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Cerâmica Mais Sofisticada

Artigo: Cerâmica Mais Sofisticada. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/9/2013  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  472 Visualizações

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Cerâmica mais sofisticada

Nos últimos anos o Brasil se tornou o segundo maior fabricante de revestimentos cerâmicos do mundo, ultrapassando países tradicionais neste setor. De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), esse crescimento se deve ao desenvolvimento tecnológico das empresas nacionais. Desenvolvimento que se intensificou quando o setor recebeu apoio de um projeto submetido ao programa de Consórcios Setoriais para Inovação Tecnológica (Consitec), da FAPESP, que reuniu pesquisadores de universidades, centros de pesquisa e empresas a fim de melhorar a qualidade e competitividade da cerâmica do estado de São Paulo.

No início do projeto, em 2001, o Brasil era o quarto maior produtor mundial e São Paulo respondia por 40% desta produção. Hoje o estado responde por cerca de 70%, além da melhora significativa da qualidade da cerâmica e do faturamento. No país o setor gera cerca de 225 mil postos de trabalhos diretos e indiretos. O projeto adotou sete linhas de pesquisa, desde inovações na área de ensaios para avaliação de produtos e estudos em tecnologia de assentamento de placas cerâmicas. Três dessas linhas foram voltadas ao porcelanato, um tipo de placa cerâmica sofisticada com alto valor agregado e requisitos técnicos diferenciados.

O aumento na qualidade da cerâmica paulista foi um dos grandes benefícios do projeto, a adequação dos processos de produção através de um sistema de gestão de qualidade e o início da certificação fez com que os índices de não conformidade caíssem drasticamente. O aumento da fabricação do porcelanato também foi um diferencial do projeto. Este produto mais sofisticado atraiu a atenção do mercado mesmo tendo um valor mais elevado. As empresas buscaram investir na sua produção e novas tecnologias como a impressão digital contribuíram para isso. Essa técnica permite inovar o design das peças, uma característica muito importante que o Brasil precisa desenvolver e que outros países como Espanha e Itália já tem consolidadas.

Outro fator determinante no desenvolvimento da cerâmica paulista foi a qualidade da matéria-prima, um exemplo é a região de Santa Gertrudes que tem uma das maiores minas de argila do mundo e uma matéria-prima que não necessita de quase nenhum aditivo para fabricação da cerâmica, isso permite um processo mais simples como a moagem a seco que exige menos etapas, reduzindo muito os custos de fabricação.

O desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento dos processos fabris foram fundamentais para o grande crescimento do setor no estado de São Paulo. Esse alinhamento de centros acadêmicos e empresas renderam ótimos resultados. A qualidade dos produtos foi equiparada a de países como Espanha e Itália, aumentando consideravelmente as vendas não só no mercado interno, mas também para outros países. O CCB (Centro Cerâmico Brasileiro) dispõe de modernos laboratórios certificados pelo Inmetro, onde pode ser fabricada qualquer placa cerâmica em escala laboratorial e realizados diversos tipos de ensaios.

A Anfacer em conjunto com o CCB foi responsável pela criação das normas técnicas do setor, entre elas a norma brasileira de porcelanato, que possui critérios rigorosos de qualidade. O Brasil inclusive é o único país que possui uma norma específica

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