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A NOVA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA E O NOVO EMPRESARIADO: UMA HIPÓTESE DE TRABALHO - RESUMO

Trabalho Universitário: A NOVA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA E O NOVO EMPRESARIADO: UMA HIPÓTESE DE TRABALHO - RESUMO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/9/2013  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  668 Visualizações

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O tema refere-se a uma inovação tecnológica, a qual dispõe de uma nova hipótese de trabalho. Trata-se de uma nova visão empresarial com estratégias para a diferenciação de produtos, adequação das firmas aos padrões internacionais e melhoria no desempenho exportador das firmas e internacionalização. Essa ideia foi criada a partir do esgotamento do nacional-desenvolvimentismo. As discussões sobre as políticas de incentivo á inovação tecnológica e os estudos em geral, têm trazido novas contribuições para um novo ambiente econômico, impulsionando as potencialidades no Brasil na economia mundial. Distanciando-se das iniciativas governamentais, os empresários acabam se equiparando e enfrentando as práticas das concorrências internacionais.

Porter (1980) caracterizou as estratégias de negócios em: concorrência por diferenciação, concorrência por preço (na qual os produtos são padronizados e o diferencial de uma empresa se dá pelo seu nível menor de custos) e concorrência por nichos, que seria um caso particular da estratégia de diferenciação (seria aquela mais promissora a lucratividade da empresa). É perceptível que as empresas que inovam e diferenciam os seus produtos a sua escala é maior que as demais categorias de empresas (como aquelas de menos porte, caracterizadas como médias e pequenas empresas). Além disso, a escolaridade média dos trabalhadores das firmas que inovam os seus produtos é significantemente maior também.

Para Bahia e Arbache. (2005) as firmas que inovam e diferenciam produtos remuneram os empregados 23% a mais do que as firmas que não diferenciam e têm produtividade menor. O prêmio salarial é de 11% a mais nas as firmas especializadas em produtos padronizados quando comparadas com as que não diferenciam e tem produtividade menor. Estas evidências mostram que firmas que competem por inovação e diferenciação de produto tendem a remunerar melhor a mão-de-obra ocupada, sugerindo que uma política que incentive as firmas a inovarem e diferenciarem produto pode ter efeitos positivos do ponto de vista dos salários.

Esse artigo analisa ainda o processo inovativo das firmas na indústria brasileira por categoria. Nas firmas especializadas em produtos padronizados e nas firmas que não diferenciam e tem produtividade menor, o comportamento inovador é fortemente associado à difusão tecnológica, que é realizada de forma especialmente relevante através da inovação de processo. Uma parte significativa das inovações de processo é realizada através da introdução de máquinas e equipamentos, frequentemente importados. Nas firmas especializadas em produtos padronizados, o percentual de inovadoras é maior do que nas que não diferenciam e têm produtividade menor, indicando uma preocupação maior nesta categoria com a eficiência produtiva (técnica e de escala). Via de regra, firmas de porte pequeno e médio são firmas defasadas tanto do ponto de vista tecnológico como de eficiência produtiva.

Além disso, dados mostram que as firmas que inovam e diferenciam produtos apresentam simultaneamente a maior porcentagem de desenvolvimento próprio de processo e a menor incidência de recurso a outras empresas. Faz parte também do esforço inovador das empresas a capacidade das firmas estabelecerem alianças cooperativas e parcerias para a inovação tecnológica. As firmas que inovam e diferenciam produtos também realizam gastos na aquisição de P&D externo e de conhecimento como proporção do faturamento maior do que nas demais categorias o que corrobora com as evidências de que estas firmas cooperam ou realizam inovações dentro do seu grupo empresarial.

O esforço da firma para realizar inovação tecnológica tem como objetivo aumentar os recursos e potencialidades disponíveis no seu interior e com isso obter vantagens competitivas que se traduzem em rentabilidade superior às de seus competidores. Nas firmas que inovam e diferenciam produtos, a inovação tem um impacto maior na melhoria da qualidade do produto ofertado e na ampliação da gama dos produtos ofertados. Uma das potencialidades especialmente relevantes para o processo de competição das firmas é sua capacidade de promover mudanças microeconômicas relativas a suas estratégias de mercado e também organizacionais.

Em relação com a inserção no comércio exterior, as firmas inovadoras exportam e importam muito mais que as outras firmas. As firmas que inovam, para manterem-se competitivas no mercado internacional estariam importando componentes de maior conteúdo tecnológico para a sua linha de produção, ao mesmo tempo em que complementam a linha de produtos que elas oferecem ao mercado doméstico. Para Nefri e Freitas (2004), a inovação tecnológica é um dos determinantes das exportações das firmas brasileiras. Este estudo aponta para duas evidências. A primeira delas é que uma firma que realiza inovação tecnológica tem 16% mais chances de ser exportadora. A segunda é que um aumento na propensão da firma a realizar inovação tecnológica, mensurada através de um aumento em um ano escolaridade médio dos trabalhadores na firma, associado a um aumento em 20% na eficiência de escala, possibilitaria que firmas que não realizam exportações passassem a exportar US$ 559 mil por ano.

Arbix, Salerno e De Negri (2004 e 2005) mostraram que os processos de internacionalização com foco na inovação tecnológica afetam positivamente o desempenho exportador das empresas. Verificou-se que as firmas internacionalizadas com foco na inovação remuneram melhor a mão-de-obra, empregam pessoal com maior escolaridade e, portanto, geram empregos de melhor qualidade. Além disso, observou-se que as firmas internacionalizadas com foco na inovação exportam mais do que as firmas que não fazem este tipo de internacionalização. Segundo os autores, esse elo existe porque a inovação tecnológica produz ativos específicos que possibilitam e facilitam a internacionalização das firmas. Essa internacionalização, por sua vez, contribui positivamente para a obtenção de um preço prêmio nas suas exportações.

Portanto, esse artigo procurou destacar e sistematizar alguns sinais indicadores da nova competitividade da indústria brasileira cujo suporte básico seria um novo comportamento e visão empresarial. A inovação tecnológica e a diferenciação de produtos fazem parte das estratégias competitivas, as quais visualizam parcerias e alianças com o objetivo de alcançar a inovação tecnológica. As firmas inovadoras de produto novo para o mercado são firmas agressivas não apenas no lançamento de novos produtos, mas também na conquista de novos mercados. O empresariado brasileiro tem identificado à inovação tecnológica como um passo importante para sua inserção no comércio internacional. Uma das características importantes é a inovação tecnológica e a diferenciação de produto.

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