (Tmax) e de umidade relativa mínima (URmin), utilizados para o cálculo do índice de temperatura e umidade (ITU), foram obtidos do site do INMET. A análise geoestatística foi realizada utilizando o software GS+ e os mapas foram confeccionados com o software KrigMe. Não houve alteração na Tmax nesse espaço de tempo, que compreende as duas normais climatológicas (1961-2010). Identificou-se a redução na URmin na normal de 1981-2010 em comparação a de 1961-1990. Essa redução na URmin resultou em menores valores de ITU no período de 1981 a 2010 em comparação ao período anterior, reduzindo a área do estado sob estresse calórico em até 60%. A geoespacialização do ITU no Rio Grande do Sul permitiu visualizar que 100% do território está sob desconforto térmico por calor no período de verão (ITU > 74) e que até 27% do território está sob condições ambientais muito quentes (ITU > 79) no mês de janeiro.[pic 3]

ANALYSIS OF THE THERMAL COMFORT IN THE STATE OF RIO GRANDE DO SUL USING GEOSTATISTICAL TECHNIQUES AND DATA FROM THE

CLIMATOLOGICAL NORMALS

ABSTRACT

Recebido para publicação em 08/08/2018 . Aprovado em 01/11/2018 . Publicado em 19/06/2019

The analysis of climatic data allows the prediction of areas with occurrence of caloric stress and helps in the decision-making regarding the appropriate environmental management. The present work had the objective of analyzing the thermal comfort in the State of Rio Grande do Sul by means of geostatistical techniques and data from the climatological normals (1961-1990 and 1981-2010). The study was carried out for the Summer months, in eighteen municipalities of Rio Grande do Sul. The average monthly maximum temperature (Tmax) and minimum relative humidity (URmin) data, used to calculate the temperature and humidity index (THI) were obtained on the INMET website. The geostatistical analysis was performed using the GS+ software and the maps were made with KrigMe software. There was no change in Tmax in this time span that would comprise the two climatological normals (1961-2010). The reduction in URmin in the normal period from 1981-2010 was compared with that of 1961-1990. This reduction in URmin resulted in lower THI values from 1981 to 2010 compared to the previous period, thus reducing the area of the state under caloric stress by up to 60%. The THI geospatial in Rio Grande do Sul showed that 100% of the territory is under heat discomfort during the Summer (THI> 74) and that up to 27% of the territory is under very hot environmental conditions (THI> 79) in the month of January.

INTRODUÇÃO

A análise do conforto térmico do ambiente externo constituiu uma importante ferramenta para o manejo da produção zootécnica e para a o planejamento das atividades laborais dos trabalhadores rurais, de modo que o estresse térmico seja minimizado e a produtividade seja maximizada. O clima é um dos principais fatores que influenciam a produção animal, sendo de fundamental importância o seu conhecimento para o projeto de instalações e para o manejo dos animais (OLIVEIRA et al., 2017). Nóbrega et al. (2011) destacam que o estresse térmico é um dos principais limitantes à produção animal nos trópicos.

No caso dos humanos, o estresse térmico pode interferir na alimentação, na vestimenta e no tipo e intensidade das atividades (BURIOL et al., 2015). Camargo e Furlan (2011) destacam que as reações do corpo à exposição a altas ou baixas temperaturas começam com desconforto, irritabilidade e baixa concentração na atividade realizada.

A análise do conforto térmico é realizada por meio de índices. Destacando-se o índice de temperatura e umidade do globo (ITGU), desenvolvido por Buffington et al. (1981), que integra os efeitos combinados da temperatura de bulbo seco (Tbs), da umidade relativa do ar (UR), da radiação solar (Rs) e da movimentação do ar. Todavia, para a utilização desse índice, necessitam-se de valores medidos de temperatura do globo negro (Tgn), que demanda instrumentação específica, não contemplada pela rede estações meteorológicas automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Razão pela qual se utiliza o índice de temperatura e umidade (ITU), que foi desenvolvido por Thom (1959) e considera a UR e a Tbs, variáveis essas facilmente obtidas e disponíveis na rede de observações do INMET.

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