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Manejo De Quelonios

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Por:   •  17/3/2015  •  5.754 Palavras (24 Páginas)  •  773 Visualizações

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CRIAÇÃO DE QUELONIOS

INTRODUÇÃO

Os quelônios fazem parte do habito alimentar de algumas regiões do norte do brasil. A carapaça serve para produzir objetos artesanais. A banha e os ovos são usados nas indústrias de medicamentos e de cosméticos. Mas isso siguinifica também uma constante ameaça para esses animais.

As espécies mais conhecidas dos ribeirinhos são a tartaruga-verdadeira ou tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), o tracajá (Podocnemis unifilis), o iaçá ou pitiú (Podocnemis sextuberculata), o calalumã ou irapuca (Podocnemis erytrocephala) e o cabeçudo (Peltocephalus dumerilianus).

A quelonicultura vem sendo praticada globalmente, entretanto apesar de seu crescimento, poucas informações científicas sobre a criação zootécnica desses animais podem ser encontradas na literatura. Entre os entraves encontrados na criação destes animais, pode-se destacar o grande número de espécies e suas diferenças, o que requer estudos diferenciados para a obtenção de um sistema adequado para cada uma delas, levando em consideração suas diferenças fisiológicas, anatômicas, de aproveitamento comercial, entre outras. .

A ordem TESTUDINES ou CHELONIA, que engloba os quelônios terrestres, marinhos e de água doce é tida como a mais antiga de todas entre os vertebrados atuais. A mais antiga evidência fóssil data do período Permiano, aproximadamente 280 milhões de anos atrás (FERRI 2002).

Existem cerca de 260 espécies atuais de quelônios distribuídas em 13 famílias que podem ser encontrados nos mares e continentes, com exceção da Antártida (PRITCHARD 1979, IVERSON 1992, POUGH et al. 2003). Atualmente encontram-se duas sub-ordens entre os quelônios, Cryptodira e Pleurodira. Na primeira sub-ordem, onde está inserida a maioria das espécies, os quelônios retraem a cabeça por meio de uma flexão vertical das vértebras do pescoço, enquanto que os Pleurodira flexionam o pescoço lateralmente (LEGLER1993,POUGHetal.1993).

JUSTIFICATIVA

Os recursos naturais faunísticos apresentam-se cada vez mais degradados e limitados em decorrência de ausências de políticas permanentes de valorização desse recurso como patrimônio e riqueza nacional. As espécies de quelônios são muito consumidas na região amazônica e tem seus estoques naturais muito diminuídos em função da destruição de seus habitats, dos processos predatórios e do seu uso descontrolado. A pesquisa, a proteção e o manejo dos quelônios amazônicos, voltados para a conservação, visam à recuperação das populações das espécies mais representativas da região, bem como o estabelecimento de programas de manejo de longo prazo e que permitam o uso sustentável desse recurso natural. Como principais usuários do recurso, as comunidades devem ser envolvidas e capacitadas, permanentemente, para administrar e participar dos processos de gestão dessas espécies, bem como dos seus respectivos habitats.

REVISÃO DA LITERATURA

MANEJO

Os quelônios mais comumente mantidos em cativeiros são os cágados e jabutis e sua contenção não representa maiores problemas. Os cágados normalmente não atingem grandes proporções e, em geral, podem ser facilmente manuseados, muito embora, por vezes, suas unhas arranhem aquele que os está manipulando (FRANCISCO,1997). Uma dificuldade na contenção de cágados reside no fato de que algumas espécies recolhem o pescoço para o lado e para dentro da carapaça. Se for necessário que o pescoço do animal seja colocado para fora, basta segurar uma dobra da pele do pescoço com uma pinça e manter o animal suspenso. Sustentando o corpo com o pescoço, pouco a pouco o animal vai cedendo ao peso do próprio corpo, terminando por relaxar o pescoço e, consequentemente, colocando-o para fora (FRANCISCO,1997). Os jabutis, por outro lado, podem atingir em média 70cm quando adultos e pesar mais de 30 quilos. Em razão disso, às vezes, pode ser complicado sustentar esses animais nas mãos. Pesados ou não, contudo, os jabutis devem ser seguros pelos lados da carapaça. Se contidos por muito tempo nas mãos, têm o hábito de urinar e defecar, como forma de defesa. Uma maneira bastante prática para conter um jabuti é utilizando um objeto cilíndrico, como uma lata de leite em pó. Essa lata, colocada embaixo do animal, impede-o de se deslocar, pois seus membros estarão suspensos (FRANCISCO,1997).

ALIMENTAÇÃO

Com relação aos hábitos alimentares, algumas espécies podem ser carnívoras, outras herbívoras, ou ainda possuir uma dieta mista, espécies denominadas onívoras (IBAMA 1989). Não possuem dentes na boca, sendo que na maioria das espécies apenas um rígido bico córneo (PRITCHARD 1979, POUGH et al. 2001). Apresentam uma grande diversidade de estratégias alimentares, que variam entre as diferentes famílias e espécies (BELKIN & GANS 1968, PRITCHARD 1984, MOLINA 1990, MOLINA et al. 1998, MALVASIO 2001, MALVASIO et al. 2002).

Todos os animais necessitam de alimentos para se desenvolver e como fonte de energia para a manutenção do organismo (WOOD, 1973). A falta de determinado nutriente faz com que o organismo mobilize suas reservas (ANGELIS, 1979). Assim, uma alimentação que não contenha todos os minerais e vitaminas necessárias ao organismo do animal podem levar ao aparecimento de alguns males (MAYNARD e LOOSLI, 1974). Em seu habitat, o jabuti e o cágado, por se tratar de onívoros, alimentam-se de frutos, brotos, ovos, insetos, anelídeos e pequenos vertebrados (SANTOS, 1994). Esses animais, quando em cativeiro, necessitam de uma dieta de qualidade e bem diversificada. Podem ser mantidos com carne moída, peixes, besouros, larvas e grilos. Os frutos podem ser dos mais variados, como uvas, abóboras, bananas, mamão, peras e maçãs. Podem receber verduras como a couve e o almeirão (MOLINA,1999). Necessitam ainda de um suprimento de cálcio, que pode ser fornecido pela farinha de osso. A quantidade de alimento varia de acordo com o tamanho do animal (FUNDAÇÃO PARQUE ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO,s.d). As espécies onívoras podem, ainda, receber uma alimentação preparada com ração canina seca ou enlatada como 50% da dieta, e deve-se oferecerlhes legumes e verduras, frutas, minhocas e insetos, equilibrando a dieta (BIRCHARD e SHERDING,

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