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MÉTODOS EMPREGADOS NA TENTATIVA DE RECUPERAÇÃO DAS BARRAGENS DE REJEITO

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.325 Palavras (14 Páginas)  •  189 Visualizações

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MÉTODOS EMPREGADOS NA TENTATIVA DE RECUPERAÇÃO DAS BARRAGENS DE REJEITO

Luiz Carlos Ramos Junior[1]

Murilo Luiz Bernardes Nogueira[2]

Renato Akegawa Cunha[3] 

Ryan Costa Faria[4] 

RESUMO

O carvão mineral e o ferro são produtos estratégicos na economia, tanto para geração de energia termoelétrica como para a fabricação de ligas. A explotação e o beneficiamento destes minérios encontram muitos desafios ambientais. Como esse tipo de atividade apresenta grande impacto ambiental, a preocupação com a conservação do meio ambiente e com a pressão da opinião pública tem impulsionado cada vez mais o aproveitamento dos rejeitos de mineração. Além de que com o aumento do volume desses rejeitos é perceptível a necessidade de barragens maiores para sua contenção. Dessa forma, muitas pesquisas estão sendo realizadas com o emprego de novas tecnologias de beneficiamento, a fim de aproveitar ao máximo estes minérios de teores mais pobres. Esse artigo parte de três publicações que resumem, analisam e discutem novas formas tratar do rejeito e tem por objeto resumir, analisar, avaliar e sintetizar estes estudos já publicados. Dois destes buscaram a recuperação dos rejeitos estocados na barragem através da caracterização tecnológica, no entanto, um foi realizado com o rejeito carbonoso proveniente da usina da USITESC, localizada em uma reserva carbonífera no extremo sul de Santa Catarina, enquanto o outro estudo foi realizado com o rejeito ferroso, proveniente da usina da VALE localizado em Córrego do Feijão, Minas Gerais. O estudo de ambos os pesquisadores constitui na determinação de rotas, as quais foram induzidas e testadas, e pela característica dos materiais, estas se diferem muito, mas ambas comprovam de maneira positiva a verificação da pesquisa, ou seja, de acordo com os métodos aplicados, fica garantida a possibilidade de reaproveitar estes rejeitos. O terceiro estudo possibilita uma nova forma de tratar o rejeito caso o reaproveitamento não seja possível. Com a produção de ferro em larga escala na mina da VALE, em Vargem Grande, Minas Gerais, existe um grande volume de rejeitos que são produzidos diariamente, o que aumenta a área ocupada por barragens de rejeito. O estudo constitui-se em realizar um processo de filtragem com esse rejeito ferroso, e assim poder empilha-lo em mistura ou em co-disposição com o estéril da mina e reduzir o volume de material. A filtragem também oferece a possibilidade de se reutilizar a água no processo. Após os estudos, foi possível observar que utilizando filtros de diferentes tamanhos é mais vantajoso e eficiente filtrar esse rejeito, que não possui uniformidade na granulometrias de seus grãos.

        

Palavras-chaves: Rejeito; Caracterização tecnológica; Minério; Meio ambiente.

INTRODUÇÃO

Embasando-se nos artigos “Caracterização de um depósito de rejeitos para o gerenciamento integrado dos resíduos de mineração na região carbonífera de Santa Catarina, Brasil”, publicado por Juarez R. do Amaral Filho, Ivo André H. Schneider, Irineu A. S. de Brum, Carlos H. Sampaio, Gerson Miltzarek e Carlos Schneider, na Revista Escola de Minas, em 2013;  “Caracterização tecnológica de rejeito de minério de ferro”, publicado por Marcos Antônio Gomes, Carlos Alberto Pereira e Antônio Eduardo Clark Peres, na Revista Escola de Minas, em 2011 e “Filtragem de rejeitos de minério de ferro visando à sua disposição em pilhas”, publicado por Nilton Caixeta Guimarães, George E.S. Valadão e Antônio E.C. Peres, também na Revista Escola de Minas, em 2012, este artigo analisará os caminhos metodológicos empreendidos pelos autores nos artigos mencionados de tal modo a evidenciar suas pertinências metodológicas para os estudos na área da Engenharia de Minas.

O artigo “Caracterização de um depósito de rejeitos para o gerenciamento integrado dos resíduos de mineração na região carbonífera de Santa Catarina, Brasil” tem como objetivo demonstrar a possibilidade de recuperação do carvão, por meio de processos de beneficiamento mineral, garantindo a obtenção de um concentrado que se adentra nas especificações do mercado. Esse estudo utilizou da principal forma de recuperação dos rejeitos carbonosos, que é a flotação e a caracterização desse material. Os autores tinham como hipóteses os diferentes tipos de reagentes de flotação e se interrogaram: Qual reagente utilizar a ponto de tornar esse material pobre útil para a indústria?  Amaral, Schneider, Brum, Sampaio, Miltzarek e Carlos Schneider mostraram que foi possível constatar uma recuperação positiva do rejeito, utilizando querosene e óleo de pinho.

Já o artigo “Caracterização tecnológica de rejeito de minério de ferro” investigou a possibilidade de se produzir concentrado de minério de ferro que atendesse às especificações químicas de pellet feed[5] para utilização na indústria metalúrgica. O estudo é motivado pelo fato de haver uma pilha de finos proveniente do tratamento de minério de ferro, estocados na barragem I, que se beneficiada de maneira correta, possibilitará um concentrado para aplicação na indústria metalúrgica. Portanto, a interrogação proposta pelos autores era: Como beneficiar esse material tão pobre a ponto de torna-lo útil para a indústria metalúrgica? A hipótese é testada a partir de dois caminhos, denominados rota I e rota II. As rotas são as etapas necessárias para se beneficiar o material, onde a primeira é composta basicamente por etapas de separação magnética e flotação, enquanto a rota II se dá apenas por etapas de separação magnética. Gomes, Pereira e Peres publicam o estudo com o intuito de demonstrar uma maneira viável de se aproveitar aquele rejeito, que em muitas outras empresas é descartado.  

O artigo “Filtragem de rejeitos de minério de ferro visando à sua disposição em pilhas” refere-se ao caso do Projeto de Itabiritos de Vargem Grande, em Minas Gerais, onde os autores estudam alternativas viáveis para a deposição de rejeito em pilhas. Para isso a polpa precisaria ser adensada e, o método de filtragem é uma boa opção. O que torna difícil esse processo é a não uniformidade da granulometria dos grãos. Guimarães, Valadão e Peres possuem um novo problema: Qual o tamanho de peneira ideal para filtrar esse material? Esse estudo além de identificar rotas para adensar e conseguir depositar o material é capaz de proporcionar a recuperação de água que pode ser reutilizada no processo, reduzindo o consumo de água nova, já que a aquisição outorga para uso de recursos hídricos é outra dificuldade.  

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