TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

PLACAS CIMENTICIAS EM ESTRUTURA STILL FRAMING

Por:   •  23/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.528 Palavras (19 Páginas)  •  256 Visualizações

Página 1 de 19

CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE

FACULDADE CENECISTA DE RIO DAS OSTRAS

ENGENHARIA CIVIL/MECÂNICA

[pic 1]

IMPACTO DA GERAÇÃO DE ENERGIA EOLICA DO PARQUE GARGAÚ

Márcio Fabrício Machado Câmara
Edwin dos Santos Pinheiro
Antônia Marta de Abreu

Mateus Bezerra Audizio
Thiago Cordeiro Rodrigues
Hélio Fernando Silva

Jonathan Barreira Santos

IMPACTO DA GERAÇÃO EOLICA DO PARQUE GARGAÚ

Projeto Integrador apresentado à Faculdade Cenecista de Rio das Ostras como requisito para as disciplinas: Desenho Geométrico, Introdução à Engenharia, Matemática Básica e Meio Ambiente.

Orientador: Profª. Zulmira Alice Soares Guimarães

RESUMO

As fontes de energia renováveis apresentam-se como solução para atender a carência de energia elétrica frente ao desenvolvimento e consumo mundial. A preocupação para as futuras gerações são fontes de energia limpa e renovável, uma das alternativas é a energia eólica. Neste contexto esse trabalho demostrou o potencial de geração de energia eólica e analisou os gerados após a implantação do Parque Eólico de Gargaú localizado em São Francisco de Itabapoana- Rio de Janeiro. Na localidade e entornos observou-se que a população local se beneficiou de maneira direta através do turismo na região, empregos e melhoria ambiental. Houve benefícios econômicos, sociais e ambientais.

ABSTRACT

Renewable energy sources are presented as a solution to meet the shortage of electricity in the face of global development and consumption. Concern for future generations are sources of clean and renewable energy, one of the alternatives is wind power. In this context, this work demonstrated the potential of wind power generation and analyzed those generated after the implementation of the Gargaú Wind Farm located in São Francisco de Itabapoana, Rio de Janeiro. In the locality and environments it was observed that the local population benefited directly through tourism in the region, jobs and environmental improvement. There were economic, social and environmental benefits.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

  1. OBJETIVOS
  2. JUSTIFICATIVA
  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  1. ENERGIA EOLICA
  2. O VENTO
  3. TURBINAS EOLICAS
  4. POTENCIAL EOLICO NO BRASIL

3 METODOLOGIA

4 ESTUDO DE CASO

4.1 PARQUE EÓLICO GARGAÚ

4.2 ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS E A COLETA DE DADOS

4.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5 CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

APÊNDICE 1

INTRODUÇÃO

A energia eólica é uma fonte de energia renovável, que está se desenvolvendo de forma intensiva em várias regiões do mundo desde do início da década de 1980. Esse desenvolvimento foi incentivado por uma política energética voltada para energia renovável, intensas pesquisas e novas tecnologias. Em duas décadas a energia eólica passou para a categoria de fonte de energia alternativa para a de indústria de ponta, sem subsídios e com fabricantes de aerogeradores que produzem energia com custos competitivos. (ALDABÓ 2012)

O combustível do sistema de energia eólica é o vento, movimento do ar na atmosfera terrestre. O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento de agua e moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de 200 a.C. mesmo com baixa eficiência pelas suas características os cata-ventos primitivos apresentavam vantagens importantes para o desenvolvimento das necessidades básicas. (ALDABÓ 2002)

Uma das grandes vantagens da geração de eletricidade por meio dos ventos, no Brasil, é que ela pode servir como fonte complementar á modalidade hidrelétrica. Isso se evidencia principalmente no Nordeste, onde, durante os períodos de seca do segundo semestre, os ventos são mais favoráveis.

