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Atendimento a energia elétrica em sistema isolados: Entraves e soluções.

Por:   •  16/12/2019  •  Resenha  •  2.460 Palavras (10 Páginas)  •  129 Visualizações

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Atendimento a energia elétrica em sistema isolados: Entraves e soluções.

Resumo

As comunidades isoladas se localizam nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, são onde concentram a maior parte das comunidades brasileiras sem acesso à rede de energia elétrica. Essas regiões tem baixa densidade demográfica populacional e apresentam baixos índices de eletrificação em razão da logística para executar a distribuição de redes de energia elétrica para possibilitar a universalização de energia elétrica, pois a extensão da rede para atendimento de poucos consumidores torna-se econômica e ambientalmente inviável. Por este motivo, a população utiliza pequenos geradores movidos geralmente a diesel para geração de energia elétrica, que também é economicamente inviável devido ao elevado custo do combustível, considerando o orçamento restrito das comunidades. Uma opção para esta parcela da população é gerar energia elétrica a partir de combustível disponível localmente e de maneira sustentável.

Introdução

O Brasil por ser um pais com dimensões continentais, possui 8.515.759,090 km², (publicado no DOU nº 124 de 30/06/2017, conforme Resolução Nº 02, de 29 de junho de 2017), com isso, tem regiões com densidade populacional baixas e altas.

A região norte e nordeste do país é a menos povoada, possui o menor IDH( índice de desenvolvimento Habitacional), apesar de possuir grande potencial de recursos hídricos, a principal fonte de energia do pais, tem baixa densidade demográfica, tendo sua ocupação territorial muito dispersa, dificultando  o desenvolvimento devido a logística.

Mas com a saturação da região sudeste e o modelo energético do Brasil, o governo teve que investir em empreendimentos na região norte e nordeste, onde o sistema interligado nacional e o modelo energético do país permite interligação de todas as suas gerações e suas transmissões. Somente assim conseguirá suprir o déficit de energia para as regiões mais desenvolvida.

Mas para conseguir atingir os menos favorecidos ao acesso a energia elétrica o Governo federal através da Ministério de Minas e Energia -MME elaborou diversos programas para possibilitar o acesso a energia elétrica, e o de maior impacto foi o Programa Luz para Todos, que tinha como meta antecipar a universalização no meio rural do pais.

Mesmo com os investimentos voltado a universalizar quem não tinha o acesso a energia elétrica, necessitava de grande investimento em logística devido a significativa dificuldade de acesso a essas comunidades principalmente na região norte do pais, que ficavam muito espalhadas.

Face esse entrave, para alcançar seus objetivos e otimizar a utilização dos recursos públicos, o Programa citado prioriza o atendimento com tecnologia de rede de baixo custo e, de forma complementar, com sistemas de geração descentralizada com ou sem redes associadas.

Nesse cenário, os recursos visam atendimento de futuros consumidores situados no meio rural, e em locais de difíceis acesso poderia ser privilegiado com caráter social do investimento.

 A distribuição dos recursos setoriais (Conta de Desenvolvimento Energético - CDE e Reserva Global de Reversão - RGR) baseia-se, principalmente, na necessidade de mitigar os impactos tarifários das diversas áreas de concessão, pois esses domicílios mais distantes dos grandes centros ao serem atendidos independentemente do sistema a ser atendido também teriam que pagar a conta de luz.

O mercado brasileiro de energia elétrica é atendido por uma Sistema Interligado e diversos sistemas isolados, onde o sistema interligado opera as gerações, transmissões e distribuição de forma integrada e é composto por basicamente usinas hidráulicas, linhas de transmissão interligando todo o pais e empresas de distribuição de energia elétrica. Apenas 3% das gerações estão fora do sistema interligado brasileiro, conforme gráfico abaixo, e a maioria destas se localizam na região norte.

Esses sistemas isolados são compostos por diversas unidades de geração, com predominância térmica e utilizam como combustível derivados do petróleo.

Os sistemas isolados ficam basicamente no interior e sua característica e de consumidores residências, pois não possui indústria devido a energia oferecida não ter qualidade e etc.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA / JUSTIFICATIVA

O acesso a fontes energéticas é um fator fundamental para a evolução da sociedade, pois possibilita qualidade de vida e desenvolvimento.

Mesmo com um cenário energético favorável, no que tange às potencialidades do Brasil, cerca de 12% dos domicílios brasileiros não são atendidos por energia elétrica (IBGE, 2011).

Segundo Neto et al. (2016), a demanda mundial crescente de energia e o agravamento da situação ambiental, induz o estudo e avanço de alternativas de geração de energia que possa beneficiar o sistema elétrico do local de atuação e o meio ambiente. Atualmente, a expansão da utilização das energias renováveis já possui números consideráveis, visto que, em muitos casos, elas conseguem resolver problemas que afetavam outras formas de geração. No âmbito nacional, este fato pode ser observado em grande escala nas localidades distantes de grandes centros urbanos, nas quais, o acesso e a transmissão de energia é bem difícil, e muitas vezes não há distribuição.

Conforme a RN 493/2012, a eletrificação rural e de comunidades isoladas pode ser feita por sistemas coletivos denominados Microssistemas de Geração e Distribuição de Energia (MIGDI) ou Mini redes.

Segundo Di Lascio e Barreto (2009) a baixa densidade demográfica e os

povoamentos das áreas rurais, serem muitos espaçados, dificultam e encarecem o acesso à energia. Em decorrência, a maioria dos vilarejos e das moradias isoladas não recebe fornecimento regular de energia elétrica, o que torna inacessível o conforto do mundo moderno e o beneficiamento da população.

Atualmente, o setor energético está em fase de transformação, buscando se desprender da sua forte dependência por combustíveis fósseis. Os esforços em ciência e tecnologia têm conduzido à melhoria dos sistemas convencionais de geração de energia e à busca por novas alternativas, principalmente as renováveis, que compatibilizem a viabilidade econômica e o mínimo impacto ambiental, que são os anseios da sociedade (HODGE, 2011).

Segundo Vieira (2011), O acesso à energia elétrica tem muita importância, tanto do ponto de vista social, como do econômico. Vista pelo aspecto social, a disponibilidade de energia proporciona conforto ao homem no campo e a regiões remotas, evitando, assim, que migre para os grandes centros urbanos em busca de melhor qualidade de vida.

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