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Norma NB-165 para raios

Por:   •  1/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  1.254 Visualizações

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                                            RESUMO DA NORMA ABNT-NB 165

            A proteção contra descargas atmosféricas (raios) é padronizada no Brasil desde 1950 pela norma NB 165  baseada em documentos belgas e contendo seis páginas, a NB 165 sofreu sua primeira revisão influenciada por documentos americanos em 1970. Em 1977, teve sua identificação alterada, resultando na primeira versão da NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas elétricas atmosféricas. O documento continha 16 páginas e teve o texto novamente revisado, já com base na IEC (International Electrotechnical Commission), em 1993, 2001 e 2005. A NBR 5419:2005 é denominada “Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas”, tem 42 páginas e, atualmente, está sendo revisada seguindo os parâmetros da IEC 62305-1 a 4. O novo texto, que terá um aumento substancial em seu conteúdo, ainda não tem data prevista para publicação.

         Com a história resumidamente apresentada, é feito uma seguinte análise: já que a norma em questão existe há aproximadamente 60 anos e, portanto, tem seu espaço consolidado no meio técnico, quantos projetistas e instaladores de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) realmente conhecem e compreendem corretamente seu objetivo e, principalmente, o conteúdo da última revisão (2005).

         Tomemos como exemplo a proteção contra raios no transporte ferroviário. A interpretação do texto existente na seção 1, parágrafos 1.2 e 1.4, demanda a aplicação das prescrições contidas na NBR 5419 para a proteção da edificação denominada “estação” (do trem ou do metrô) ou outras edificações adjacentes (utilidades, serviços administrativos, etc.), mas deixa claro que as mesmas exigências não se aplicam fora das edificações, por exemplo, na proteção da área próxima à via férrea e às linhas elétricas ou estruturas ali existentes.

         Outra situação interessante é a aplicação dos mesmos itens na proteção de edificações que contenham sistemas de telecomunicações, praticamente todos os prédios existentes no País. Analisando a situação, veremos que todas as regras descritas na NBR 5419 devem ser utilizadas, o que não acontece para a proteção dos sistemas e das linhas de telecomunicação externas a essas edificações.

        A apresentação destes casos tem o intuito de chamar à razão aqueles profissionais que, por despreparo, omissão ou medo da mudança causada por “novas” informações, ainda seguem as prescrições das versões antigas. Muitos, vivendo nos anos 1970, exigem coisas absurdas em documentos que deveriam ser enquadrados e expostos como contra-exemplo da boa prática da engenharia. Estes profissionais, quando questionados, defendem-se com a ingênua afirmação de que os raios não mudaram ao longo dos anos. Nisso eles estão quase corretos. O que muda a cada dia é a nossa compreensão sobre o fenômeno físico e é essa mudança que nos leva ao aprimoramento de prescrições e procedimentos visando a diminuir riscos e acidentes.

         Em suma, todas as exigências feitas para projeto, instalação, inspeção e manutenção do SPDA devem visar prioritariamente a segurança sob todos os aspectos. Disso ninguém discorda, porém há que se fazer com a coerência e o bom senso proporcionados pelo conhecimento e pela atualização de conceitos adquiridos em documentos técnicos que denotam notório saber.

         Os textos das antigas versões (P-NB – 165:1970 e ABNT NBR 5419:1977) não faziam considerações sobre Ng e nem definiam critérios para a determinação da necessidade ou não de SPDA. A partir da revisão de 1993, o assunto passou a constar do texto da norma e, desde então, Ng pode ser obtido por meio de índices ceráunicos (Td) e da relação:

                                                             Ng = 0,04 Td1,25

 

        No Anexo A da IEC 62305-2 ed.2 consta que Ng é um dado que pode ser disponibilizado por meio de várias redes de localização de raios pelo mundo. Estabelece ainda que, em regiões com clima temperado, se não houver um mapa disponibilizando os valores de Ngo, ele pode ser estimado a partir da relação:

                                                                Ng = 0,1 Td

        Sendo assim, Tpoderia ser obtido pela consulta aos mapas isoceráunicos  da ABNT NBR 5419, porém, o mapa de curvas isoceráunicas que é o resultado de um trabalho antigo, de 1910 a 1951, feito com os poucos recursos da época, com pequeno número de locais de observação (escuta e registro) de trovoadas e com diferentes períodos de observação para diferentes regiões. Na prática é um mapa de difícil utilização, pois tem baixa resolução e as únicas referências para a localização de um ponto geográfico qualquer são os detalhes do contorno do país. O mapa exibe poucas curvas e grandes áreas em que a extrapolação de valores é o único recurso para se chegar a algum valor. O outro mapa de curvas isoceráunicas, apenas para a região sudeste, é mais detalhado, porém ainda com limitações. Este mapa foi elaborado pela Cemig com dados de aproximadamente 25 anos (1971 a 1995). Os dados foram obtidos de 580 pontos de observação em Minas Gerais e de 120 pontos de observações em regiões próximas. Quando se compara dados de uma mesma região nos dois mapas nota-se diferença entre os valores dos índices ceráunicos.

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