O custo de geração de energia eólica caiu de forma acentuada ao longo dos últimos anos. Entre 1990 e 2002, a capacidade de energia eólica mundial duplicou de três anos em três anos, e a cada duplicação os custos reduziram em 15% A energia eólica é competitiva com o novo carvão e a nova capacidade nuclear, mesmo antes de quaisquer custos ambientais de combustíveis fosseis e geração nuclear serem tidos em conta. No entanto, os custos envolvidos nas máquinas de grande porte, para as quais se tem uma maior confiabilidade de dados, ainda são superiores da geração hidrelétrica por exemplo. A escala de produção verificada com o crescimento em taxas elevadas da capacidade instalada tem possibilitado uma contínua redução de custos. (ALDABÓ 2002)

        

  1. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo demonstrar o potencial de geração de energia eólica no   município de São Francisco do Itabapoana e os possíveis benefícios econômicos, sociais e ambientais desse Parque eólico para o município.

1.2 JUSTIFICATIVA 

O primeiro relato de utilização de energia elétrica no Brasil foi em 1879, através de transporte e iluminação públicos (BNDES, 2002). A partir disso, aos poucos outros locais foram aderindo à sua utilização, porém em pequena escala. O consumo de energia no Brasil só se tornou significativo após a Segunda Guerra Mundial pois houve uma rápida industrialização e urbanização do país devido a sua aliança com os Estados Unidos (GUERRA et al., 2014).

O uso da energia eólica apresenta muitas vantagens comparada aos combustíveis fosseis por não envolver emissões atmosféricas, diante disso em 2002 foi lançado o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA 2002). O Proinfa forneceu aos empreendedores financiamento em condições especiais, foi através deste programa foi instalado no município São Francisco do Itabapoana no estado do Rio de Janeiro o Parque Eólico de Gargaú, porém esta tecnologia pode alterar o meio ambiente e a sociedade local, neste trabalho é importante avaliar os impactos ambientais econômicos e sociais causados no município após a implantação do Parque Eólico.


  1.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. ENERGIA EOLICA

           A crescente preocupação com a demanda energética, aliada ao crescente interesse para com o desenvolvimento sustentável, vêm proporcionando avanços de pesquisas em tecnologias com fontes renováveis no setor energético. Assim, tecnologias cada vez mais baratas e eficazes, capazes de suprir a demanda deste setor além de proporcionar um contínuo desenvolvimento de uma nação, têm aberto cada vez mais espaço a utilização de fontes energéticas limpas, que reduzem as causas do efeito estufa, como a energia eólica.            A energia eólica se dá pelo movimento das massas de ar, que ao incidirem em uma turbina eólica, ou aerogerador, provocam seu movimento de rotação, o que permite que um gerador elétrico conectado a extremidade desta turbina opere e gere eletricidade. A energia eólica contribui para redução das emissões dos gases de efeito estufa, devido à substituição de combustíveis fósseis utilizados para geração de energia (CERESB, 2012).  

        Embora a velocidade do vento varie regionalmente, todos os continentes possuem áreas com potencial para geração e, devido a esta distribuição, o mercado de  energia  eólica  tem  se  expandido  rapidamente  (OLIVEIRA, 2011). Os parques eólicos em todo o mundo chegam a um número de 13.227 parques, em 97 países, totalizando uma potência instalada de 262.6 GW contando com cerca de 887 geradores em operação (PIERROT, 2013).          

          O regime dos ventos é natureza estocástica, a energia elétrica gerada por usinas eólicas não é contínua. Uma vez que, não se tem controle sobre a fonte primária de energia, ou seja, se tem variações na potência elétrica gerada, que causa variações na tensão em pontos do sistema eletricamente próximos a usina, da mesma forma que as alterações de carga elétrica do sistema devido ao aumento e redução do consumo de energia elétrica ao longo de um período (OLIVEIRA, 2011).  

           Para o desenvolvimento de qualquer projeto de fonte energética, necessita-se conhecer qual a potencialidade de geração da fonte a ser explorada na localidade de sua implantação, assim são realizados estudos detalhados do vento da região.

2.2 O VENTO

O vento é uma massa de ar em movimento, e essa movimentação é gerada devido a dois principais motivos: O aquecimento diferenciado das camadas de ar pelo Sol (geração de diferentes densidades e gradientes de pressão) e através dos movimentos da Terra (REIS, 2011).

