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Redução de velocidade nas marginais

Por:   •  24/10/2018  •  Resenha  •  4.280 Palavras (18 Páginas)  •  137 Visualizações

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Nomes: Caio Araujo                                                                     RA: 20377674

              Caio Henrique                                                                         20377040

              Emerson                                                                                  20655345

              Letícia Bento                                                                           20587252

              Rafael Dalcim                                                                          20606017

Redução de velocidades nas marginais: necessidade operacional x segurança viária x a importância do automóvel na nossa sociedade.

A importância do automóvel na sociedade

O automóvel tornou-se a ferramenta mais importante para o homem, que necessita diariamente de ir e vir, assim transformou-se em um objeto que gerou uma transformação cultural, social, econômica e até mesmo política. Nos dias atuais é impossível se imaginar sem os carros, ônibus e etc. Todos nos dependemos de algum tipo de automóvel no nosso dia a dia, direta ou indiretamente, isso é decorrente do incentivo que a industrial automobilística teve desde meados dos anos 50. Em 1956 o presidente na época Juscelino Kubitschek criou o grupo executivo da indústria automobilística. Com isso o Brasil passou a receber diversas montadoras nas décadas de 60 e 70 assim os preços dos automóveis passaram a ser mais acessíveis para a população o que gerou um crescimento da frota de veículos a cada ano que se passava. Em seguida, já com o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi lançado um programa que garantia incentivos fiscais para as montadoras no Brasil, com o intuito de gerar empregos no pais devido a instalação das montadoras necessitarem de mão de obra local, porém, não houve um planejamento levando em conta o crescimento da frota de veículos. Portanto com a opção feita pelo governo brasileiro, nos dias atuais temos mais carros nas ruas com isso a velocidade (mobilidade) diminui e assim leva-se mais tempo para se deslocar de um lugar ao outro. Poderia ter sido diferente, se o governo optasse pelo investimento em transportes públicos de qualidade como os ônibus, trens, metros e etc, teríamos maior velocidade de deslocamento tendo em vista que os transportes públicos não são individuais sendo assim a capacidade de passageiros é maior que de um veiculo.

Com o excesso de veículos nas ruas começaram a surgir outros diversos problemas, entre eles: congestionamentos, acidentes, mortes, e etc. As vias dos centros empresariais passaram a não suprir mais a demanda de veículos. Ainda sofremos com esses problemas que são reflexos de opções tomadas pelo governo de muitos anos atrás.

Necessidade operacional

O maior desafio após tantos incentivos para a industria automobilística era de como operar a demanda de veículos circulando nas ruas. Como por exemplo as marginais Tiete e Pinheiros. Com diversos problemas, projetos e criticas as marginais Pinheiros e Tiete hoje são completamente indispensáveis para os paulistanos que dependem de carros. Podemos citar diversos problemas em sua operação e suas causas, como por exemplo: Alagamentos – invadimos o espaço dos rios; Congestionamentos: não há investimentos em meios de transportes mais eficientes; Acidentes – excesso de velocidade, falta de programas educativos, fiscalização e etc.

A historia das marginais começou quando nos anos vinte o sanitarista Francisco Saturnino de Brito projetou e apresentou ao prefeito da época José Pires do Rio um projeto de retificação e mudança de percurso do rio Tietê. Seria o primeiro passo para a construção de vias laterais ao rio, na época não se acreditava que o projeto seria eficaz devido a complexidade do projeto para época em questão, que previa uma espécie de piscinão nas margens para evitar as enchentes e a construção de avenidas marginais..

Foi publicado o relatório do engenheiro e comentado na edição do Estado de 1926, "Os projetos de arruamento e parques serão feitos pela seção de urbanismo da diretoria de Obras da Prefeitura. A comissão indica o traçado de algumas vias de acesso às pontes e para canalização das águas pluviais". Porem o projeto só voltou a ser estudado com maior seriedade no ano de 1929, quando grandes enchentes vieram acontecer com as fortes chuvas de Fevereiro.

A construção da marginal tietê, começou nos anos 50, com o acesso da Ponte das Bandeiras à Vila Maria para chegar à via Dutra, trouxe melhorias tornando uma alternativa às vias tortuosas do centro da cidade para viagens de um bairro a outro. "Foi entregue ao tráfego anteontem trecho da avenida Marginal Direita do rio Tietê, compreendido entre a ponte das Bandeiras e a ponte do Limão, numa extensão aproximada de 2 quilômetros e meio", noticiou o Estado em 1956. A obra foi longa e se entendeu até meado dos anos 70.

No inicio do século XX surgiu um mito chamado de: “São Paulo não pode parar” isto ocorreu devido o crescimento da população e da indústria sem um plano de controle populacional por parte do governo, com esse crescimento desenfreado um dos principais prejudicados foi o meio ambiente. Devido a ocupação dos vales a impermeabilização do solo sofreu fortes danos, portanto a água que penetrava no solo e escoava para os rios de forma equilibrada passou sofrer interferências, assim causando as enchentes nas margens dos rios, vales e até mesmo em locais não tão próximos.

O crescimento populacional aconteceu exatamente nas bacias dos rios tiete e pinheiros, com isso todo escoamento passou a ser ligado diretamente aos rios por meio de córregos canalizados desta forma causando as enchentes. Com tal crescimento as necessidades geradas pelo homem aumentavam cada vez mais e assim o trafego nas vias laterais só aumentaram.

Hoje, quando milhares de carros trafegam todos os dias pelas avenidas marginais do Tietê e Pinheiros, os canais dos rios parecem apenas um complemento das pistas de tráfego rápido. Mas, na verdade, as avenidas é que são um complemento dos rios. A retificação do Tietê, antes de possibilitar o tráfego fácil fora dos limites confusos do centro de São Paulo, possibilitou a recuperação e consequente urbanização de uma área de 33 milhões de metros quadrados da cidade. Que estava até então vasta e descampada, com lixões e pouco carros.

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