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Impossible Island: Dubai Palm Island

Por:   •  4/10/2018  •  Resenha  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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Mega Structures – Impossible Island: Dubai Palm Island. National Geographic Channel, 2004, ep.02.

RESENHA[1]

Por Anelise Azevedo[2]

“Mega Structures” ou Obras Incríveis, no Brasil, é um programa da National Geographic Channel que apresenta os grandes e ousados projetos de arquitetura e engenharia da atualidade. A série foi ao ar entre 2004 e 2015 e apresentou obras como o Aeroporto de Hong Kong, Itaipu no Brasil, e diversas pontes, túneis e prédios de grande porte que desafiavam a tecnologia e a natureza.

O episódio intitulado “Impossible Island: Dubai Palm Island”, ou Ilhas artificiais de Dubai, foi transmitido em 2004, como o episódio de número 11 da segunda temporada, em 2004. Esse capítulo apresenta um dos projetos de engenharia mais audacioso do nosso tempo, a ilha artificial construída em forma de palmeira no Golfo Pérsico. A ilha tem 5,5 Km de extensão, sendo a maior do mundo, foi toda construída em areia e rocha e pode ser vista do espaço. As dificuldades de uma construção desse porte são apresentadas no documentário. Uma estrutura que desafia a natureza, já que a água é um dos grandes agentes causadores da erosão.

Dubai nem sempre foi um destino luxuoso para turistas, mas a mudança ocorreu num período de 50 anos graças as riquezas em petróleo, ouro e comercio. Porém, era previsto uma grande crise em decorrência do esgotamento do petróleo na região, sendo necessário inovar e planejar estratégias para que Dubai não fosse esquecida. O príncipe Sheikh Hamdan Bin Mohammed Al Maktoum colocou em prática um plano para transformar Dubai no mais luxuoso e desejado destino turístico, e foi assim que surgiu a ideia da Ilha Palm Jumeirah.

A ilha seria não apenas um atrativo, mas ela aumentaria a costa de Dubai, triplicando a capacidade de receber pessoas. Para a construção da ilha, foi necessário encontrar uma equipe de engenheiros especialistas em obras nesse porte, porém ninguém jamais fez algo assim, uma cidade no mar. Palm Jumeirah seria construída apenas com areia e rochas, no meio do mar, sob ação de ventos e ondas, foi preciso um estudo minucioso para realização do projeto.

Como a profundidade e extensão do mar em Dubai são pequenas, o risco de ondas gigantes é baixo e o mar é quase sempre calmo. Então os trabalhos para construção da ilha foram iniciados com uma equipe de engenheiros holandeses, especialista em expansão continental e controle do mar. A primeira etapa seria construir o quebra mar que serve de proteção para a ilha, de acordo com os estudos, este deveria se erguer 3 metros acima das ondas, ter 11,5 km de extensão e ser construído em 2 anos.

Foram 9 barcaças, 15 rebocadores, 4 dragas. 30 caminhões para carga pesadas e 10 guindastes flutuantes trabalhando para aterrar o fundo do mar levantando-o em 3 metros, e criar um leito de rochas para acomodar e manter tudo no lugar. Mas a proteção efetiva seria feita pela parte acima da água, feita com camadas de grandes rochas de até 6 toneladas que vieram de 16 pedreiras diferentes nos Emirados Árabes.

Durante essa fase da construção aconteceu o atentado do 11 de setembro nos Estados Unidos, isso fez com que o turismo entrasse em profunda crise, deixando Dubai deserto por 3 meses. Milhões já haviam sido investidos. 1200 engenheiros trazidos de outros países, e por isso, as construções continuaram.

Com o primeiro trecho do quebra mar erguido, foram usados mergulhadores para conferir se a barreira se comportava como esperado. Eles monitoravam cada metro do quebra mar em busca de fraturas ou deslocamentos que pudessem deixa-lo vunerável. O cronograma da obra sofreu um atraso de 3 meses por conta da chegada do inverno, com tempestades que traziam ventos de mais de 50 km/h, impedindo o trabalho das dragas.

Mas o quebra mar resistiu e os trabalhos prosseguiram, contudo o atraso no cronograma forçou uma adaptação no projeto. A ilha passaria a ser construída junto com o quebra mar, um grande desafio, pois as duas obras deviam ser sincronizadas. Se o quebra mar adiantasse mais que a ilha, cortaria o acesso das dragas, o contrário, deixaria a ilha exposta e vulnerável. Assim, a ilha começou a surgir, com areia vindo do próprio mar, apenas 11 km de distância do local.

As dragas tiravam aproximadamente 1 metro de areia do fundo do mar ao longo de 5 km², coletando 8 mil toneladas. Essa areia era transportada e lançada a 10 m/s. Foram 94 milhões de metros cúbicos de areia e 5,5 milhões de rochas, e nada foi lançado por acaso. As rochas foram colocadas cuidadosamente para garantir a firmeza, já para areia, foi usado o único satélite privado do mundo para conferir se a ilha estava no formato desejado, além de 5 homens com pesados equipamentos de GPS que andavam sobre a ilha diariamente.

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