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Clarificadores sanitários

Tese: Clarificadores sanitários. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/3/2014  •  Tese  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  181 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Em decorrência das atividades humanas resultam resíduos gasosos, líquidos e sólidos, estes últimos são denominados “lixo”. O lixo nada mais é que um dos fatores da estrutura epidemiológica da comunidade, exercendo sua ação sobre a incidência das doenças, ao lado de outros fatores.

Em muitos países o problema do lixo vem se agravando em decorrência de vários fatores, tais como o crescimento demográfico dos grandes centros urbanos, principalmente das regiões metropolitanas, criação ou mudança da hábitos, elevação do nível de vida e desenvolvimento industrial.

Com a implantação da regiões metropolitanas em todo o Brasil tem havido um desenvolvimento acelerado de alguns anos para cá em várias cidades, tais como, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Curitiba. Com esse desenvolvimento o problema dos resíduos sólidos vem se avolumando, e medidas preventivas já são tomadas, tentando buscar solução ao mesmo.

A solução encontrada para o tratamento e disposição final dos resíduos da maioria dessas capitais foi a criação de Aterros Sanitários.

1.2 ATERROS SANITÁRIOS

Aterro sanitário é um local destinado a disposição final de resíduos sólidos (lixo, que não pode ser reaproveitado, reutilizado ou reciclado) proveniente de meio urbano, industrial e hospitalar.

Também foi definido como: “...método de disposição dos resíduos sólidos no solo, sem causar danos ao ambiente e nem malefícios ou prejuízos para a segurança ou saúde da população utilizando princípios de engenharia sanitária, para confinar o lixo à menor área possível, reduzindo-o ao menor volume praticamente necessário, cobrindo-o com uma camada de terra ao término da operação de cada dia, ou em intervalos menores, se houver necessidade” (MELLO e BULGARELLI, 1977)

“As primeiras tentativas de modelagem de aterros sanitários surgiram na década de 1970.” (FILOS e KHANBILVARDI, 1993).

“Os primeiros modelos consideravam os diversos fenômenos físicos, químicos ou biológicos de maneira independente, e ainda sem interação entre as fases sólida, líquida e gasosa dos Resíduos, numa tentativa de simplificação dos processos.” (ZACHAROF e BUTLER, 2004a). Atualmente, para avaliar os aspectos ambientais do aterro sanitário, a tendência é que sejam consideradas as interações entre cada fenômeno.

Vários trabalhos têm surgido do desenvolvimento de equações analíticas e de análises experimentais em laboratório ou de campo, e consideram a integração dos fenômenos hidrológicos e de biodegradação, entretanto, sem aplicação verificada para diferentes tipos de aterros e de condições ambientais (POHLAND e AL-YOUSFI, 1995; AL-YOUSFI e POHLAND, 1998; LEE et al., 2001; HAARSTRICK et al., 2001; HOSSER et al., 2003; WHITE et al., 2003; WHITE et al., 2004; YILDIZ et al., 2004; ZACHAROF e BUTLER, 2004a,b; KINDLEIN et al., 2006).

A decomposição da matéria orgânica nos aterros normalmente se inicia com uma fase aeróbia seguida de outra anaeróbia.

Um dos cuidados a adotar no projeto, construção e operação do aterro sanitário é evitar o máximo possível que o local do aterro seja 'lavado' pelas águas de chuva. Evita-se, com a construção de valas em volta do terreno. Outra preocupação deve ser com a drenagem das águas residuárias, dando as mesmas um tratamento ou destino adequado, minimizando os efeitos da poluição das águas, tanto superficiais como subterrâneas. Esta complementação poderá ser efetuada através de um fundo impermeável, utilizando argila ou lençol plástico.

Há formação de gases durante o processo de decomposição orgânica. Na fase aeróbica há produção de CO2 , e na fase anaeróbica os gases CH4 (metano), H2S (sulfídrico) e NH3 (amônia). Para que estes gases possam saiu com mais facilidade, devem ser feitos drenos verticais, através de um tubo de aço de 200 a 300 mm cheio de brita. Na medida em que o aterro sobe, o tubo é suspenso, permanecendo a coluna de brita.

Os técnicos devem receber treinamento contínuo, para que a duração do aterro seja o maior possível. O aterro dever estar cercado e protegido por telas para evitar a prevenção de pessoas e animais

2. ATERRO DA CAXIMBA

Em novembro de 1989, iniciou-se a operação do aterro sanitário, localizado ao sul do município de Curitiba a 23 km do centro, no bairro da Caximba, localizado entre os municípios de Araucária e Fazenda Rio Grande. A área total do aterro é de 410.000m², sendo que a área destinada à disposição de lixo é de 237.000m². O aterro recebe resíduos de doze municípios da Região Metropolitana: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, e Quatro Barras.

Tinha capacidade aproximada de de 3,200.000 toneladas. O solo do local é impermeabilizado com geomembrana de PVC com geotêxtil e geomembrana de PEAD, recoberto com uma camada de 50 cm de argila compactada. Sobre as argilas, há um sistemas de dutos perfurados que captam os líquidos (chorume) e os gases; o chorume é enviado a um sistema de tratamento e os gases são queimados. Ele é captado em uma bacia de plástico onde retêm-se os metais pesados. Depois é deixado em uma lagoa anaeróbica, a qual as bactérias decompõe a matéria orgânica.

O solo removido pelo processo de escavação deve ser armazenado para servir de cobertura aos resíduos já compactados. O mesmo deve ser coberto por uma lona plástica evitando o carregamento pelas águas da chuva e o excesso de umidade, o que dificulta o processo de cobertura dos resíduos.

Recebia em média 14,4 mil toneladas de resíduos diariamente, e até maio de 2004 já havia recebido 487 milhões de toneladas de lixo. Em maio de 2004, houve falta de espaço no aterro, impedindo que os caminhões depositassem os lixos, fazendo com que a prefeitura construísse com urgência um anexo no aterro de 51 mil m², o que promoveu capacidade para mais quatro anos.

No ano de 2010, depois de várias tentativas de desativamento do aterro, finalmente a obra parou

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