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A SUSTENTABILIDADE E COMÉRCIO ELETRÔNICO

Por:   •  11/11/2017  •  Artigo  •  3.264 Palavras (14 Páginas)  •  197 Visualizações

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Revista Ilha Digital

Endereço eletrônico:

http://ilhadigital.florianopolis.ifsc.edu.br/

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SUSTENTABILIDADE E COMÉRCIO ELETRÔNICO

Renato Sebastião Menezes da Silva [1] ,Marcos Roberto da Silva Junior[2]

Resumo: Com toda a demanda e evolução rápida muitas pessoas não sabem como descartar corretamente o seu lixo eletrônico, visto que hoje em dia a tecnologia avança de maneira muito veloz. O lixo eletrônico descartado de maneira errônea pode fazer muito mal ao meio ambiente e à saúde do ser humano. O Brasil possui a Política Nacional de Resíduos Sólidos que divulga a maneira correta de descarte do lixo eletrônico; segundo ela, as empresas devem aplicar uma Logística Reversa (LR), que visa retornar os eletrônicos ao meio produtivo. Por meio de pesquisas bibliográficas e qualitativas buscamos descobrir qual a preocupação da sociedade com os seus resíduos eletrônicos. Infelizmente percebemos que muitos dos brasileiros não sabem exatamente como proceder com o seu lixo eletrônico; muitas vezes eles acabam sendo armazenados em suas casas de maneira errônea, mesmo com os diversos projetos de conscientização existentes. Assim, concluímos que mesmo com uma legislação, o Brasil carece de fiscalização e incentivo aos consumidores para proporcionar um meio ambiente melhor para a sociedade.

Palavras-chave: Lixo eletrônico. Descarte eletrônico. E-lixo.

Abstract: With all the demand and rapid evolution many people do not know how to properly dispose of their electronic junk, since nowadays the technology advances very fast. Electronic waste improperly disposed of can do a lot of harm to the environment and human health. Brazil has the national solid waste policy that says how electronic waste should be discarded; According to it companies must apply a reverse logistics, which aims to return the electronics to the productive environment. Unfortunately we realize that many Brazilians do not know exactly how to proceed with their electronic junk, often they end up being stored in their homes in an erroneous way, even with the various existing awareness projects. Thus, we conclude that even with legislation Brazil lacks supervision and encouragement to consumers to provide a better environment for society.

Keywords: Electronic junk mail. Electronic discharge. E-trash.

  1. Introdução

A tecnologia avança de uma forma muito rápida tornando os equipamentos eletrônicos, como computadores, televisores, aparelhos celulares, entre outros, em um desuso repentino. Porém, muitos se perguntam o que fazer com seu equipamento eletrônico que não será mais utilizado e onde descartar esses lixos eletrônicos (e-lixo) que, muitas vezes, são valiosos do ponto de vista comercial e também são muito prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, caso não tenham um descarte adequado. Quando descartados de forma inadequada ou junto ao lixo comum, as substâncias químicas presentes nos componentes eletrônicos, como mercúrio, cádmio, arsênio, cobre, chumbo e alumínio, entre outras, penetram no solo e nos lençóis freáticos.

Tendo em vista a dificuldade que as pessoas encontram para o descarte de e-lixo, algumas empresas oferecem o gerenciamento de resíduos eletrônicos, fornecendo pontos de coletas e assegurando sua destinação ambientalmente adequada. Trata-se da Logística Reversa (LR), que passa por 5 etapas: Fabricação>Lojas>Usuário>Seleção triagem> Reciclagem.

Este artigo tem como objetivo verificar quais são os processos de gerenciamento do e-lixo e o que está sendo realizado para o seu descarte adequado, bem como, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que é a lei que trata do assunto. O artigo foi realizado no período de março a junho de 2017, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Mark Jacobowitz Era, diretor executivo da empresa Weee.do, pode-se afirmar que o objetivo da logística reversa de eletroeletrônicos é promover o retorno dos equipamentos eletroeletrônicos ao ciclo produtivo, buscando um maior aproveitamento de seus componentes através da reutilização e reciclagem, agregando valor de natureza ambiental, econômica, legal, social, dentre outros.

A cada ano observa-se um maior aumento na produção e consumo de aparelhos eletrônicos, que cada vez mais diminuem o seu ciclo de vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), junto ao PNUMA (Programa para o Meio Ambiente da ONU), em 12 de maio de 2015, constatou-se que por ano eram gerados cerca de 41 milhões de toneladas de e-lixo, sendo que aproximadamente 90% do lixo eletrônico global é comercializado ilegalmente, sendo que este número pode chegar a 50 milhões de toneladas no ano de 2017. Todos os dias, aproximadamente 80 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos são descartadas de forma inadequada no Brasil, correspondendo a mais de 40% do lixo coletado.

Quando esse assunto é tratado mais a fundo, podemos perceber que os prejuízos para o meio ambiente são grandes. Alguns estudantes decidiram fazer testes de vermicompostagem com as placas de circuito impresso, ou PCIs, para analisar como os compostos foram contaminados. O experimento mostrou que:

Os resultados evidenciaram elevados teores totais de Pb, Sn e Cu nas amostras de esterco com resíduo eletrônico (ERE) e vegetais com resíduo eletrônico (VRE). Levando-se em consideração os teores iniciais dos metais nas PCIs e as concentrações dos mesmos no composto obtido, a ordem de migração desses metais para as amostras ERE e VRE foi Sn (23,1 %)>Pb (18,4 %)>Ni (4,63 %)>Zn (0,46 %)>Cu (0,14 %) e Sn (24,3 %)>Pb (23,6 %)>Ni (11,33 %)>Zn (1,76 %)>Cu (0,60 %), respectivamente.(ODILAINE et al., 2015, p. 2)

Ainda podemos perceber em outra pesquisa que os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) trazem mal não só ao meio ambiente, como também as pessoas, como vemos a seguir:

Dentre os REEE, destaca-se neste estudo o aparelho celular, que segundo dados da IDC Brasil, em 2014, os brasileiros compraram cerca de 104 smartphones por minuto, de janeiro a dezembro, foram 54.5 milhões de aparelhos inteligentes comercializados, crescimento de 55% na comparação com 2013. O estudo também aponta que, somando a categoria de feature phones, o mercado de celulares encerrou 2014 em alta de 7%, com um total de 70.3 milhões de aparelhos comercializados. Isso fez com que o Brasil fechasse 2014 na 4ª colocação entre os maiores mercados do mundo, atrás da China, Estados Unidos e Índia. (SILVA; GONÇALVES; BACHMANN, 2015)

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