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A Rigidez Dielétrica

Por:   •  1/11/2017  •  Resenha  •  984 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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Rigidez dielétrica
A rigidez dielétrica de um certo material é um valor limite de campo elétrico aplicado sobre a espessura do material (kV/mm), sendo que, a partir deste valor, os átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um isolante.
Resistência de Isolamento
Quando um material isolante separa dois condutores sob influência de uma diferença de potencial, aparecem correntes de fuga. A resistência de isolamento corresponde à resistência que o isolante oferece à passagem dessa corrente de fuga, a qual pode circular através da massa isolante ou pela sua superfície.

ENSAIO DE TENSÃO APLICADA


**O que é?
    O ensaio de tensão aplicada é um teste que tem como finalidade diagnosticar (vida útil, depreciação do dielétrico, etc..) o estado da isolação elétrica em cabos e equipamentos.
**Normas
   
As normas que englobam  este ensaio são: NBR 6881; NBR 7286;NBR 14039; NBR 5456; ICE 61010. **Conceito
    O teste consiste em aplicar uma elevada tensão elétrica no equipamento durante um minuto, não podendo  haver  rompimento da isolação dielétrica do equipamento ou cabo sob ensaio.
   Em condições normais, em qualquer dispositivo elétrico irá circular uma quantidade mínima de corrente de fuga, conforme a classe de tensão e rigidez dielétrica do material. Esse fenômeno trata-se de uma condição natural dos materiais.
   Ao final do teste, os dados são coletados e analisados, assim podendo tirar conclusões sobre a isolação elétrica do cabo ou aparelho sob teste.
   
NOTA: Se por ventura, durante a realização do ensaio, ocorra rompimento da isolação do equipamento ou cabo sob ensaio, o Hipot deve identificar essa corrente de fuga e vir e desligar.
**O Hi-pot
   
Hi-pot é o nome dado ao equipamento utilizado para realizar o teste de tensão aplicada.
Basicamente, o ensaio com o Hipot para cabos é efetuado com um esquema de ligação muito simples: o equipamento Hipot, alimentado por uma fonte de energia externa, é eletricamente conectado ao cabo ensaiado e sua blindagem.
E então o equipamento fornece um pulso de tensão ao cabo. Conforme o comportamento do mesmo é feita análise a respeito da possibilidade de inserção do cabo ensaiado em instalações.

[pic 1]

Apesar de o conceito ser o mesmo, os equipamentos HIPOT podem conter informações divergentes em relação a modelos de outros fabricantes. É importante salientar que todo equipamento HIPOT deve seguir as diretrizes das normas NBR 6881 e NBR 7286, independente do fabricante.
**Procedimento de aplicação de tensão – conforme NBR 6881 – item 5.3
A tensão a ser aplicada deve ser elevada a partir de um valor inicial, o menor possível, mas não superior a 20% da tensão nominal do cabo submetido ao ensaio.
A taxa de elevação da tensão deve ser aproximadamente uniforme, de tal maneira que a tensão especificada de ensaio seja atingida em não menos do que 10 segundos e nem mais do que 60 segundos.
Ao atingir o valor da tensão de ensaio, o mesmo deve ser mantido durante o tempo especificado.
O valor da tensão e o tempo de aplicação estão especificados conforme: NBR 7286, anexo B, tabela B2.
Decorrido o tempo de ensaio especificado, a tensão deve ser reduzida com taxa de variação aproximadamente uniforme, até um valor menor possível, mas não superior a 20% da tensão nominal do cabo e em seguida, desligar o equipamento.
Caso durante a execução do ensaio houver uma ou mais interrupções por qualquer anomalia no equipamento, conexões ou terminações do cabo, o ensaio ser continuado, acrescentando-se para cada interrupção, 20% do tempo total de aplicação de tensão ao tempo que resta para finalizar o ensaio.
O valor da tensão contínua de ensaio é definido pelo seu valor médio aritmético.
Como resultado do ensaio, não deve ocorrer perfuração total ou parcial do dielétrico submetido ao ensaio, conforme: NBR 6881 – item 6- Resultados.
**Ensaio de tensão elétrica alternativo
O ensaio de tensão elétrica realizado com aplicação de degraus de tensão e registro das correntes de fuga tem algumas vantagens com relação ao ensaio recomendado pela NBR 6881.
Este método alternativo permite um controle da intensidade da corrente de fuga, refletindo em maior segurança, garantindo que o teste seja não destrutivo.
O método alternativo propicia uma maior gama de informações para um acompanhamento do estado do isolamento do cabo e sua confiabilidade operacional, sendo muito útil para controle preditivo por parte da manutenção.
**Execução do ensaio de tensão elétrica alternativo 
O valor da tensão deve ser dividido em degraus, no mínimo 5 e no máximo 10. O valor da tensão aplicada no último degrau (valor máximo de tensão) é a mesma aplicada segunda as tabelas da NBR 6881.
Faz-se uso de um gráfico para “plotagem” dos valores medidos, em papel milímetrado.
Aplicar o primeiro degrau de tensão, lendo a corrente de fuga 1 minuto após a aplicação na tensão, plotando-o no gráfico.
Aplicar o segundo degrau, plotando a corrente de fuga lida 1 minuto após. Ligar os dois pontos através de uma linha.
Aplicar os outros degraus de tensão até o último, plotando as correntes de fuga lidas e traçando a linha, unindo todos os pontos.
O teste deve ser continuado enquanto a linha traçada for uma reta ou uma curva com pequena inclinação.
Após aplicação do último degrau de tensão e da plotagem da corrente de fuga com 1 minuto, a tensão deve continuar imposta ao condutor sob ensaio pelo tempo definido na tabela 1. E as correntes de fuga lidas e plotadas de 1 em 1 minuto.
Caso a corrente deve fuga cresça rapidamente, o ensaio deve ser interrompido.
**Conclusão
Conclui-se então que o teste de tensão aplicada tem como finalidade fornecer o diagnostico da isolação do cabo elétrico de média tensão.
É feito o estudo dos dados obtidos durante o teste, comparando-os com os dados do cabo fornecidos pelo fabricante, para então poder-se tirar conclusões sobre o estado da isolação do cabo.
Este teste não deve possuir caráter destrutivo, mas em algumas ocasiões o condutor acaba sendo danificado por conta do mau estado do dielétrico.

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