De maneira mais detalhada, sabe-se que o ar é um conjunto de gases, e por isso, está sujeito à todas as características físicas desses fluidos. Sendo assim, o ar quente se expande mais que o frio, tornando-se menos denso e tendendo a subir e sendo substituído pelo ar frio que é mais denso. Desta maneira, como o Sol transfere maior energia para aquelas regiões em que seus raios solares são perpendiculares ou próximos a esse ângulo, sabe-se que no trópico do Equador (local cujo ângulo de ataque solar é 90◦), a temperatura é bem maior que nos polos. Portanto, o vento é principalmente gerado pelo maior aquecimento da superfície da Terra perto do Equador do que perto dos polos. Isto faz com que os ventos das superfícies frias circulem dos polos para o Equador para substituir o ar quente que sobe nos trópicos e se move pela atmosfera superior até os polos, fechando o ciclo. Conforme a Figura 1 (CRESESB, 2014).

Figura 1 -Formação dos ventos devido ao deslocamento das massas de ar.

[pic 2]

Fonte: (CRESESB, 2014)

   

 

Além do seu comportamento ser regido pelas suas formas de geração, o vento também é influenciado por outros aspectos naturais, tais como: Latitude, altitude, características topográficas e rugosidade do solo (CAMPOS, 2004).

     O levantamento do comportamento dos ventos, como direção e intensidade, normalmente é realizado através de anemômetros instalados a 10m do solo, sensores de direção e do tratamento estatístico adequado dos dados. Esses resultados são normalmente representados em mapas cartográficos, com isolinhas de velocidade média, isolinhas de calmaria, isolinhas de velocidade máxima e isolinhas de fluxo de potência média ou potência média bruta (w/m2) (REIS, 2011).

Quando o vento é proveniente do mar em direção à terra, a fricção contra o solo do litoral retarda o movimento da camada de ar próxima ao solo. O ar inicia, então, a girar. Esta turbulência movimenta o ar para cima à medida que penetra em terra. A consequência é a diminuição progressiva da velocidade do vento proporcionalmente à distância percorrida em terra. (ALDABÓ 2012)

2.3 TURBINAS EOLICAS

A turbina eólica produz em seis meses, energia elétrica limpa o suficiente para compensar todas as emissões de gases geradas durante sua fabricação e instalação. (ALDABÓ 2012) E produzirá durante 20 a 25 anos. Em caso de desativação. A área pode ser restaurada a baixo custos financeiros e ambientais. (ALDABÓ 2012)

As turbinas eólicas modernas podem ser classificadas quanto à orientação do rotor em relação ao solo (verticais ou horizontais). Os rotores de eixo horizontal do tipo hélice com três pás são os mais utilizados para o caso de geração de energia elétrica, pois possuem eficiências superiores aos demais modelos (REIS, 2011).

Abaixo estão descritos de uma forma resumida, todos os componentes básicos de uma turbina de eixo horizontal.

• Pás do Rotor - Responsáveis por captar a potência do vento e a transmitir para o eixo do rotor. Sabe-se que a velocidade angular do rotor é inversamente proporcional ao raio das pás (Uma fórmula prática para a avaliação da rotação nominal de operação de uma turbina é: rpm = 1150/D), sendo assim, a tendência é que sejam fabricadas pás com raios cada vez maiores. Os rotores no mercado atual variam entre 40 e 80m (CEPEL, 2001);

• Anemômetro - Mede a velocidade e a intensidade do vento. A medição normalmente é realizada a cada dez minutos, e esses dados são utilizados para controle (REIS, 2011);

 • Biruta - É um sensor de direção, também utilizada para ns de controle (RUNCOS et al., 2010);

• Rotor - Compreende basicamente as pás - três por aerogerador (tipo comercial de grande porte mais comum) e o cubo onde são fixadas (RUNCOS et al., 2010);

