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A Importância Da Engenharia No Desenvolvimento Das Naçõe

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Por:   •  23/3/2015  •  1.486 Palavras (6 Páginas)  •  405 Visualizações

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Conta-nos a mitologia grega, que em Delfos, nas costas do Monte Parnaso, havia um templo, onde uma sacerdotisa conhecida como Pitia, cujas aparições públicas se davam depois da ingestão de ervas alucinógenas ministradas por seus guardiões, fazia previsões sobre o futuro das pessoas que visitavam o templo. Todos, cidadãos comuns, comerciantes e personagens públicos queriam ouvir as palavras do Deus Apolo, emanadas através da sacerdotisa Pitia. O oráculo de Delfos, como ficou conhecido, era considerado pelos gregos como sendo o centro da Terra. Atualmente sabemos que na realidade, os transes a que estava submetida à sacerdotisa, eram conseqüência de sua permanência em um quarto que possuía fendas no chão, por onde saíam gases enervantes que a deixavam em forte estado de delírio.

Nos dias atuais, Apolo foi substituído por um Deus abstrato que atende pelo nome de Mercado Financeiro Internacional e a montanha onde se encontra o oráculo é Davos, de onde os sacerdotes do fundamentalismo econômico fazem sombrias previsões, deixando-nos a sensação de que estamos delirando.

Vivemos uma realidade tão irreversível que, depois de discutir durante anos, a OCDE - Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento, formada por 29 países, finalmente concluiu que o que está acontecendo no mundo é uma "significativa transformação econômica".

A velha economia industrial, em qualquer parte do mundo que se manifestou, dava ênfase à massificação. A chamada nova economia é não só estruturalmente diferente como também opera de acordo com novos princípios. A produção em massa está caminhando para a clientilização personalizada; os mercados de massa estão dividindo-se em fragmentos cada vez menores, caminhando em direção aos mercados de um só. Ouvimos constantemente que a conectividade encolheu o mundo e mantém as pessoas cada vez mais próximas. As distâncias desapareceram. Esta é apenas uma das fases das mudanças. Existem hoje mais de 3 milhões de comutadores digitais para cada ser humano vivo no planeta. Eles não irão desaparecer. Há quase quinhentos milhões de computadores pessoais no planeta, um para cada 13 pessoas. Tampouco eles irão desaparecer. A Internet, expandindo-se a alta velocidade, da China e Índia às Américas, não vai desaparecer. As centenas de milhões de usuários de telefones celulares não irão jogá-los fora. O fato óbvio e irreversível é que a revolução é real, silenciosa e se manifesta em muitos níveis simultaneamente. Está surgindo no planeta uma nova civilização, da qual a nova economia é só um componente.

As grandes mudanças que vêm ocorrendo na vida das pessoas, no mundo moderno, geraram-se pela tecnologia. O ser humano tem atualmente ao seu dispor produtos que o conhecimento e a tecnologia se agregam de forma nunca alcançada antes. O futuro aponta agora para a tecnologia genética, que associada à informática, oferece enorme possibilidade de contribuição para o problema da fome no mundo. As comunicações instantâneas globais, os novos produtos químicos e farmacêuticos, a intensificação no consumo e produção de energia e transportes, o aumento da produtividade agrícola, a incrível cooperação tecnológica acrescentada à medicina, são exemplos flagrantes dessa revolução. A tecnologia e o conhecimento começam a abrir a cortina de um futuro rico e promissor para a humanidade. Sua influência sobre o social, o econômico e o político transformará totalmente a estrutura da nova sociedade.

Nós, engenheiros e agentes transformadores dessa nova realidade, devemos estar preparados para ela. Mas, se por um lado estamos mais perto das pessoas pelo outro estamos ainda longe de problemas que deveríamos estar resolvendo e que persistem ou crescem.

As alterações na natureza foram projetadas procurando otimizar os recursos técnicos e financeiros, mas deixando para um segundo plano os recursos sociais e ambientais. A urbanização excessiva é responsável pelas aglomerações de pessoas que vivem em condição sub-humana, nos cinturões de miséria das grandes cidades. O emprego é tratado, nas análises de custos empresariais, como um insumo igual a outros, sem maior consideração pela dignidade do ser humano. Quase a metade da humanidade ainda passa fome. São mais de 2 bilhões de pessoas consideradas abaixo da linha de pobreza em todo mundo, vivendo com menos de 2 dólares por dia. A má distribuição da riqueza, não só dentro de cada Nação, mas, também entre as Nações, persiste e as diferenças entre os que têm tudo para perder e os que nada têm que perder, continua gerando conflitos sociais nacionais e internacionais.

Jamais, o mundo pareceu tão desnorteado e perdido, tão desprovido de sentido de orientação e de um mínimo de ordem sustentada pela legitimidade e o poder.

Os sacerdotes do mercado financeiro sentem aversão crescente por qualquer risco, não só em países emergente, preferindo concentrar-se sempre no ganho especulativo de títulos emitidos pelos Governos e pelos hedge funds, em detrimento do investimento produtivo e gerador do desenvolvimento. São essas as causas que faz o medo alastrar-se no sistema financeiro mundial. Esclareço que quem assim pensa, não é um religioso, um idealista ou um sonhador latino americano, e sim o ex-presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn que disse: “Os pobres não podem esperar por nossas deliberações. E se não haver maior eqüidade e justiça social, não haverá estabilidade política, e, sem a estabilidade política, nenhum pacote financeiro, por mais dinheiro que se coloque nele, será capaz de nos trazer estabilidade financeira e crescimento econômico.”.

Essas considerações são necessárias para demonstrar que esta situação se caracteriza, justamente, por não ter donos nem autores; nem princípio nem final. É uma gente estranha que, apressada, confunde capitalismo com liberalidade financeira e liberalismo

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