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Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais

Por:   •  19/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  620 Visualizações

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Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais  (DR)

Os disjuntores exercem múltiplas funções, pois, além de realizarem proteção dos condutores contra sobrecorrentes, garantem a proteção das pessoas contra choques elétricos e a proteção dos lacais contra incêndio. São também ideias para controlar o isolamento da instalação, impedindo o desperdício de energia por fuga excessiva de corrente e assegurando a qualidade da instalação.

Em caso de defeito na isolação, as correntes de fuga passam à fonte de tensão (Figura 1). Os disjuntores ou interruptores diferenciais percebem ou captam a corrente de fuga e se desligam, quando ultrapassam a corrente de fuga. Porém, em caso de defeito nas isolações, não somente pode aparecer uma tensão de contato excessivamente elevada , como pode ser provocada por um incêndio através de um arco voltaico, originado pela corrente do circuito à terra.

[pic 1]

Figura 1 – Corrente de fuga.

Correntes de falta:

Se uma pessoa tocar as partes ativas de uma instalação, duas resistências são fundamentais para a determinação da corrente de falta à terra, a resistência interna das pessoas (RM)  e a resistência da ligação à terra (Rst). A resistência do corpo humano depende à passagem da corrente elétrica depende do caminho percorrido pela corrente. Dois valores podem ser considerados: a resistência entre as mãos ou entre a mão e o pé. A figura 2 abaixo ilustra o sistema de proteção contra contato direto com partes ativas da instalação.

[pic 2]

Figura 2 - Sistema de proteção contra contato direto.

Reações fisiológicas

A figura 3 mostra as zonas tempo/corrente dos efeitos da corrente alternada, bem como as reações fisiológicas das pessoas. A curva de disparo dos dispositivos DR também pode ser vista na figura. Analisando cuidadosamente observa-se que o dispositivo DR dispara a um tempo muito menor do que o recomendado pela NBR 5410, desta forma, podemos concluir seguramente que os dispositivos DR asseguram a proteção das pessoas, mesmo quando a corrente flui pelo corpo humano.

[pic 3]

Figura 3 - zonas tempo/corrente dos efeitos da corrente alternada e as reações fisiológicas das pessoas.

Prescrições da NBR 5410:2004 sobre o uso de DR’s:

A NBR 5410:2004 estabelece prescrições mínimas quanto à aplicação dos dispositivos DR. A seguir são indicados os itens que contem as prescrições da norma:

  1. Recomenda-se o uso de dispositivos DR de alta sensibilidade (), como medida adicional na proteção contra contatos diretos;[pic 4]
  2. Uso de DR’s na proteção contra contato direto em instalações de esquema TN, quando não puder ser cumprida a condição de proteção;
  3. No esquema TN, podem ser usados os seguintes dispositivos na proteção contra contatos indiretos:
  • Dispositivos de proteção a sobrecorrentes;
  • Dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR)
  1. Recomenda-se a utilização de dispositivo DR de alta sensibilidade na proteção de circuitos terminais que sirvam a:
  • Tomadas de corrente em cozinhas, lavanderias, locais com pisos e/ou revestimentos não isolantes e áreas internas;
  • Tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas;
  • Aparelhos de iluminação instalados em áreas externas.
  1. O dispositivo DR de baixa sensibilidade é reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos;
  2. O uso de dispositivos DR visa situações como as de falhas de outros meios de proteção e de descuido ou imprudência do usuário;
  3. O dispositivo DR não é reconhecido como uma medida de proteção completa. Não podem ser dispensadas medidas de proteção adicionais, tais como equipotencialização e seccionamento automático de alimentação  e uso de extrabaixa tensão: SELV e PELV;
  4. Obrigatoriedade do uso do dispositivo DR de alta sensibilidade:

Além dos locais que contenham banheira ou chuveiro, e qualquer que seja o esquema de aterramento deve possuir proteção DR de alta sensibilidade:

  • Os circuitos que sirvam pontos de utilização em locais com banheira e chuveiro;
  • Os circuitos que alimentem tomadas de corrente, situados em áreas externas à edificação;
  • Os circuitos de tomadas de corrente situadas em aras internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
  • Os circuitos que, em locais de habitação, sirvam de pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, área de serviço, garagens e áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
  1. O uso de DR’s não dispensa, nenhuma hipótese, o uso de condutor de proteção. Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão;
  2. Em circuitos de corrente contínua só devem ser usados DR capazes de detectar correntes diferenciais-residuais contínuas. E deve ser capaz de desligar tanto em condições normais quanto em situações de falta (neste caso deve se utilizar o dispositivo DR tipo B);
  3. Em circuitos de corrente alternada nos quais a corrente de falta possui componente contínua  (neste caso deve-se utilizar o dispositivo DR tipo A);
  4. Em circuitos de corrente alternada nos quais não se preveem correntes de falta que não sejam senoidais (neste caso deve-se utilizar o dispositivo DR tipo AC);
  5. Associação entre dispositivos de proteção a corrente residual-diferencial e dispositivo de proteção contra sobrecorrentes;

Funcionamento do Dispositivo DR

  • Funcionamento elétrico

As bobinas principais (P) são enroladas sobre o núcleo magnético de modo a determinar, quando atravessadas pela conrrente I, dois fluxos magnéticos iguais e opostos, de modo que, em condições normais de funcionamento, o fluxo resultante seja nulo. A bobina secundária (B) é ligada ao relé polarizado.

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