 • Nacele - É a carcaça montada sobre a torre, onde se situam o gerador, a caixa de engrenagens (quando utilizada), todo o sistema de controle, medição do vento e motores para rotação do sistema para o melhor posicionamento em relação ao vento (CRESESB, 2014);

• Caixa de multiplicação - Responsável pelo aumento da velocidade de rotação do eixo de baixa velocidade. Esse dispositivo é necessário pois o rotor, gira a uma velocidade muito baixa (na faixa de 20 a 150 rpm), e os geradores (principalmente os geradores síncronos) trabalham em rotações muito mais elevadas (em geral, entre 1200 a 1800 rpm) (CRESESB, 2014);

 • Gerador - Realiza a conversão da energia mecânica em energia elétrica. O tipo de gerador utilizado varia de acordo com a aplicação, no caso da geração eólica, encontram-se algumas dificuldades devido a alta variabilidade do torque de entrada e a necessidade de manter a frequência e a tensão constantes além das dificuldades de instalação, operação e manutenção devido ao isolamento geográfico de tais sistemas. Porém, atualmente existem alternativas de conjuntos moto geradores, cada um com vantagens e desvantagens que devem ser analisadas de acordo com a situação. Alguns deles são: geradores de corrente contínua, geradores síncronos e geradores de comutador e corrente alternada (CRESESB, 2014);

• Mecanismo de Controle - Responsável pela orientação do rotor, controle de velocidade, controle de carga, etc. Pela diversa gama de aplicação, os mecanismos de controle podem ser mecânicos (velocidade, passo, freio), aerodinâmico (posicionamento do rotor) ou eletrônico (controle de carga)(CRESESB, 2014);

• Freios - É utilizado como uma forma mecânica de reduzir a rotação das pás. O sistema de freios trabalha em sincronia com os mecanismos de controle eletrônico, sendo acionado quando a velocidade de rotação das pás atinge níveis potencialmente perigosos à estrutura (RUNCOS et al., 2010);

 • Torre - É a estrutura projetada para sustentar a turbina com todos os seus componentes. As torres podem ser de concreto, metálicas (de aço) ou híbridas (com uma parte de concreto e outra de aço), e podem ser de três tipos: treliçadas, tubulares estaiadas e tubulares livres (RUNCOS et al., 2010)

2.4 POTENCIAL EOLICO NO BRASIL 

         Apesar do Brasil ter a maioria da sua geração de energia baseada em energia renovável, as mudanças incorporadas pelo novo modelo, não havia tornado a indústria nacional mais competitiva (GUERRA et al., 2014). Grande parte do investimento brasileiro vinha sendo focado na geração de energia hidrelétrica, sendo esse tipo de geração responsável por aproximadamente 70% da energia fornecida (EPE, 2015). O que torna matriz energética nacional limitada e os custos de geração altamente dependentes de fatores climáticos. Em épocas de seca, como as vivenciadas nos anos de 2013 e 2014, para compensar a baixa produção das hidrelétricas, as usinas termelétricas e nucleares foram acionadas, elevando os custos de geração além de aumentar as taxas de poluição do país.

         No Brasil que hoje tem a maior parte de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis, cerca 70% das hidrelétricas, 4% por biomassa e 0,2 por ventos, conforme a pode-se perguntar que vantagens os investimentos em energia eólica poderiam trazer. A potencialidade dos rios do país é uma das maiores do planeta e tem sido a preferida historicamente para a geração de eletricidade. Também, devido ao desenvolvimento do etanol, o bagaço de cana é uma fonte importante para a produção de energia por meio de biomassa. Aneel (2005)

              Umas das grandes vantagens de geração de eletricidade por meio de ventos no Brasil, é que ela pode servir como fonte complementar à modalidade hidrelétrica. Isso se evidencia principalmente no Nordeste, onde, durante os períodos de seca do segundo semestre, os ventos são mais favoráveis à produção de energia eólica, ao contrário dos primeiros meses do ano, quando as chuvas mais frequentes podem manter os reservatórios das hidrelétricas em níveis adequados ao seu funcionamento. Os sistemas eólicos atuais produzem energia elétrica de 70 a 85% do tempo, mas geram produções diferentes dependendo da velocidade do vento. Ao longo do ano vão alcançar aproximadamente 30% da produção máxima teórica. Isto é conhecido como fator de carga. O fator de carga de centrais de energia convencionais atinge uma média de 50%. (CRESESB,2012)

A figura mostra velocidade anual dos ventos por região do Brasil.

