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Por:   •  16/4/2014  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  386 Visualizações

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O salário e o lucro capitalista

Em nossa sociedade, a ampla maioria da população não conta com capital para investir, nem meios de produção, nem nada que lhe permita subsistir; a não ser seus braços, seu corpo e seu cérebro. Esta capacidade de trabalhar, no capitalismo chama-se força de trabalho e os trabalhadores devem vendê-la constantemente no mercado em troca de um salário. Porém, a questão que queremos discutir aqui é que o operário acredita que o patrão lhe paga por todas as horas trabalhadas, e pensa que cobra por todo o trabalho realizado.

Contra esta falsa crença, Marx introduziu um aporte fundamental: a diferença entre trabalho e força de trabalho. Diz: "todos os senhores estão convencidos de que o que vendem ao capitalista é seu trabalho" . É comum pensar que o trabalhador vende seu trabalho no mercado em troca de um salário e que o capitalista ao combinar esse trabalho com as máquinas e ferramentas obtém um produto que lhe pertence. Além do mais, como o operário recebe o pagamento de seu salário depois de ter trabalhado, percebe que o patrão lhe paga por todo o trabalho que realizou ( ou seja, por todas as horas trabalhadas)

Marx demonstrou que, na realidade, existe uma diferença fundamental entre o que o operário acredita que vende e o que ele realmente vende. "O que o operário vende não é diretamente seu trabalho, mas sua força de trabalho, cedendo ao capitalista o direito a dispor dela" . Nesta diferença entre trabalho e força de trabalho, se encontra todo o segredo do capital. Porque na realidade o operário recebe somente por uma parte do trabalho que realiza, a fração que equivale à quantidade de tempo de trabalho necessário para reproduzir sua vida, e é isso o que o salário representa.

Uma vez que o capitalista contrata um trabalhador, ou seja, que compra sua capacidade de colocar em movimento seus músculos, nervos e cérebro ( sua força de trabalho), combina-a com a maquinaria e as matérias primas, colocando-a para trabalhar durante uma jornada de trabalho. Com uma parte dessa jornada, o trabalhador reproduz o equivalente ao que o capitalista gasta em salários. Porém como vendeu sua capacidade de trabalhar por uma jornada de completa, é obrigado a continuar trabalhando o restante do tempo. Estas horas trabalhadas além da quantidade de tempo necessária para reproduzir o equivalente à seu salário são apropriadas pela patrão, sem dar nada em troca. Este roubo de horas é a única fonte de lucro dos capitalistas.

Muitos trabalhadores se surpreendem porque pensam que o capitalista obtém lucros pagando-os um salário "de fome", abaixo do valor da "cesta básica" da qual sempre se fala. Porém ainda que o capitalista pagasse uma salário capaz de cobrir essa cesta, obteria benefícios. O lucro não depende de pagar menos do que "vale" sua força de trabalho. Depende, pura e exclusivamente, da diferença entre a quantidade de trabalho que o operário realiza, e o que custa a reprodução de sua vida ( o valor de sua "força de trabalho" ou seu salário)

Também é muito comum acreditar que o lucro surge porque o capitalista acrescenta um valor ao custo da produção das mercadorias. Esta é outra crença falsa. A verdade é que colocando em movimento a força de trabalho o capitalista

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