Relatório Experimental de física 1 - Colisões
Por: Evelen Tamiris • 12/12/2017 • Relatório de pesquisa • 1.450 Palavras (6 Páginas) • 516 Visualizações
Colisões Inelásticas
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR
CÂMPUS GUARAPUAVA
Avenida Professora Laura Pacheco Bastos, 800 - Bairro Industrial - 85053-510 – Guarapuava – PR - Brasil
Resumo: A maioria das colisões que não ocorrem em condições controladas, como o vácuo, por exemplo, acaba sendo algo entre perfeitamente elástica e perfeitamente inelástica. Normalmente, uma bola caindo de uma altura h em cima de uma superfície quica e, dependendo de quão rígida é a bola, perde mais ou menos energia, podendo colidir várias vezes antes de perder toda sua energia cinética. Tais colisões são chamadas simplesmente de colisões inelásticas. Nessas colisões, embora a quantidade de movimento se conserve, há uma perda de energia cinética, que se transforma em outra como energia sonora, por exemplo. Quanto mais elástica a colisão, menos energia cinética se dissipa, e essa relação é dada pelo coeficiente de restituição. No presente experimento, foram analisados dados das ondas sonoras emitidas por seguidas colisões sob condições não controladas, afim de comprovar o real impacto do coeficiente de restituição na perca de energia do corpo analisado.
Palavras-chave: Colisões; coeficiente de restituição; energia.
Introdução
Nesse experimento, através de um software computacional, observou-se o comportamento dos movimentos realizados por uma bola de tênis em queda livre abandonada a uma determinada altura h, onde foi analisado o coeficiente de restituição após cada colisão da bola no plano, coletando os sons emitidos pelos impactos, através do programa Audacity¹.
Com os espectros sonoros registrados é possível realizar a mensuração do intervalo de tempo entre uma colisão e outra e com tais dados se tornou acessível à obtenção de informações mais detalhadas sobre a cinemática e a dinâmica presente nos movimentos.
Podemos dizer que a colisão estudada é uma colisão inelástica, pois há perca de energia cinética, o que faz com que a velocidade da bola seja menor após cada colisão. A razão entre a velocidade antes da colisão e a velocidade após a colisão é chamado de coeficiente de restauração, que indica o quão elástica foi a colisão.
Procedimento Experimental
Esse experimento foi dividido em três etapas: posicionamento da bola na altura desejada, lançamento da bola e captação do som dos impactos.
Primeiramente, uma régua de alumínio foi posicionada perpendicularmente a um plano, nesse caso utilizamos uma mesa. Em seguida, em um computador localizado no mesmo ambiente, contendo microfone, o programa Audacity¹ foi ativado e iniciou a captação das ondas sonoras do ambiente, este que deve ser o mais silencioso possível para não interferir nos resultados.
[pic 1]
Figura 1: Bola de tênis.
Logo depois, uma bola de tênis foi posicionada a uma altura de 70 cm ao lado da régua e solta em queda livre.
[pic 2]
Figura 2: Trajetória da bola da altura inicial até a primeira colisão.
O programa registrou os dados das colisões até o momento em que a bola estava estática em relação ao referencial da mesa, o arquivo gerado foi salvo e um novo arquivo foi criado para um novo lançamento.
Esse processo foi repetido para as alturas de 80 cm, 90 cm e 100 cm, sendo armazenados todos os dados gerados pelo programa para cada altura respectiva.
Resultados e Discussão
Ao abandonar a bola, em todas as alturas, pode-se observar que esta pinga na superfície com intervalos de tempo que diminuem a medida de a bola perde energia. Esses intervalos de tempo foram extraídos com o software Audacity, como já mencionado, e estão disponíveis nas tabelas abaixo, onde as alturas são consideradas em centímetros e o tempo em segundos.
h=70  | h=80  | h=90  | h=100  | |
[pic 3]  | 0,566  | 0,593  | 0,638  | 0,655  | 
[pic 4]  | 0,427  | 0,444  | 0,481  | 0,471  | 
[pic 5]  | 0,339  | 0,337  | 0,377  | 0,368  | 
[pic 6]  | 0,243  | 0,258  | 0,279  | 0,281  | 
[pic 7]  | 0,189  | 0,206  | 0,189  | 0,239  | 
[pic 8]  | 0,151  | 0,137  | 0,146  | 0,176  | 
[pic 9]  | 0,122  | 0,097  | 0,086  | 0,151  | 
Tabela 1 - Intervalos de tempo em segundos.
Utilizando os intervalos de tempo encontrados podemos realizar o calculo do coeficiente de restituição. Este é dado por:
[pic 10]
Que, matematicamente, significa o mesmo que:
[pic 11]
Esse mesmo coeficiente pode ser determinado a partir do gráfico de x , onde assumirá o valor do coeficiente angular da reta de tendência linear, uma vez que o gráfico possui forma linear.[pic 12][pic 13]
Abaixo estão dispostas tabelas que contém os valores de e , em segundos, para cada altura de abandono da bola, em seguida estão os respectivos gráficos.[pic 14][pic 15]
[pic 16]  | [pic 17]  | 
0,566  | 0,427  | 
0,427  | 0,339  | 
0,339  | 0,243  | 
0,243  | 0,189  | 
0,189  | 0,151  | 
0,151  | 0,122  | 
Tabela 2 - Dados para construção do gráfico respectivo a h=70cm.
[pic 18]
Gráfico 1
Para a altura de abandono igual a 70 centímetros temos que o coeficiente de restituição será de 0,7438.
[pic 19]  | [pic 20]  | 
0,893  | 0,444  | 
0,444  | 0,337  | 
0,337  | 0,258  | 
0,258  | 0,206  | 
0,206  | 0,137  | 
0,137  | 0,097  | 
Tabela 3 – Dados para construção do gráfico respectivo a h=80cm.
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