[pic 3]

Figura 2– Atlas Eólico Brasileiro. Fonte: (CRESESB, 2012).

3 METODOLOGIA

Este trabalho utilizou como metodologia pesquisa bibliográfica e um estudo de caso no Parque Eólico do município de São Francisco do Itabapoana.

O Estudo de Caso na definição de Coutinho e Chaves (2002), consiste na abordagem de estudo que visa identificação das características em situações especificas. Tendo como objetivo identificar a realidade de um contexto específico, o método se mostra pertinente para a investigação restrita ao funcionamento de um parque eólico em particular. Yin (2001) diz que Estudo de Caso consiste de uma verificação empírica, de fenômeno contemporâneo e no contexto em que ocorre.

 Para elaborar aos requisitos de um Estudo de Caso, foi realizada a entrevista, análise documental e observação. A entrevista é a mais importante das técnicas de coleta de dados, a linguagem verbal desempenha um importante papel na representação, pois proporciona respostas personalizadas aos questionamentos, o que é de importância quando os respondentes estão envolvidos requer atenção especial em dois aspectos, primeiro de fazer as perguntas adequadas e, depois, saber ouvir ao respondente.

4. ESTUDO DE CASO

4.1. PARQUE EÓLICO DE GARGAÚ

O Parque Eólico de Gargaú  esta localizado na Fazenda Muritiba que foi arrendada pela Omega Energia, uma empresa privada responsavel pela operação do parque, antes da construção do parque, ao longo de cinco anos foi preciso realizar estudos tecnicos na região, com o detalhado do vento . O fato de ser uma planicie , poucas construções nas redondezas e o fato da energia eólica causar impactos ambientais de pequeno porte, fizeram com que São Francisco de Itabapoana fosse a escolha para a implantação do parque.

O parque conta com 17 aerogeradores de 80 metros de comprimento, Cada pá tem 30 metros de extensão. São três pás para cada torre. As abas são montadas no chão e içadas por guindastes. Para cada torre há uma subestação unitária, em seu pé, a  rotação das abas é de 14 RPM, o que equivale a uma velocidade máxima de 160 km/h. É a primeira e maior central geradora de energia eólica da RegiãoSudeste. Foram dois anos de construção do parque, durante a construção foram gerados cerca de 300 empregos usando mão de obra local.

 

Figura 3. Turbinas eólicas do Parque Gargaú

[pic 4]

                                   (Fonte: autora)

As pás dos aerogeradores são construídas com fibras de vidro e carbono e chegaram de navio da Dinamarca e a partir do porto do Rio de Janeiro o transporte foi de caminhão.

Figura 4. Transporte das turbinas do porto do Rio de Janeiro para São Francisco do Itabapoana

[pic 5]

                    Fonte: (autora)

 O parque ocupa uma área de 500 hectares, porém, apenas 1,7 de toda a área é usada. A construção do Parque Eólico custou aproximadamente 140 milhões de reais e  recebeu o apoio do PROINFA- Programa de Incentivo as Redes Alternativas de Energia Eletrica- do governo federal que financiou os custos por meio do BNDES  e garantiu a compra de energia a longo prazo.

4.2. ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS E A COLETA DE DADOS

Foram entrevistados a supervisora e o técnico responsável pela gestão do Parque Eólico de Gargaú.

A entrevista durou aproximadamente uma hora. Quanto ao critério observação, além da entrevista ser realizada nos ambientes de interesse do estudo, visitas foram feitas aos locais pertinentes para observação


4.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Preservando a identidade do entrevistado, a proposta foi o questionamento sobre os preceitos relacionados com a adoção da energia eólica, como fonte de energia limpa. O técnico salienta a potencialidade do uso dos ventos como forma de energia sustentável, e favorável em questões ambientais, além de destacar a funcionalidade e viabilidade dos aerogeradores.

