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A Importância da Geoestatística

Por:   •  31/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.390 Palavras (6 Páginas)  •  507 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA GEOESTATÍSTICA NA INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO

Walkíria Braga Alves Santana

Discente de Engenharia de Minas

walkirialeno@gmail.com

RESUMO

        Uma Reserva mineral é a parte economicamente lavrável de um Recurso Mineral Medido ou Indicado. Esta classificação dá ao investidor mineiro o embasamento para tomar decisões cruciais a respeito do empreendimento de mineração. Os métodos para avaliação dependem intrinsicamente de técnicas de volume de sondagem e amostragem. Com essas informações em mãos bem como sobre dados georreferenciados da área, escolhe-se um método de estimativa para classificação da área. Ou seja, toda a tomada de decisão da empresa, os resultados entre lucro e prejuízo, baseiam-se em estimativas matemáticas. Por isso, a confiabilidade das informações dos resultados geoestatísticos são tão importantes, pois, esses resultados podem comprometer uma reserva viável ou insistir no investimento de lavra em uma área economicamente inviável.

Palavras-chave: Geoestatística. Amostragem. Mineração.

1 INTRODUÇÃO

        Em diversas áreas, que se trabalha com amostragem para o entendimento de uma população, existe uma relação custo e benefício, isto é, quanto mais amostras, mais próximo da realidade serão estimadas suas propriedades objetivas. Porém, as amostras tem um custo, que varia de acordo com o tipo da amostra e que podem ser consideravelmente expendiosas.

        Esta relação de custo, torna um desafio classificar uma determinada área como recurso ou reserva mineral, já que, depende-se exclusivamente de sondagem do local para estudo das amostras geradas a partir desta sondagem para realizar tal classificação.

        Para sanar este problema surgiu-se a geoestatística que trata as variáveis regionalizadas, usando da estatística, porém, dando a devida importância às relações espaciais existentes entre as amostras.

2 RESULTADOS DA PESQUISA

2.1 O Gerenciamento de Dados Geológico

        No âmbito de mineração um ponto relevante é o gerenciamento de dados geológicos. Sabe-se que devido ao alto custo de sondagem, este recurso deve ser aplicado de forma técnica e consciente e, seus resultados devem ser tratados de forma idônea e responsável.

        O primeiro erro comum sobre o gerenciamento de dados é imaginar que este são técnicas ou uso de software para tratar dados obtidos, já que, na realidade, compreende desde o planejamento da coleta, o procedimento da coleta, o repositório central de dados físicos e digitais, tratamento dos dados até o controle de distribuição e acesso dos dados analisados.

        Ou seja, um banco de dados geológico não se baseia em apenas “sondagem, amostragem e QAQC”. Ele envolve todo um processo vivo e dinâmico dentro do empreendimento minerário. Nesse contexto podemos afirmar também que, a análise de dados geológicos não se resume em digitação de informações em um software.

        A análise de dados geológicos é sensível e multidisciplinar. O profissional que se responsabiliza por essa função deve observar além de dados das áreas de Geologia: o Controle de Área e Direito Minerário, Meio Ambiente, Hidrogeologia e Geometalurgia, Barragem, e até mesmo os modelos utilizados na área de Recursos e Reservas.

2.2 A Geostatística

        “A geoestatística surgiu na África do Sul, quando Krige (1951) trabalhando com dados de concentração de ouro, verificou que para encontrar sentido nas variâncias em estudo era preciso levar em conta as distâncias entre as amostras, e assim surgiu o conceito da geoestatística ou teoria das variáveis regionalizadas, que leva em consideração a localização geográfica e a dependência espacial”. (GREGO, OLIVEIRA, VIEIRA, 2013)

Geologicamente, em um depósito há locais com maior e com menor concentração de minerais e, na inviabilidade de sondar todo o deposito, a geoestatística tem exatamente a função de estimar os valores de pontos nos locais onde não foram coletados testemunhos de sondagem. Pode-se definir a geoestatística então, como um ramo da estatística que utiliza conceito de variáveis regionalizadas na avaliação de variabilidade espacial.

Para estimar esses valores, comumente se usa o método de interpolação por krigagem (que consiste em ponderar os vizinhos mais próximos do ponto a ser estimado), cujo nome foi dado em homenagem a Daniel G. Krige.

Fazendo uma comparação entre a estatística clássica e a geoestatística, podemos dizer que a primeira necessita da normalidade e independência espacial entre os dados enquanto a geoestatística requer a correlação a espacial. Ou seja, com a análise geoestatística é possível organizar os dados disponíveis espacialmente de acordo com a semelhança entre vizinhos georreferenciados.

2.3 Amostragem e Variância

        Toda análise geoestatística tem como princípio a amostragem de solo, na qual é definida os subconjuntos de valores de uma população, que devem reproduzir a distribuição e a variabilidade espacial dos dados, representando a área que será estimada.

        A amostragem pode ser categorizada em três tipos: aleatória simples, aleatória estratificada ou sistemática. Na amostragem aleatória simples, as coordenadas geográficas são escolhidas aleatoriamente, por meio do sorteio de n valores dentro de uma população sem reposição. Na amostragem aleatória estratificada, a escolha dos pontos é caracterizada pela divisão da região a ser amostrada em células de dimensões fixas, e as coletas das coordenadas geográficas é feita de forma aleatória dentro destas subdivisões. Já na amostragem sistemática, a área total é dividida em células menores georreferenciadas, sendo preenchidas com um valor único, sendo a média dos valores amostrados no interior dessa célula.

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