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Uso De Biopolímero Em Caixas De Frutas

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Por:   •  1/6/2014  •  1.915 Palavras (8 Páginas)  •  289 Visualizações

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1. Motivação

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com uma produção anual estimada em 43 milhões de toneladas em 2003 (Passuello, 2007) . O transporte de frutas é uma das etapas mais importantes do processo desde a produção até o consumo dos alimentos. Dessa forma se torna de total importância a adaptação adequada de embalagem utilizada nesse processo.

Segundo Rita de Fátima Alves Luengo, Engenheira agrônoma da Embrapa Hortaliças (2006), embalagens adequadas podem contribuir para diminuir o elevado índice de perdas pós-colheita que ocorrem no Brasil. Estima-se que 20 a 30% das hortaliças e frutas produzidas saem do campo e não chegam ao consumidor final. As embalagens são usadas na colheita, transporte e varejo de produtos hortícolas. Suas principais funções são evitar danos mecânicos e agrupar produtos em unidades adequadas para o mercado e o manuseio e devem desempenhar também outras funções importantes, tais como transporte; venda que envolve os aspectos de boa aparência, identificação e visibilidade econômica. No Brasil o transporte de frutas e hortaliças é feito com maior frequência em caixas de plástico, de madeira e de papelão, conforme Figuras 01 à 03 abaixo. Segundo Passuello, (2007) a maior parte das embalagens utilizadas para frutas em nosso país são consideradas ultrapassadas. Elas são retornáveis ou reutilizáveis como é o caso das embalagens plásticas (Figura 01), sendo facilmente contamináveis por patógenos humanos e de plantas, representando um risco para a segurança do alimento. As embalagens podem ser ainda descartáveis, como é o caso das feitas de madeira (Figura 02) e de papelão (Figura 03) gerando um volume de material descartado grande, ligado diretamente a quantidade de produção de frutas no país.

Figura 1: Caixas de plástico

Figura 2: Caixas de madeira

Figura 3: Caixas de papelão

Segundo a Embrapa Hortaliças (2006), a embalagem de madeira é tradicionalmente utilizada no Brasil para acondicionamento e transporte dos produtos ao mercado intermediário, atacadistas e varejistas. As caixas de madeira apresentam a superfície áspera (madeira não trabalhada) e se reutilizáveis, provocam abrasão nos produtos, e podem ser transmissoras de bactérias e fungos, que causam doenças e perdas pós-colheita. Além disso, segundo Passuello, (2007), estas são feitas de forma artesanal, por serralheiros, e apresentam uma perda de cerca de 10% da matéria prima de toda a produção, causada em geral pela necessidade de adequação do material para as medidas das caixas. Além disso, a madeira em geral utilizada é vinda das sobras de madeira de exportação, chamada de refilo, sendo estimado pelos serralheiros mais de 30% do volume de madeira extraída de áreas de reflorestamento não podem ser utilizadas por não apresentarem os padrões para exportação. Além disso, segundo a Embrapa Hortaliças (2006), as atuais caixas de madeira não apresentam as medidas externas paletizáveis, ou seja, totalmente retas, o que interfere diretamente no tempo usado na carga e descarga, que são feitas de forma manual em geral. No caso das embalagens de madeira, esse tempo é de, em média duas horas e meia, enquanto com o uso de embalagem paletizável o tempo é de 20 minutos em média.Sendo, esses, fatores que geram diversas limitações para o material.

As embalagens de papelão são utilizadas em menor escala e são de uso único, podendo onerar o valor do produto, dependendo da quantidade a ser transportada. Essas embalagens apresentam baixa resistência à umidade, porém apresentam a vantagem de não transmitir doenças. São mais utilizadas para embarques de longa distância como as exportações (EMBRAPA, 2006).

As embalagens plásticas também são utilizadas no transporte e proteção de frutas e hortaliças no Brasil. São feitas de polímeros, em sua maioria, o Polipropileno (PP) e Polietileno de Alta Densidade (PEAD). Tem como característica serem embalagens retornáveis, ou seja, são reutilizáveis, e segundo a Embrapa Hortaliças (2006), permitirem lavagem e higienização, o que possibilita eliminar a contaminação e a propagação de problemas fitossanitários entre produtos agrícolas. Contudo, os polímeros também constituem atualmente o material mais abundante no volume de resíduos sólidos acumulados. Segundo a SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA (2012), os plásticos derivados de petróleo levam, em média, 40 anos para de decompor e apesar de serem recicláveis atualmente, há diversas limitações para o processo.

Em virtude de tais problemas, se torna importante o desenvolvimento de projetos adequados a esse setor, tendo em vista a importância dessa atividade para o país e os impactos causados pelas mesmas. Assim, o presente projeto busca minimizar os prejuízos gerados pelas embalagens para a produção, com a adoção de alternativas que diminuam os impactos ambientais negativos envolvidos nesse contexto e apresentem soluções eficientes para a atividade.

2. Objetivos

• Reduzir impactos causados pelas embalagens de frutas através da utilização de material sustentável em relação principalmente ao descarte dessas;

• Minimizar as perdas provenientes dos danos durante o transporte e armazenamento das frutas e hortaliças através da forma da embalagem.

3. Desenvolvimento

A primeira fase de desenvolvimento do projeto baseou-se numa pesquisa bibliográfica sobre os principais materiais causadores de impactos, que embasou a escolha do objeto desse projeto. Foi identificada uma oportunidade de melhoria dos impactos ambientais em relação às embalagens utilizadas para o armazenamento e transporte de frutas no Brasil.

A atividade de produção de frutas no Brasil é uma das principais atividades econômicas do país, representando 6% da produção mundial, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Porém há diversos problemas que podem dificultar essa atividade. Como citado anteriormente no item 1, cerca de apenas 30% de toda a produção de frutas e hortaliças chega ao consumidor final e isso se dá em geral devido as embalagens que acomodam esses produtos. Dessa forma, além de representar um desperdício na produção, esse problema também se dá no contexto ambiental. Os problemas estão relacionados a fatores diversos, dentre eles

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