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Métodos indiretos de prospecção geotécnica

Por:   •  30/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  1.053 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA

MÉTODOS INDIRETOS DE

PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA

Luís José de Oliveira Mendes

Engenharia Civil

Profª Juliane Andréia Figueiredo Marques

Maceió – AL

09 de abril de 2015

  1. INTRODUÇÃO

Entende-se por prospecção geotécnica o conjunto de operações necessárias para o estudo das características físicas, mecânicas, hidráulicas e demais propriedades do terreno, como profundidade e espessuras de camadas do solo, compacidade e consistência da mesma ou até mesmo nível do lençol freático. É uma prática de extrema importância que antecede a realização de obras de engenharia, já que é utilizada para ante-projetos, projetos e acompanhamento das mesmas, a fim de otimizar o processo, facilitando dimensionamentos, reduzindo custos e prevendo (ou evitando) possíveis problemas.

Existem diversos métodos de prospecção, que se dividem basicamente em dois grandes grupos: diretos e indiretos. Estes se caracterizam por estimar as propriedades do solo à distância – sem o contato físico (sensoriamento remoto) – ou através de outras grandezas do solo (métodos geofísicos). Aqueles trabalham com o contato direto com os elementos das formações a serem estudadas por meio de escavações para observações direta e coleta de amostras indeformadas (poços, trincheiras e galerias) ou por meio de sondagens (a trado, a percussão, rotativa), também conhecidas como prospecção semi-direta.

Neste trabalho, serão abordados os métodos indiretos, descrevendo e exemplificando a aplicação dos mesmos.


  1. SENSORIAMENTO REMOTO

O sensoriamento remoto consiste na obtenção de imagens aéreas (sem o contato do sensor com a superfície a ser investigada), captando a radiação emitida pela superfície terrestre. Na maioria dos casos, o veículo utilizado para esta obtenção são os tão conhecidos satélites, que carregam consigo os sensores óptico-eletrônicos – uma espécie de câmera fotográfica mais sofisticada.

Então, através de geoprocessamento, o material coletado é transformado em mapas ou banco de dados, a partir da análise dos dados obtidos pela observação de características como tonalidade/textura da imagem, formas de relevo e redes de drenagem. [1]

  1. MÉTODOS GEOFÍSICOS

Têm por objetivo investigar feições da subsuperfície de interesse, a partir da coleta de dados em campo, que, quando digitais, permite observação do comportamento dos campos físicos e propagação de ondas. Os métodos geofísicos são divididos em métodos geoelétricos, métodos sísmicos e métodos potenciais. Estes possuem outras subdivisões, que serão abordadas a seguir, onde destacam-se eletrorresistividade, GPR, refração e reflexão, que têm fornecido ótimos resultados para a engenharia. [2]

3.1 Métodos geoelétricos

  1. Eletrorresistividade

 

Consiste no emprego de corrente elétrica artificial no terreno através de eletrodos com o objetivo de medir o potencial gerado próximo ao fluxo de corrente. Então, relaciona-se os dados obtidos e técnica empregada, a fim de calcular a resistividade em subsuperfície, que pode ser considerado como a resistência dos materiais em conduzir a corrente elétrica. Esse parâmetro de solos e rochas pode ser afetado por alguns aspectos como composição mineralógica, porosidade, teor em água e

quantidade e natureza dos sais dissolvidos. [3]

  1. Métodos eletromagnéticos

Dentre estes, destaca-se o GPR (Ground penetrating radar ou radar de penetração de solo), que se caracteriza  pela transmissão de uma onda eletromagnética de altíssima frequência ao solo, cuja propagação sofrerá influência do material existente, já que as propriedades elétricas do meio causarão reflexão de parte do sinal. Esta será captada por um receptor, que a armazenará para posterior mapeamento detalhado da estrutura geológica. [3]

  1. Polarização induzida e espontânea

O método de polarização induzida possui certa semelhança com a eletrorresistividade. Utiliza-se eletrodos para injetar corrente contínua e medir diferença de potencial elétrico no solo. Após interrupção do fluxo de corrente, percebe-se que o potencial não se torna nulo imediatamente. Isso caracteriza rochas com minerais metálicos disseminados ou capazes de promover troca de íons com solução eletrolítica preenchendo os poros, mostrando uma polarização elétrica induzida nestes após passagem da corrente. [4]

3.2 Métodos sísmicos

3.2.1 Refração

Consiste no estudo da propagação de ondas sonoras em meio sólido, a partir da emissão de ondas acústicas na superfície que se propagam pelas camadas e retornam à superfície ao sofrerem refração, localizando superfícies refratoras, que separam camadas terrestres de diferentes impedâncias acústicas. Os dados obtidos são processados por meio de softwares e apresentados como sismogramas. [5]

3.2.2 Reflexão

        Semelhante ao método de refração, utiliza-se os pulsos de energia sísmica refletidos e estima-se as profundidades das interfaces das camadas através do tempo de percurso. [6]

3.2.3 Crosshole e Tomografia

São processos caracterizados pela realização de furos de sondagem.

Crosshole consiste na aplicação de ondas sísmicas em um furo de sondagem, que são registradas em furos adjacentes e tem como objetivo captar as ondas longitudinais e transversais que se propagam em subsuperfície. A partir dos resultados obtidos é possível calcular os módulos de elasticidade das rochas, utilizados nos projetos de fundações na engenharia. [6]

3.2.4 Perfilagem sísmica contínua, sonografia e ecobatimetria

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