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O Balanço Energético Nacional

Por:   •  10/7/2018  •  Resenha  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  103 Visualizações

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EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balanço Energético Nacional 2016. Rio de Janeiro, 2016. 62p.

RESENHA CRÍTICA

Gustavo de Souza Gomes

O Balanço Energético Nacional (BEN) trata-se de um banco de dados que tem o intuito de apresentar a contabilização referente à oferta e demanda de energia no Brasil, desde o início do processo, com a extração dos recursos energéticos primários, sua conversão em fontes secundárias, exportação e importação, a distribuição e o uso final dessa energia.

Vale ressaltar que o BEN 2016 reflete as ocorrências do ano de 2015.

O consumo de energia no ano de 2015 sofreu uma redução quando comparado ao ano de 2014. Tal fato é justificado pela queda do PIB de 3,8% para o mesmo período. Com isso, o consumo sofreu uma retração de 1,9%. Os setores que mais contribuíram para tal queda foram o setor industrial e o setor de transportes. O cenário econômico do ano de 2015 levou à diminuição da produção. Com menor produção, há também uma menor necessidade de transporte para escoamento da produção, gerando um efeito em cascata. Como estes dois setores são os mais expressivos em consumo, diminuição de consumo dos mesmos afeta de forma contundente o consumo total nacional.

Grande parte da matriz energética nacional é oriunda de fontes renováveis (cerca de 41%), sendo um dos países com maior participação de fontes renováveis em sua matriz. Dentre as renováveis, a que tem maior participação é a biomassa de cana de açúcar (16,9%)1 2, sendo seguida pela hidráulica (11,3%)1, lenha e carvão vegetal (8,2%)1 e lixívia e outras renováveis (4,7%)1.

O consumo de energia, como já citado, teve uma redução de 1,9%, contra uma redução de 2,1% na oferta de energia. A diferença entre os índices é devido à redução nas perdas de energia (3,1%), já que com menos consumo temos menos perdas. Incorporando nossa oferta de energia, temos a importação de eletricidade oriunda de fonte hidráulica (basicamente Itaipu). Um dos fatores que levaram à diminuição da oferta de energia, foi o superávit nos fluxos de exportação e importação do petróleo e seus derivados. Outro fator, é a redução da oferta de energia elétrica de origem hidráulica, devido às condições hidrológicas do ano de 2015, que não foram favoráveis à geração.

Quantos às fontes que compõem a matriz energética nacional, damos destaque ao crescimento percentual de duas fontes: eólica e solar. Esta última apesar do grande crescimento, ainda é pouca expressiva, representando menos de 0,1% da matriz energética. Já a primeira, já chega a representar 0,6%.

Quando olhamos para valores absolutos, podemos destacar a biomassa da cana, que aumentou sua oferta em, aproximadamente, 2,4 toneladas equivalentes de petróleo (tep).

Apesar da redução do consumo de energia no âmbito geral, houve setores que tiveram crescimento em seu consumo. Um deles foi o setor agropecuário, no qual o PIB cresceu 1,8% em 2015, fazendo com que seu consumo também crescesse. Outros dois foram o setor energético, muito influenciado pelo aumento na produção de etanol e, por fim, as residências, devido ao crescimento populacional. Os outros setores (serviços, transportes, indústrias e uso não energético) tiveram queda no consumo, estando intimamente ligado ao decréscimo do PIB.

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