Relatório De Torneamento

1. Introdução

O torneamento é um método de usinagem empregado para usinar peças de forma geométrica de revolução. A máquina-ferramenta faz a peça girar e, ao entrar em contato com a ferramenta escolhida pelo operador, realiza o corte; ou seja, a ferramenta utilizada é pressionada em um movimento de avanço de encontro à superfície da peça, removendo material (chamado cavaco), o que transforma o material inicialmente em estado bruto em peças como eixos, polias, pinos, qualquer tipo de roscas, peças de formato cilíndrico interno e externo, cone e etc.. É regida por diversos parâmetros de corte, como profundidade de corte, pressão específica de corte, força de corte, avanço, velocidade de corte e etc.

O torneamento pode ser realizado por máquinas CNC (Comandos Numéricos Computadorizados), que, através de coordenadas verticais e longitudinais, realizam o corte pré-estabelecido na peça. Admite a produção de peças complexas mais rapidamente, com melhor acabamento e tempo de produção, em relação a um torno mecânico convencional.

2. Metodologia e Prática

A máquina CNC utilizada no laboratório de usinagem foi um centro de torneamento Romi GL240M. Seu (magazine) disco porta-ferramentas padrão VDI-30 admite o uso de 12 ferramentas diversas para usinagem de peças. Usina peças com comprimento máximo de 400 mm e 240 mm (dado o nome da máquina) para o diâmetro máximo com avanço máximo de 50 ⁄. Possui também uma inclinação para facilitar a remoção do cavaco do interior do equipamento.

Figura 1: Interior da Romi GL240M: (1) Magazine padrão VDI-30; (2) Inclinação para remoção de cavaco.

O operador fixa o blank cilíndrico de Aço 1020 na máquina. Ele optou por fazer o zero peça no centro oposto do lado fixado da peça na máquina. No caso foi decisão do operador por particularmente achar melhor trabalhar com coordenadas negativas.

Foram inseridos no magazine da máquina:

 Um suporte PCLNR 2020 K12 com um inserto CNMG 120408 PF com ângulo de ponta de 80º, podendo assim ser mais flexível para a realização de uma maior gama de cortes. Por exemplo, no caso da peça usinada em laboratório, foi realizado uma operação de faceamento axial e desbaste longitudinal com este mesmo inserto.

 Uma ferramenta para a operação de canal (necessária para realização da operação de rosqueamento posteriormente) com aresta de corte medindo 3 mm;

 Uma ferramenta para rosqueamento externo da peça;

 Uma broca para operação de furação para um furo de 12 mm.

O CAD da peça final desejada foi feito no SolidWorks® e, através de um software CAM, o procedimento de usinagem foi inserido no painel CNC da máquina.

Figuras 2 e 3: (à esquerda) CAD da peça e (à direita) Painel CNC da Romi GL240.

A usinagem iniciou-se com um faceamento axial e desbaste longitudinal, ambos removendo a fina camada de material que recobre a peça. A usinagem de fato inicia-se com operações sucessivas de desbaste que retiraram material até alcançar o diâmetro de 23 mm no plano axial ao zero peça. Finalizou com diâmetro de 53 mm após percorrer 38 mm do comprimento da peça. Logicamente que obedecendo