Proteção UV

A luz solar é composta por um espectro contínuo de radiação eletromagnética que apresenta divisões de acordo com o intervalo de comprimento de onda (λ): radiação ultravioleta (UV) (100-400nm), visível (400-780nm) e infravermelho (> 780 nm). Uma vez que a camada de ozono estratosférico protege a maior parte da radiação ultravioleta do sol, apenas os raios UV com comprimentos de onda relativamente longos, ou seja, UVB (290-320 nm) e UVA (320-400 nm), atingem a superfície da Terra. A radiação UV tem uma energia suficientemente elevada para causar danos às substâncias orgânicas e inorgânicas, como têxteis, plásticos e tintas, nas formas de descoloração, escamação e redução das propriedades mecânicas. Portanto, o desenvolvimento de materiais de proteção UV eficazes é de grande importância para a nossa saúde, sociedade e meio ambiente.

Materiais fotoprotetores são compostos por vários filtros UV, incluindo filtros inorgânicos e orgânicos, sendo os inorgânicos bloqueadores físicos e os orgânicos absorvedores químicos. A eficácia destes pode ser determinada pela obtenção do fator de proteção ultravioleta (FPU).

Vários cosméticos têm-se desenvolvido com o objetivo de proteger a pele, pois esta está constantemente a ser atacada pela radiação UV. Dentro dos cosméticos os mais importantes são os protetores solares, estes usam principalmente os filtros inorgânicos pois são praticamente inertes e quando reduzidos à escala nanométrica oferecem vantagens a nível estético.

Os têxteis têm sido utilizados em aplicações de proteção ao longo dos séculos, devido às suas características únicas, como a flexibilidade, boa resistência mecânica, sensação suave e assim por diante, mas a proteção UV fornecida pelos tecidos não tratados é geralmente insuficiente para proteger a pele. Assim, a fim de proteger os próprios tecidos e os materiais sob os têxteis, é necessário fornecer um tratamento anti-UV, criando têxteis funcionalizados por meio de tecnologias de revestimento de superfície nanoestruturado.