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Injeção De CO2 Em Poços De Petróleo

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Por:   •  15/2/2014  •  1.104 Palavras (5 Páginas)  •  839 Visualizações

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DIÓXIDO DE CARBONO

A injeção de dióxido de carbono (CO2) tem ganhado destaque nos últimos anos, devido à possibilidade de sequestro de CO2 para objetivos ambientais, já que, dentre os diversos gases poluentes, o CO2 é um dos principais geradores do efeito estufa. A principal vantagem desse gás é que pode extrair hidrocarbonetos mais pesados, além de ter baixa pressão de miscibilidade em relação a outros gases, como gás natural e N2. Por ser um processo onde a injeção é continua e a eficiência de varrido é alta, o tempo de residência do CO2 (tempo em que ele passa no interior do reservatório) é curto, na escala de dias, e não meses ou anos, como para outros mecanismos (BACHU, et al., 2000). A grande desvantagem é devido aos problemas operacionais, tal como a corrosão de equipamentos, causada pela ação do CO2 misturado com a água de formação, gerando acido carbônico (H2CO3). Isso faz com que a utilização de ligas metálicas especiais nos dutos e proteção para instalações seja requerida. (MATTE, 2011)

O desenvolvimento de tecnologias para separação e captura de CO2 tem sido considerada uma prioridade, principalmente, porque o custo constitui-se em torno de 75% do custo total e os outros 25% são com transporte e injeção. Cada uma dessas etapas será aprofundada abaixo. (MATTE, 2011)

CAPTURA

As principais tecnologias para a separação e captação de CO2 incluem: absorção química, adsorção física, destilação a baixas temperaturas (criogenia) e a oxi-combustão, sendo que duas dessas serão especificadas.

ABSORÇÃO QUÍMICA

O processo de absorção química utiliza um solvente (produto químico alcalino tal como amina) para a remoção do CO2 presente em uma mistura gasosa. Os produtos gerados neste processo são: solução aquosa de amina concentrada em CO2 (amina rica) e gás de combustão, com baixo teor de CO2. A solução aquosa de amina rica passa por um processo de regeneração (aquecimento), onde ocorrem reações de regeneração com a liberação do CO2 para a atmosfera Em seguida a solução de amina regenerada ( baixo teor de CO2, chamada de amina pobre) retorna ao processo de absorção, dando continuidade ao processo. (GAVAGNANI, 2008)

ADSORÇÃO

O processo de adsorção utiliza como concepção o uso de uma superfície sólida adsorver o componente ácido (CO2, H2S) existente em uma mistura gasosa. Pode-se também adsorver estes componentes através de reações químicas com os constituintes do material sólido utilizado. Tais materiais apresentam como características principais uma alta área superficial e seletividade na adsorção de gases. A cinética e a capacidade de adsorção dependem do tamanho do poro do material adsorvente, volume do poro, área superficial e afinidade do componente gasoso a ser removido com um adsorvente selecionado. (BAUTISTA, 2010)

COMPRESSÃO E TRANSPORTE

Após a separação e recuperação do gás de queima, o CO2 é transportado para o local de injeção. Para facilidade de transporte, o CO2 é, geralmente, comprimido sob condições super-criticas (fase densa com pressões acima de 1200 psi).

O meio de transporte de CO2 mais comum são os dutos. Outros meios incluem o transporte por navios, caminhões, entre outros. O transporte por dutos é um método eficiente quando a fonte está próxima do local de armazenamento. Caso a fonte esteja distante, o transporte por meio de tanques é utilizado. Neste caso, o CO2 separado e recuperado deve ser liquefeito. Não há necessidade de fabricar tanques especiais para transportar o CO2, uma vez que, a julgar pelas suas propriedades, o CO2 liquefeito pode ser transportado em tanques normalmente utilizados para o GLP (gás liquefeito de petróleo). (FERREIRA, 2005)

INJEÇÃO EM POÇOS DE PETRÓLEO

Uma injeção bem sucedida de CO2 requer reservatório com porosidade maior do que 15%. Reservatórios propícios a esse método também são aqueles que estão em um estágio avançado da injeção de água. Neste estágio a maioria do óleo móvel já foi produzido e o volume significativo de óleo remanescente é o residual que não pode ser produzido sem métodos mais avançados de recuperação. (BAUTISTA, 2010)

O CO2 deve ser injetado a uma pressão igual ou superior a pressão mínima de miscibilidade, para que este se misture ao óleo, formando um líquido homogêneo que escoa facilmente ao poço produtor e gerando uma recuperação altamente eficiente. Isso ocorre porque o CO2 tem a habilidade de reduzir as forças capilares e interfaciais, que causam retenção de óleo no reservatório. A miscibilidade também é considerada importante por alterar o volume do óleo, resultando em um acréscimo de pressão, aumentando

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