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Introdução à Análise E Projeto De Sistemas Orientados A Objetos

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Por:   •  13/3/2015  •  6.856 Palavras (28 Páginas)  •  569 Visualizações

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1. Introdução à Análise e Projeto de Sistemas Orientados a Objetos

O princípio dos estudos da análise de sistemas deve partir, inevitavelmente, da compreensão do que é um sistema. Em seguida pode-se enquadrar este entendimento na realidade dos sistemas computacionais, que é o foco do presente trabalho. Em nível geral, pode-se caracterizar um sistema como sendo um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo. Dividindo-se, ainda, os sistemas em fechados e abertos, os primeiros não estabelecem troca de “material” com o ambiente externo, ou seja, nenhum "material" entra ou deixa o sistema. Exemplos de sistemas fechados são os sistemas de simulação, os quais, em geral, são projetados com o intuito de viabilizar qualidade e otimizar posteriores projetos de sistemas abertos. Contrariamente àqueles, os sistemas abertos se caracterizam por realizar constante troca de “materiais” com o meio em que estão inseridos. Os exemplos para estes são dos mais variados, podendo-se citar os sistemas de transporte, o corpo humano, os sistemas econômicos e sociais e, dentre os mais comuns para nossos estudos, as empresas/corporações. Portanto, na grande maioria das vezes, nas tarefas de análise e projeto, os esforços irão se concentrar nos sistemas abertos. Um sistema aberto é composto de um conjunto de partes em constante interação (interdependência das partes), constituindo um todo orientado para determinados fins e em permanente relação de interdependência com o ambiente externo. E as empresas, por que se comportam como sistemas abertos? O ambiente em que elas se encontram é essencialmente dinâmico, forçando o sistema organizacional (para sobreviver) a responder com eficácia às pressões exercidas pelas rápidas e contínuas mudanças no ambiente. Os sistemas ainda podem ser divididos em vários subsistemas, os quais também se caracterizam em um conjunto de partes interdependentes que se relacionam entre si, compondo um sistema maior. Usando das definições acima, podemos decompor alguns sistemas: - Corpo humano: sistema ósseo, circulatório, muscular, etc. - Sistema de transportes: rodoviário, metroviário, ferroviário, de carga, aéreo, marítimo, etc. Os sistemas abertos são baseados na idéia de que determinadas entradas (inputs) são introduzidas no sistema e, uma vez processados, geram certas saídas (outputs). As empresas assim se comportam através de recursos materiais, humanos e tecnológicos, cujo processamento resulta em bens ou serviços a serem fornecidos ao mercado. Desta forma podemos definir, agora, um sistema de informação em função de subsistemas e de empresas. Um sistema de informação é formado por outros

subsistemas, cada qual sendo um sistema de informação apoiando um processo de decisão. Assim sendo, um sistema de informação pode ser definido “como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e outras organizações” (Laudon, 1999). Portanto, cada sistema/subsistema pode ser decomposto em 3 partes principais, conforme figura 1.1, sendo: 1 - Coleta de dados de entrada; 2 - Processamento dos dados; 3 - Produção e distribuição de dados de saída (informações).

Figura 1.1 – Atividades dos Sistemas de Informação: Entrada, Processamento e Saída De forma geral, é útil destacar os principais aspectos que descrevem o conceito dos sistemas de informações: - O sistema total é uma extensão do processamento integrado de dados que resulta na integração de todos os subsistemas principais num único sistema; - O sistema deve incorporar as informações necessárias para planejamento e controle; - O sistema deve gerar informações necessárias para auxiliar os administradores de todos os níveis a atingirem seus objetivos; - O processamento eletrônico de dados deve representar um papel importante, porque se torna necessário automatizar para prover informações exatas rapidamente. É possível verificar que a visão sistêmica não necessariamente passaria pelos ambientes computacionais, pois já existiam antes destes. No entanto, há muito já se tornou difícil conceber um sistema de informações sem o suporte de ferramentas e

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sistemas de software e hardware. Portanto, não é demais relacionar os conceitos vistos até então, com o campo de processamento de dados, e afirmar que os sistemas serão tratados como um conjunto de pessoas, máquinas e métodos organizados de modo a cumprir um certo número de funções específicas. Todavia, é exatamente a visão sistêmica, independente da tecnologia em questão, que deve ser adotada quando se começar a estudar e proceder com as tarefas iniciais da análise de sistemas. Então, o que é fazer análise? Confunde-se, muitas vezes, que analisar é somente resolver problemas. Porém, análise é o estudo de um problema, que antecede à tomada de uma decisão/ação. Já em relação ao nosso foco de trabalho - os sistemas computacionais -, análise é o estudo de alguma área de trabalho ou de uma aplicação, levando geralmente à especificação de um novo sistema. Esta ação será o projeto e a implementação do mesmo. No princípio da informática, geralmente os problemas a serem resolvidos eram de caráter especificamente matemáticos. Eram adotados métodos científicos de resolução de problemas e passava-se à implementação das soluções. Os programadores começaram a adotar ferramentas de modelagem, sendo os fluxogramas as mais utilizadas. Estes se mostraram voltados unicamente à especificação da solução algorítmica sem, contudo, permitir aos “analistas” da época que se concentrassem no domínio do problema em que se estava envolvido. Neste momento da história do desenvolvimento de software surgiu a necessidade de se ter ferramentas e, principalmente, métodos sistemáticos que auxiliassem o profissional de software a percorrer o caminho da análise e projeto de sistemas. Foram então elaboradas abordagens mais completas. Eram as primeiras metodologias de análise e projeto de sistemas, as quais usavam de técnicas e ferramentas de modelagem, sendo as mais expressivas os diagramas de fluxo de dados (DFD) e os modelos entidade-relacionamento (E-R). Surgia, assim, a análise e projeto de sistemas estruturados. Nesta época já havia as primeiras propostas de processos

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