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EFICIENCIA ENERGETICA

Trabalho Universitário: EFICIENCIA ENERGETICA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/5/2013  •  7.681 Palavras (31 Páginas)  •  1.301 Visualizações

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A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS VENTILADORES

RESUMO

Na atualidade a preocupação com uma maior eficiência energética tem incentivado pesquisadores, estudiosos e empresários tanto na busca de novas fontes energéticas, como um melhor aproveitamento, otimização e dimensionamento da energia elétrica, já que esta é uma das fontes mais utilizadas nas indústrias brasileiras. A crescente expansão do consumo de energia reflete o aquecimento econômico e a melhoria da qualidade de vida, mas também traz impactos ao meio ambiente, assim os estímulos ao uso eficiente passam a ser alternativas cada vez mais exploradas. O presente estudo tentará mostrar as vantagens da aplicação da eficiência energética em sistemas ventiladores, especialmente na aplicação deste conceito na usina de Cachoeira Dourada – Goiás.

1 INTRODUÇÃO

A crise no setor elétrico se fez pública em 2001, momento em que esteve presente o racionamento energético, o que gerou tanto maiores pesquisas sobre fontes de energia, como também uma maior consciência sobre a necessidade de economia desta fonte.

As contrariedades que tem enfrentado o setor de energética brasileiro, de um lado buscando um sistema elétrico confiável, com maior eficiência na geração, distribuição e no consumo final; de outras medidas como as privatizações de empresas do setor elétrico, que imprimem um caráter mais competitivo, já que estas têm o objetivo de vender energia não tendo interesse em reduzir o consumo.

É certo que tem se trazido novas perspectivas e regras para o setor elétrico, assim se faz importante avaliar o impacto dessas medidas sobre o âmbito industrial, fazendo projeções para o futuro, tendo a indústria como a que maior consome energia elétrica no país.

Antes de falar em eficiência energética em sistemas ventiladores, vamos abordar o conceito de eficiência energética, nas dimensões: legal, ambiental, tecnológica, socioeconômica e financeira e fatores organizacionais, refletindo sobre a situação atual.

2 CONCEITO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Primeiramente vale lembrar como destacam Silva, Deschamps e Péres (2009) que na sociedade moderna qualquer atividade econômica só é possível com a utilização de uma ou mais formas de energia. Assim adverte que:

Todo equipamento possui uma eficiência característica, sendo que as perdas representam a parcela de energia que não foi adequadamente utilizada, ou seja, não realizou o trabalho a que se destinava. A energia perdida pode ser classificada como fonte de desperdício, principalmente quando se tem sistemas de baixo rendimento, ou seja, sistemas ou equipamentos que aproveitam mal a energia empregada para seu funcionamento normal (SILVA; DESCHAMPS; PÉRES, 2009, p.2)

Nesse sentido, se têm evidenciado vantagens econômicas e ecológicas na conservação de energia elétrica, mas ainda carecem de políticas públicas que incentivem como: fiscais, educacionais, regulamentações entre outras. Para Silva, Deschamps, Peres (2009), os subsídios são de extrema importância, pois às vezes são eles que viabilizam a utilização de sistemas mais eficientes.

Mosko; Pilatti; Pedroso (2010) lembram que parte considerável do custo de produção em uma indústria advém do consumo de energia elétrica, desta forma o uso adequado e eficiente tem sido abordado nos programas de eficiência enérgica como parte do planejamento das indústrias, mas pouco se conhece como esses programas podem reduzir custos e melhorar a produtividade em uma indústria.

Na atualidade se tem requerido das indústrias uma atitude responsável no processo de produção e o aproveitamento da energia existente tem sido buscado através de diferentes ações adotadas para melhorar o aproveitamento do uso da energia elétrica.

O conceito de eficiência energética tem sido bastante utilizado desde as últimas décadas do século XX. Tendo sido adotado pelo Ministério de Minas e Energia, que resume o conceito de eficiência energética aplicando-lhe uma definição geral, restando assim resumido: “eficiência energética é a relação entre e a quantidade de energia entregue à carga e a quantidade de energia final utilizada de um bem produzido ou serviço realizado” (Brasil, 2010, p. 4).

Esta conceituação de eficiência associa-se à quantidade efetiva de energia utilizada e não a quantidade mínima teoricamente necessária para realizar um serviço.

Vale lembrar Mosko; Pilatti; Pedroso (2010, p.18) quando destacam que:

Ter um programa de conservação de energia não é fazer um racionamento, mas sim, ter eficiência no seu uso. A questão da eficiência energética deve ser levantada desde a alta direção da indústria até ir de encontro com o colaborador de menor nível hierárquico, não menos importante no programa, pois uma ação isolada tende a perder o seu efeito ao longo do tempo. Desta maneira é necessário o engajamento de todo o corpo funcional da indústria para que a eficiência energética seja uma mudança de hábito e que tenha a menor resistência possível dos funcionários. Os ganhos com a eficiência energética devem ser quantificados e expostos a todos, para que fique claro o quanto se pode ganhar com a conservação de energia. Não deve ser tratada somente a questão financeira, mas também a questão ambiental e social que esta agregada ao consumo de energia.

O manual de eficiência energética na indústria (Paraná, 2005) adverte que o uso eficiente da energia elétrica possibilita à indústria uma melhor utilização das instalações e equipamentos elétricos, com redução no consumo e conseqüente economia. O melhor aproveitamento da energia significa ainda um aumento da produtividade, uma redução dos investimentos em construção de usinas e redes elétricas e maior garantia no fornecimento de energia.

A eficiência energética é condição essencial, já que qualquer redução de consumo de energia repercute em toda cadeia produtiva, refletindo positivamente no preço do produto acabado.

Segundo Brasil (2010) é relevante a apuração de indicadores que expressem a variação na eficiência energética, estes indicadores geralmente são agrupados em quatro categorias:

-Termodinâmicos: baseados inteiramente na ciência da termodinâmica, indicam a relação entre o processo real e o ideal quanto à necessidade de uso de energia;

-Físico-termodinâmicos: consideram a quantidade de energia requerida

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