Memorial de Cálculo - projeto elétrico

1. CÁLCULO LUMINOTÉCNICO

        Para determinação da iluminação mínima necessária para cada ambiente presente no projeto arquitetônico apresentado neste trabalho, utilizou-se como base a metodologia descrita pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) segundo a NBR 5413, que dita a iluminância artificial para ambientes de interiores.

        Foi necessário realizar a caracterização de cada ambiente, da seguinte maneira: ambientes residenciais com baixa, média e alta iluminância receberam cálculos para 100, 150 e 200 lx respectivamente. O ambiente foi classificado de acordo com a tabela a seguir, levando em conta o tipo de tarefa realizada.

Características da tarefa do observador	Peso
-1	0	1
Idade	< 40 anos	40 a 55 anos	> 55 anos
Velocidade e precisão	sem importância	importante	crítica
Refletância do fundo	> 70%	30 a 70%	< 30%

Assim, tem-se que se a soma dos pesos for -3 e -2 o ambiente terá baixa iluminância; -1, 0 e +1, média; +2 e +3, alta. Assim é feita a escolha das lâmpadas e luminárias adequadas.

        A seguir faz-se a determinação do valor de K para cada ambiente, é o índice do local, dado pela equação:

[pic 1]

Em que, c e l são as dimensões do cômodo e hm é a distância vertical da luminária até a altura de trabalho.

        Para se determinar o fator de utilização Fu usa-se os critérios de refletância das superfícies mostrados abaixo:

Superfície	Índice
Escura	1
Média	3
Clara	5
Branca	7

Com os índices do teto, paredes e piso faz-se uma interpolação dos valores da tabela a seguir:

K	751	731
0,60	0,36	0,30
0,80	0,43	0,38
1,00	0,49	0,44
1,25	0,54	0,50
1,50	0,58	0,54
2,00	0,63	0,60
2,50	0,67	0,64
3,00	0,69	0,66
4,00	0,71	0,69
5,00	0,72	0,71

        O fator de depreciação Fd também é determinado, para isso estima-se o período de manutenção e enquadra-se o ambiente em um nível de limpeza:

Tipo de ambiente	Período de manutenção (h)
2500	5000	7500
Limpo	0,95	0,91	0,88
Normal	0,97	0,85	0,80
Sujo	0,80	0,68	0,57

Após as devidas alterações para que o projeto se adeque ao local, é feita uma verificação de iluminância, afim de que o valor alcançado pelas luminárias seja igual ou maior ao valor de projeto, da seguinte maneira:

[pic 2]

Em que  é o fluxo luminoso da lâmpada escolhida.[pic 3]

2. TOMADAS DE USO GERAL E ESPECÍFICO

        Após determinação das luminárias e dos respectivos interruptores, faz a quantificação das tomadas que deverão aparecer no projeto. As TUGs (Tomadas de Uso Geral) e TUEs (Tomadas de Uso Específico) são determinadas de acordo com o tipo de construção projetada.

        Para ambientes residenciais as TUEs são escolhidas com base nos aparelhos especiais que estão em funcionamento na casa, listados a seguir:

Aparelhos
Resistivos	CE	Chuveiros Elétricos
TE	Torneiras Elétricas
AP	Aquecedores de Passagem
AA	Aquecedores de Ar
FeFE	Fornos e Fogões Elétricos
Indutivos	MLL	Máquinas de Lavar Louça
MSR	Máquinas de Secar Roupa
FM	Fornos de Micro-ondas
AAC	Aparelhos de Ar condicionado

        Para as TUGs deve ser feito um cálculo de quantidade mínima para cada ambiente, mostrado a seguir:

Ambiente	Quantidade mínima de TUGs
A < 6m²	1 x 100VA
A > 6m²	(P/5) x 100VA
Cozinha / Área de Serviço	N = P/3,5
3 x 600VA + (N-3) x 100VA
Banheiro	1 x 600VA
Varanda / Garagem	1 x 1000VA

Em que A é a área do ambiente e P é o perímetro.

3. CÁLCULO DA DEMANDA

        A demanda de um projeto é o valor aproximado do uso de energia, levando em consideração a probabilidade de funcionamento dos parelhos presentes no local em um determinado momento através do fator de demanda FD. A equação que fornece o valor da demanda é a seguinte: