A Degradação do Solo

Epílogo

Desde pequena fui rejeitada pela minha mãe, já que vim de uma gravidez inesperada. Eu cresci em meio ao caos. Desde que me lembro, minha mãe bebia e fumava o tempo inteiro. Meu pai, nem lembro direito dele, ele não parava em casa, dizia não ter tempo para a família e quando vinha para casa minha mãe brigava muito com ele. Talvez foi por esse motivo que ele nos deixou, é claro que eu sabia que ele tinha uma puta mais rica e bonita que minha mãe, aliás, ela era o motivo da minha mãe ficar do jeito que estava, no fundo do poço, acabada em bebidas e suas drogas diárias. Nunca pude fazer nada para ajudar minha mãe. Ela nunca foi uma pessoa boa comigo, mas poxa... ela era minha mãe!

Ela nunca demonstrou carinho por mim, eu sei, eu via seu ódio à flor da pele enquanto eu chorava e berrava no berço, o jeito que ela me pegava... ela nunca me botou para dormir, nunca me balançou em seus braços, ela apenas me jogava no berço e me deixava chorando até eu pegar no sono. Enquanto isso, ela ficava falando coisas horríveis para mim, eu sei disso!

Ela tomava sua pinga enquanto me ouvia chorar e gritava para mim: “Pode chorar, Cry Baby. ”

Sim, se você não sabe, meu nome é Cry Baby e a partir de agora você irá conhecer minha história, a história de uma menina infeliz e abandonada por todos que encontrou seu consolo na escuridão.

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