Analise Granulométrica dos Solos no Acre

Caracterização de Amostra de Solo de uma Jazida no Estado do Acre: Determinação Através de Ensaios de Granulométrica e de Densidade Real

Beatrice Alaíde Mello de Souza Marques

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

Larissa Costa Vichinsky

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

Guilherme Verçosa de Araújo

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

Matheus Rodrigues de Almeida

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

Thaline Geovana Neris Mendes

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

Vinicius Salamon de Brito

Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, [e-mail]

RESUMO: A análise e classificação do solo antes de qualquer planejamento ou execução de uma obra é de suma importância na engenharia civil. Esse processo de análise se inicia desde a granulometria até a determinação da resistência mecânica do solo, e por fim podemos qualificar esse solo, podendo ser de boa ou de má qualidade para o uso na construção civil. Em suma neste artigo observaremos as características do solo coletado por meio dos ensaios de granulometria, densidade real e sedimentação, e nos nortearemos pelas normas que regem cada um desses ensaios. Por fim após os resultados dos ensaios notamos que 58% do solo é composto por argila e silte, logo trata-se de um solo argiloso, e que tem predominância de montmorilonita pois sua densidade variar de 2,6 g/cm3 a 2,8 g/cm3 .

PALAVRAS-CHAVE: Solo, Classificação, Engenharia Civil, Acre.

1. INTRODUÇÃO

O conhecimento dos tipos de solo é um fator essencial na construção civil, uma vez que este sustenta o peso e determina as particularidades da obra, em função de suas características físicas como drenagem, elevação e localização. O solo presente no estado do Acre é, em sua maioria, inexplorado. Pesquisas sobre o solo acreano ainda não atendem quantitativamente às necessidades, para a determinação de sua influência no local onde se encontra.

Existem diferentes ensaios para reconhecimento das particularidades do solo analisado. Entre eles, há o de análise granulométrica, considerado o ensaio básico de laboratório necessário à identificação do solo, onde separa-se as partículas em grupos pelas suas dimensões e determina-se suas proporções relativas ao peso total da amostra; e o de densidade real, que diz respeito à relação entre o peso específico das partículas sólidas e o peso de água pura de mesmo volume a 4 °C.

A pesquisa em questão, faz um estudo, através dos ensaios laboratoriais de análise granulométrica por peneiramento e sedimentação e densidade real de uma amostra de terra retirada de uma jazida, localizada no estado do Acre.

1. OBJETIVOS

1. Gerais

O presente trabalho tem como objetivo caracterizar uma amostra de solo através de ensaios laboratoriais de análise granulométrica por peneiramento e sedimentação e de densidade real.

1. Específicos

1. Obter a curva de distribuição granulométrica do solo coletado;
2. Determinar a composição granulométrica da amostra de solo;
3. Determinar a densidade real do solo coletado

1. METODOLOGIA

1. Amostra Utilizada

O solo utilizado nos ensaios é proveniente de uma jazida de barro localizada na Estrada de Porto Acre (Rodovia AC-010), km 18, Acre. A área da jazida está representada na Figura 1.

[pic 1]

Figura 1 - Localização da jazida de barro da qual a amostra de solo foi retirada. FONTE: Google Maps (2018).

As informações acerca da jazida estão detalhadas na tabela a seguir:

Tabela 1 - Dados gerais sobre a jazida

Informações coletadas sobre a jazida
Localização	Estrada de Porto Acre (Rodovia AC-010), km 18, Acre
Possui licenciamento ambiental	Sim
Geólogo responsável	Não informado

1. Equipamentos Utilizados

Os equipamentos utilizados para a execução dos ensaios são:

1. Aparelho de dispersão com hélices substituíveis e copo munido de chicanas ou outro dispositivo capaz de produzir dispersão eficiente das amostras;
2. Peneiras de 50 – 38 – 25 – 19 – 9,5 – 4,8 – 2,0 – 1,2 – 0,6 – 0,42 – 0,30 – 0,15 e 0,075 mm, inclusive tampa e fundo;
3. Proveta de vidro, de cerca de 45 cm de altura e 6,5 cm de diâmetro, com traço indicando 1000 ml a 20ºC;
4. Estufa capaz de manter a temperatura entre 105ºC e 110ºC;
5. Balança com capacidade de 1 kg, sensível a 0,1g;
6. Balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01g;
7. Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml;
8. Capsula de porcelana com 5cm de diâmetro;
9. Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20ºC e graduado em 0,001 de 0,995 a 1,050;
10. Termômetro graduado em 0,5ºC, de 0ºC a 60ºC;
11.  Cronômetro com precisão de 1 segundo;
12. Banho no qual se possam colocar as provetas de modo a conservar as dispersões em temperatura aproximadamente constante durante o período de sedimentação
13. Bécher de vidro com capacidade de 250 ml.
14. Picnômetro com capacidade de 50ml;
15. Bico de gás;
16. Funil de 5cm de diâmetro.
17. Pegador de Madeira;

1. Procedimentos

Após a coleta do solo, secou-se a amostra ao ar livre até próximo da umidade higroscópica. Em seguida, desmanc haram-se os torrões, evitando a quebra dos grãos. Após destorroada, a amostra foi pesada e separada em 09 sacos plásticos (08 sacos com 5000g de solo e 01 com 2000g). Após etapa de preparo da amostra, iniciaram-se os ensaios no Laboratório de Solos da Universidade Federal do Acre (UFAC).