Série estatística

3. Apresentação dos Dados

Uma vez que os dados estejam coletados é necessário organizar, resumir e apresentar estes dados, de tal forma que possamos interpretá-los.

Duas formas de representação são bastante usadas: a tabular e a gráfica.

O primeiro passo para entendermos o comportamento de uma variável, em termos dos elementos observados, é a construção de uma distribuição de freqüências.

3.1. Representação Tabular

Segundo o IBGE , tabela é a forma discursiva de apresentar informações.

Uma tabela é composta por:

Título: explica claramente o que a tabela contém. Precedido da palavra “Tabela e o número seqüencial da tabela”.

Cabeçalho: especifica o conteúdo das colunas.

Corpo: formado por: linhas, cabeçalho, coluna indicadora e colunas de dados.

Fonte: de onde os dados foram obtidos.

Linhas: No mínimo 3 linhas horizontais: 2 delimitando o cabeçalho e outra de fechamento da tabela.

Conforme o agrupamento desejado, as séries apresentadas podem ser cronológica (ou temporal), geográfica ou categórica.

3.1.1. Séries estatísticas: toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da época (cronológica), do local (geográfica) ou da espécie (categórica).

a) Série cronológica: apresentam dados observados ao longo do tempo.

Exemplo:

Tabela 1. Taxas anuais de crescimento real da economia, em %

Ano Variação do PIB (%)

1991 0,2

1992 -0,8

1993 4,1

1994 5,8

1995 4,2

Fonte: FGV.

b) Série geográfica: apresentam dados de diferentes regiões geográficas.

Exemplo:

Tabela 2. PIB por capita nos países do MERCOSUL, em 1995

País PIB por capita (US$)

Brasil 4.411

Argentina 8.342

Paraguai 1.875

Uruguai 5.562

Mercosul 5.033

Fonte: USDA, 1997

c) Série categórica: apresentam dados que se distribuem em diferentes categorias.

Exemplo:

Tabela 3. Consumo de eletrodomésticos no Brasil, em 1995

Aparelho Vendas (em mil unidades/ano)

TV em cores 6.066,0

Videocassete 1.923,6

Geladeira 3.031,2

Fogão 3.916,7

Microondas 788,6

Lava-louça 150,0

Fonte: Abinee/Eletros

Outros tipos de tabela bastante utilizado são: a tabela de freqüência e a tabela de distribuição de freqüência.

3.1.2. Tabelas de freqüência: apresentam, de maneira clara e precisa, dados estatísticos com a freqüência absoluta observada. Podem ser utilizadas também para variáveis qualitativas.

Tabela 4. População residente no Brasil, segundo o sexo, de acordo com o censo demográfico de 1980.

Sexo Freqüência Percentual

Masculino 59.123.361 49,7

Feminino 59.879.345 50,3

Total 119.002.706 100,0

Fonte: IBGE (1982)

3.2. Representação Gráfica

Os dados também podem ser apresentados através de gráficos e desde que não haja necessidade de grande precisão, eles dão uma visão de tendências e ajudam a interpretação.

Semelhante às tabelas, os gráficos possuem um título, que descreva claramente o seu conteúdo, colocado abaixo do gráfico. Ele é considerado como uma figura.

3.2.1. Gráficos de barras

Um gráfico de barras ilustra comparações entre itens individuais. As categorias são organizadas verticalmente e os valores horizontalmente para focalizar a comparação de valores, utilizando-se uma escala. O comprimento de cada barra é proporcional ao valor representado nesta escala. As barras apresentam uma largura fixa (arbitrária) e separadas entre si por um espaço também fixo e arbitrário.

É adequado quando a variável for qualitativa.

Assim, é utilizado para séries geográficas e categóricas. Não é aconselhável para séries cronológicas.

Figura 1. Vendas da empresa DDP em 2005, por região, em R$ mil

3.2.2. Gráficos de colunas

Um gráfico de colunas exibe as alterações dos dados em um período de tempo ou ilustra comparações entre itens. As categorias são organizadas

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