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Operador Logístico

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Por:   •  31/10/2014  •  2.054 Palavras (9 Páginas)  •  292 Visualizações

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A Importância dos operadores logísticos

Logística ganha terreno

O tempo da logística chegou. Na gestão, na distribuição, na produção, em todo o lado a logística ganha peso e promove resultados essenciais às empresas. Em Portugal, o avanço é surpreendente, dados os condicionalismos do país, a falta de interesse das autoridades e a fraca imagem do sector junto dos clientes. Estudos demonstram que a maturidade deste mercado está aí e não vai haver espaço para todos no futuro.

Num ambiente de competitividade salutar mas impiedosa, os clientes surgem como os ‘drivers’ de um mercado que está a amadurecer a olhos vistos. Contudo, são cada vez menos as empresas que dependem apenas de uma ou duas contas, um risco demasiado grande para sustentar a continuidade do negócio e o planeamento a médio prazo.

Por que é que um operador logístico é importante? Porque é ele que define uma parte fundamental do negócio do cliente. Ainda para mais numa altura de constrangimento económico, em que as sinergias e poupanças marcam a diferença. Nos mercados amadurecidos, a gestão de clientes é um factor chave para o sucesso das empresas e as boas apostas a esse nível são o garante do sucesso futuro.

No estudo “Benchmarking nas empresas fornecedoras de serviços logísticos”, elaborado pelo Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, INEGI, os analistas revelam que, em Portugal e no resto da Europa, «as indústrias estão a aperceber-se da necessidade e das vantagens de externalizar a gestão de todo o processo logístico com uma única entidade, para uma maior visibilidade e optimização da cadeia de abastecimento, criando oportunidades para empresas como os 4PL, Fourth Party Logistics Provider ou Leading Logistics Provider». E porquê, precisamente porque as condições do mercado, ao nível da procura, estão a assumir uma volatilidade tal que se torna impraticável gerir grandes stocks nos momentos de baixa ou pequenos stocks quando, subitamente, se dá um aumento do consumo. Neste cenário, «o recurso a operadores logísticos permite evitar o subaproveitamento de activos, proveniente do desnivelamento entre as capacidades instaladas e os fluxos gerados pela procura».

Um outro estudo, intitulado “Operadores Logísticos”, da responsabilidade da Associação Portuguesa de Logística, APLOG, demonstra como os operadores logísticos portugueses estão a crescer. Numa população de 42 empresas que responderam ao inquérito da associação, 89% contam com armazenagem, transporte e serviços de valor acrescentado. «Quanto às empresas padrão, apenas 20% não têm serviços de valor acrescentado», pode ler-se. Ou seja, apenas 11% dos operadores não oferecem os três tipos de serviço, o que indica uma clara vontade de complementaridade no negócio na grande maioria das empresas do sector.

Transformação no sector

O mercado logístico, em Portugal, tem vindo a sofrer uma forte transformação na última década. Empresas que olhavam a logística como uma área subalterna, muitas vezes incluída no departamento de distribuição, ou como uma equipa colocada num armazém que a própria estrutura de gestão não conhecia muito bem, estão agora apostadas numa direcção logística global, que assume a gestão de várias áreas, desde o armazenamento à distribuição, passando pelo ‘supply chain management’. «O conceito de logística começa a ser bem aceite pela realidade empresarial portuguesa, uma vez que se conseguem estabelecer direcções de logística independentes e em igualdade com as demais áreas funcionais, como o marketing, a produção, os recursos humanos, os sistemas de informação, etc.», referem os analistas do INEGI. Contudo, os mesmos especialistas adiantam que, quando se compara o «desempenho do tecido empresarial português com o dos restantes países pertencentes à União Europeia, este apresenta ainda custos logísticos mais elevados, prazos de entrega de encomendas superiores, assim como indicadores de serviços mais baixos, o que é comprovado pelos mais recentes trabalhos publicados, (“A Logística em Portugal no virar do século” e o estudo LogNorte)».

No mesmo documento, a análise das empresas nacionais revela que «o estado de maturidade ainda está abaixo das suas congéneres europeias». O que reflecte um grande potencial de crescimento para as companhias especializadas, porque actualmente, para uma empresa cujo departamento logístico seja quase inexistente ou pouco desenvolvido face às necessidades do mercado, a solução não será desenvolver uma estrutura própria, pois além de arriscado, esse investimento será sempre pouco flexível. Por isso, os estudos referem que o outsourcing de serviços logísticos tem vindo a crescer e os parceiros da produção, fabricação ou distribuição estão a reconhecer de forma crescente o papel que os 3PL e os 4PL têm na optimização de operações.

Investir para ganhar

A operacionalidade das infra-estruturas tem sido um reflexo da evolução da Logística no país. Segundo o estudo da APLOG, «22% das empresas detêm armazéns dos três tipos possíveis de temperatura: ambiente, frio positivo e frio negativo».

O mesmo relatório refere que «apenas 18% efectuam, simultaneamente, controlo de stocks, etiquetagem e embalamento», um indicador claro de que o espaço para crescer é grande e a diversificação de serviços ainda está a dar os primeiros passos entre nós.

Do total de operadores que oferece serviços de valor acrescentado, «97% das empresas fazem reetiquetagem, reembalamento e reacondicionamento, com 33% das empresas a fazerem ainda actividades promocionais, manipulação e montagem de componentes».

Quanto ao transporte, «60% das empresas usam exclusivamente transporte rodoviário e apenas 10% usam o transporte ferroviário combinado com outros meios» adianta o estudo, que indica ainda que «somente 5% fazem uso de todos os meios de transporte nas suas operações».

Os dados recolhidos revelam que cerca de 68% dos veículos da frota usada nestas operações são subcontratados, com 32% a serem veículos das próprias empresas.

Noutra área que é hoje o centro das atenções do poder político e das estratégias de crescimento para os vários ramos de actividade, a formação, a sua contribuição para o aumento da produtividade é e será um trunfo que os operadores logísticos têm que jogar. «Não existem diferenças significativas quanto à percentagem de facturação investida, entre formação externa e interna» no grupo de empresas que a APLOG seleccionou. 76% das companhias inquiridas «têm um investimento em formação entre 1% e 5% da facturação. Apenas 5% investem entre

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