Quanto à importância da energia elétrica, destaca que é importante que a demanda seja suprida, mas que deve existir a preocupação ambiental.

O técnico novamente complementa citando algumas das vantagens do sistema eólico, como, baixos impactos nos ecossistemas e a não emissão de gases poluentes. O fato de ser inesgotável é um diferencial do sistema eólico perante combustíveis fósseis. Na perspectiva socioambiental dos projetos, o técnico menciona que ouso dos ventos favorece em questões como preservação dos ambientes naturais, além de pouco impacto nas comunidades em termos desfavoráveis.

Como destacado pela ANEEL (2005), os aspectos que constam como negativos na energia eólica são de caráter sonoro e visual. Mencionou o representante que, houve desconfiança da população com relação ao projeto, principalmente de como ficaria a paisagem. As turbinas, hoje, para a supervisora, já foram incorporadas ao ambiente como uma iniciativa positiva e inovadora. Como contraponto, o respondente técnico nem todos os moradores são favoráveis ao parque. No entanto, em termos de benefícios, fica claro que esses moradores insatisfeitos não representam uma ameaça ao parque já operante há mais de cinco anos. Frisa também a supervisora que a incidência do choque de aves nas turbinas é muito baixa, quanto ao efeito visual, a questão estética a população no geral é favorável sendo até ponto turístico. Na análise dos impactos ao ecossistema, e também nas atividades sociais/econômicas, o respondente entende que não houve prejuízo, pelo fato de que a área era desabitada, como não havia mata nativa na região não houve impactos diretos no ecossistema.

 Mencionou que há projeto de ampliação. Quanto aos equipamentos, corrobora que o tempo de vida útil dos mesmos é de 20 anos, porém depende do adequado planejamento e execução de manutenções.

 Sobre os benefícios socioeconômicos gerados pelo projeto do Parque Eólico de Gargaú, o técnico menciona os benefícios do aumento nos níveis de emprego local e renda na região, o desenvolvimento do turismo graças ao parque, além das benfeitorias de compensação ambiental, como a demarcação do manguezal, além do aumento na arrecadação de impostos para o município, contribuindo para o desenvolvimento local, e principalmente por estar gerando energia limpa e de fonte sustentável. São produzidos 28 megawatts de energia elétrica, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes. Toda esta produção segue para uma central e depois é distribuída por todo o Brasil.

5 CONCLUSÃO

 Com base na entrevista, análise em documento e observação, a principal consideração do parque eólico é que seus benefícios são representativos, tornando pontos negativos em pequenos detalhes comparando com um todo. Pontos rotulados como negativos como poluição visual, ao mesmo tempo representa para muitos outros, uma possibilidade turística além da cidade ser referência no cenário de geração de energia limpa e renovável, e o fato das melhorias que a cidade recebeu com a devidas medidas compensatórias como a demarcação do manguezal, uma das maiores do estado do Rio de Janeiro, da qual foi exigência da condicionante da Licença de Instalação expedida pelo INEA, além do aumento da arrecadação de impostos e geração de empregos usando a mão de obra local.

Em termos ambientais, os danos são mínimos, mas, na questão social, é identificada a falta de qualificação da gestão pública com relação aos benefícios indefinidos, como o formato de venda e distribuição de energia e na venda dos créditos de carbono. Uma vez resolvido os problemas de gestão, os benefícios serão ainda maiores

REFERÊNCIAS

ALBADÓ, R. 2002. Energia eólica. São Paulo: Artliber, 156p.

ALBADÓ, R. 2012.Energia eólica. São Paulo Artliber, 55p.

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. 2005. Atlas de energia elétrica do

Brasil. Brasília: ANEEL, 236p.

ANEEL. Sistema de informações georreferenciadas do setor elétrico - sigel. 2015. Disponível em: .

BNDES. BNDES divulga novas condições de financiamento a energia elétrica. 2016.. Disponível em: .

