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A Crise Do Software

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Por:   •  2/3/2015  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  529 Visualizações

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A “crise do software” foi um termo cunhado para descrever as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento de software no fim da década de 60. A complexidade dos problemas, a ausência de técnicas bem estabelecidas e a crescente demanda por novas aplicações começavam a se tornar um problema sério. Foi nessa época, mais precisamente em 1968, que ocorreu a Conferência da OTAN sobre Engenharia de Software (NATO Software Engineering Conference) em Garmisch, Alemanha. O principal objetivo dessa reunião era estabelecer práticas mais maduras para o processo de desenvolvimento, por essa razão o encontro é considerado hoje como o nascimento da disciplina de Engenharia de Software.

Duas décadas depois, em 1986, Alfred Spector, presidente da Transarc Corporation, foi coautor de um artigo comparando a construção de pontes ao desenvolvimento de software. Sua premissa era de que as pontes normalmente eram construídas no tempo planejado, no orçamento, e nunca caiam. Na contramão, os softwares nunca ficavam prontos dentro do prazo e do orçamento, e, além disso, quase sempre apresentavam problemas.

Finalmente, em 1995, a organização The Standish Group publicou um estudo analisando as estatísticas sobre sucesso e fracasso dos projetos de desenvolvimento de software: o Chaos Report. Foi revelado que 84% dos projetos de software são malsucedidos, sejam sendo cancelados ou apresentando falhas críticas (dentre elas conclusão fora da janela de tempo prevista, fora do orçamento previsto ou com menos funcionalidades do que o planejado). Considerando apenas os projetos malsucedidos, o custo real foi 189% maior que o estimado, e o tempo de conclusão 222% maior. Estimou-se que nesse ano, as agências governamentais e companhias privadas estadunidenses tenham gasto US$ 81 bilhões apenas em projetos cancelados, e mais US$ 59 bilhões em projetos concluídos fora do tempo previsto.

A Standish Group continuou publicando regularmente seu relatório nos anos seguintes, e a apesar de 35% dos projetos de software iniciados em 2006 terem obtido sucesso, ainda é assustador saber que dois terços de todos eles fracassam.

Fica óbvio que os 50 anos de experiência no desenvolvimento de software não bastaram para melhorar efetivamente a qualidade do software, a despeito da evolução na área de engenharia de software e do ferramental disponível. O metodologista Grady Booch, um dos pais da UML resumiu a história toda: “uma doença que dure tanto tempo quanto esta, francamente, deveria ser chamada de normalidade”.

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