Semeadora

DRP

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Uma das mulheres pergunta ao grupo se é possível a utilização de fertilizante na semeadora. O professor Capúcio explica que a máquina foi projetada para o uso de sementes, mas que o fertilizante também pode ser usado, por exemplo, em um dos lados da semeadora, enquanto no outro são utilizadas sementes. Os agricultores então dizem que preferem que a semeadora tenha ambos, semente e fertilizante.

As mulheres dizem que a máquina torna o trabalho mais fácil pois elas não precisam mais cavar buracos para o plantio.

Capúcio explica que a máquina está sendo feita especificamente para suprir as necessidades deles. Ele diz também que visa facilitar o trabalho deles, para que possam plantar mais ou em menos tempo. Os agricultores respondem que sim, desse modo eles podem plantar por uma área maior.

Outra explicação feita é sobre o esquema de utilizar a roda posterior para transporte, quando necessário.

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Explicou-se a possibilidade de colocar um marcador de linha nas laterais da semeadora.

Capúcio pergunta ao grupo o que eles acham de se colocar outra semeadora em paralelo, tendo assim a possibilidade de plantio de duas linhas ao mesmo tempo. Eles respondem que tudo bem, mas que isso pode não funcionar, pois cada pessoa que estiver empurrando uma semeadora vai ter uma velocidade diferente da outra e, como as duas estarão interligadas, isso pode fazer com que o percurso seja dificultado. Assim, eles preferem que uma única semeadora seja utilizada.

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O grupo agradece e diz que estão muito ansiosos para comprar a máquina e estão esperançosos de que várias pessoas na região possam usá-la.

Capúcio diz então que na próxima visita, a máquina estará melhorada através das informações colhidas na viagem.

Eles respondem que, voltando ao Brasil, que se pense no custo da máquina. E então o professor Capúcio diz que, na volta ao continente africano, terá uma melhor idéia de quanto a semeadora deverá custar.

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Capúcio explica que a máquina ainda não está totalmente completa e detalha seu funcionamento. Explica também que pode ser colocado um dispositivo para aplicação de fertilizante em um dos lados da semeadora, e sugere também que possam ser usadas duas máquinas: uma para o plantio, e outra, após um pequeno crescimento das plantas, para aplicação do fertilizante, que seria depositado bem ao lado das covas.

Mas um dos membros do grupo diz que se o fertilizante for aplicado ao lado da cova e não no seu interior, a planta pode não absorvê-lo, perdendo-se assim o fertilizante aplicado.

Capúcio explica que isso não ocorreria, pois quando as raízes da planta crescessem (o que ocorre em todas as direções), elas captariam o fertilizante depositado. Explica também que, se for utilizada uma máquina apenas para posterior aplicação do fertilizante, ao início da linha de plantio seria eficiente, mas de certo ponto pra frente não, pois o operador poderia deslocar levemente a máquina para um dos lados, se desviando da linha de plantio e depositando o fertilizante em local inapropriado. E conclui que o melhor seria ter as sementes e o fertilizante na mesma máquina e sendo depositados ao mesmo tempo.

Durante a utilização da semeadora por um dos membros do grupo africano, é dito que a máquina está tendendo a deslocar-se para a esquerda, e que isto está sendo ocasionado devido ao uso das punções maiores apenas de um lado. É explicado também que a rabiça pode ser ajustada para diversas posições, de acordo com o usuário, através do afrouxamento e posterior aperto dos parafusos localizados em sua base. O operador diz ainda que fosse melhor mesmo a utilização de sementes e fertilizante em apenas uma máquina, sendo aplicados em conjunto. Capúcio diz que, se o trabalho estiver muito grande para empurrar a semeadora, que outro membro pode amarrar uma corda ao chassi e puxá-la pela parte da frente, aliviando a força aplicada pelo operador que empurra a máquina. Explica também que, quanto maior a velocidade para empurrar a máquina, mais fácil o trabalho o será.

Um dos agricultores pergunta qual a distância entre as covas feitas numa mesma linha de plantio. Capúcio então responde que esta distância é muito difícil de modificar. Mas o que pode ser feito é plantar as linhas mais perto ou mais longe uma das outras, para atingir a população de plantas que eles quiserem. Ainda explica que pode ser feito um esquema para que a semeadora libere uma semente em uma punção, e não o faça na próxima, para que haja o aumento da distância entre covas, caso necessário. E que isso também pode ser utilizado para se misturar dois tipos de sementes.

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São feitas perguntas aos agricultores:

Qual o tamanho de reservatório de sementes seria melhor: um menor ou um maior? Eles respondem que o menor seria a melhor opção.

Qual a distância que os agricultores devem percorrer de suas casas até o local de plantio? Mais ou menos 2 quilômetros. (Capúcio comenta que o transporte da máquina necessita de melhoras).

Qual o tipo de fertilizante utilizado pelos agricultores? Fertilizante do tipo 6-2-1.

Aplicam o fertilizante junto com as sementes ou após o plantio? Aplicam o fertilizante rapidamente e plantam logo após.

Ao comprar a máquina, você preferiria comprá-la apenas para seu uso próprio, ou a compartilharia? Para uso próprio.

Quanto você pagaria pela semeadora (aplicando conjuntamente o fertilizante)? (É feita a explicação que, caso a máquina seja mais barata, ela será menos confiável, mais leve, menos resistente. E que a máquina que estava presente possui muito aço, tornando-a mais cara, mas que ela pode ser projetada para que o preço seja menor)

Gostaria que a semeadora plantasse duas culturas intercaladas ao mesmo tempo ou apenas um tipo de cultura? Duas culturas intercaladas seria melhor.

Durante a época de plantio, após as chuvas, o solo se torna mais macio? Sim.

(A pergunta a seguir seria sobre a utilização de algum outro meio para que as mulheres pudessem empurrar a máquina, como, por exemplo, utilizando algo semelhante a uma bicicleta, ou utilizando até um animal de tração; porém, as mulheres não podem utilizar nenhuma das duas opções, devido a questões culturais)

Gostaria que a máquina tivesse uma proteção que garantisse a segurança do operador quanto às punções ficarem expostas? Prefere-se a não utilização desta proteção. Um dos argumentos apresentados é o aumento de peso.

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