 COUTINHO, C. P.; CHAVES, J. H. 2002. O estudo de caso na investigação em tecnologia educativa em Portugal. Revista Portuguesa de Educação, 15(1):221-243.

OLIVEIRA, Luciana D. S. D. Regras e boas Práticas para instalação de Torres anemométricas voltadas para estudo de Potencial Eólico. Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. Rio de Janeiro. 2011

PIERROT, Michaël. The Wind Power, 2013. Disponível em: . Acesso em: 16 de Janeiro 2013.

GUERRA, J. B. S. O. A. et al. Future scenarios and trends in energy generation in brazil: supply and demand and mitigation forecasts. Journal of Cleaner Production, Elsevier Ltd, p. Disponível em: .

CRESESB. Mecanismo de Geração dos Ventos. 2014. Disponível em: .

REIS, L. B. dos. Geração de Energia Elétrica. [S.l.]: Manole Ltda, 2011.
RUNCOS, F. et al.
Geração de Energia Eólica - Tecnologias Atuais e Futuras. 2010. Acessado: 28-01-2016. Disponível em: .

CEPEL. Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. 1. ed. Brasília, DF, 2001. 44 p. Disponível em: .

APÊNDICE 1

Nesta entrevista as perguntas foram direcionadas a supervisora e ao técnico responsável, os quais tiveram os nomes preservados por políticas internas da empresa OMEGA ENERGIA.

  1. Porque São Francisco do Itabapoana foi escolhido para instalação do Parque Eólico?

 Após cinco anos de estudos, por ser uma planicie , poucas construções nas redondezas e pelo fato da energia eólica causar impactos ambientais de pequeno porte.

  1. A propriedade em que o parque esta instalado pertence a quem? Qual a dimensão da área que o parque esta instalado?

A Omega Energia arrendou as terras da Fazenda Muritiba, onde antes era usada para pastagem de gado. O parque ocupa uma área de 500 hectares, porém, apenas 1,7 de toda a área é usada.

  1. Quantos aeradores estão instalados? E de onde vieram as turbinas e seu transporte?

17 geradores, chegaram de navio da Dinamarca e a partir do porto do Rio de Janeiro o transporte foi de caminhão.

  1. Como é a montagem das turbinas ?

São três pás para cada torre. As abas são montadas no chão e içadas por guindastes. Para cada torre há uma subestação unitária, em seu pé. a  rotação das abas é de 14 RPM, o que equivale a uma velocidade máxima de 160 km/h.

  1. Quanto tempo durou a implantação do parque eólico?

Implantação durou cerca de 02 anos.

  1. Durante a implantação quantos empregos foram gerados para a população local?

Cerca de 300 empregos usando mão de obra local.

  1. A empresa planeja ampliar o parque eólico?

Sim, ainda estamos analisando a quantidade de turbinas.

  1. Quanto foi o custo total para implantação do parque eólico? construção do Parque Eólico custou aproximadamente 140 milhões de reais e  recebeu o apoio do PROINFA- Programa de Incentivo as Redes Alternativas de Energia Eletrica- do governo federal que financiou os custos por meio do BNDES .
  2. Houve licenciamento ambiental?

O licenciamento ambiental foi realizado pelo INEA, como condionante da licença de instalação, tivemos que realizar uma demarcação do manguezal, sendo uma das maoires do estado do Rio de Janeiro.

  1. Há incidencia de aves que se chocam nas turbinas?

Raramente aves se chocam nas turbinas.

  1. Os ruidos incomodam a população local?

Os ruidos  não incomodam, não houve reclamação.

  1. Quantos megawatts de energia são gerados?

São produzidos 28 megawatts de energia elétrica, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes. Toda esta produção segue para uma central e depois é distribuída por todo o Brasil.

  1. Quais os benecios sociais e economicos que a instalação do Parque Eólico trouxe para a população de São Francisco do Itabapoana?

Social foi o uso da mão de obra local gerando 300 empregos, econômicos foi o aumento da arrecadação de impostos para o município.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (29.5 Kb)   pdf (444.6 Kb)   docx (304.1 Kb)  
Continuar por mais 18 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com