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A Matriz de Análise de Viabilidade

Por:   •  7/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.747 Palavras (7 Páginas)  •  130 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz de análise de viabilidade

Disciplina: MQCF

Módulo: 5

Aluno: Denise Torbolo Araujo Lopes

Turma: 0322-2_5

Tarefa: Caso Rolguind Ltda

INTRODUÇÃO

Apresente as suas considerações iniciais sobre o caso estudado.

Com base nas análises de dados históricos divulgados pela empresa Rolguind Ltda, o presente trabalho tem como finalidade confirmar a relação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês da companhia, bem como identificar a viabilidade da aquisição e instalação de equipamentos de geração de energia solar.

A empresa Tecsol Ltda propõe 3.000kWh/mês através da aquisição de um equipamento pelo valor de R$90.600,00 á vista com desconto de 2% ou com entrada de 30% e outras 36 parcelas com juros de 1,19% ao mês.  

A Rolguind Ltda também estabeleceu valor residual para os equipamentos instalados de 10% do valor de aquisição a ser considerado no último período do fluxo de caixa. Além disso, a empresa considera como viáveis projetos que tem TMA de 1,48% ao mês e 48 meses de prazo máximo de retorno.

Os fluxos de caixa serão elaborados considerando um horizonte de 5 anos de projeto e será testado um cenário com aquisição de mais um conjunto de placas solares de 500 kWh/mês.

Com base nestes dados, serão calculados os indicadores de viabilidade: VPL, TIR, Payback Descontado e Índice de Lucratividade.

Cálculo e interpretação do coeficiente de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês

O coeficiente de correlação é um cálculo estatístico que retorna a associação entre duas variáveis. Seu valor pode variar de -1 a 1: resultados próximos a 1 indicam forte correlação positiva, ou seja, quando ambas as variáveis aumentam, já valores próximos a -1 evidenciam existência de correlação, porém negativa, uma varíavel aumenta e enquanto outra diminui.

No caso estudado, verificou-se a correspondência entre faturamento e consumo de energia médio mensal. O resultado do coeficiente de correlação dos dados apresentados é de 0,99821, muito próximo a 1, o que caracteriza correlação positiva: para faturar mais a empresa também precisa aumentar o consumo de energia.

Cálculo da equação da reta de regressão linear entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês

A reta de regressão linear é dada pela equação:

Y = bx + a

Sendo “Y” a variável dependente (consumo médio de energia médio mensal), “b” a medida angular da intensidade da inclinação da reta, “x” a variável independente (faturamento) e “a” o ponto em que a reta corta o eixo Y.

No caso da Rolguind Ltda resultou na seguinte equação:

Y = 0,0017x -66,961

Estes mesmos valores também podem ser obtidos através de análise gráfica:

[pic 3]

A partir do gráfico e da equação, pode-se afirmar que:

  • A inclinação da reta do gráfico acima indica dependência positiva, o que confirma o valor de coeficiente de correlação próximo à 1 calculado no item anterior.
  • O índice “R²” trata-se do coeficiente de determinação da reta de regressão (corresponde ao coeficiente de correlação elevado ao quadrado), através dele é possível avaliar se os valores de “Y”, com base nos valores de “X”, resultarão em boas estimativas. No caso estudado, representa que o faturamento da companhia depende em aproximadamente 99,64% do consumo de energia médio mensal.
  • Se aplicado o faturamento médio de R$1.388.049,51 na equação da reta, teremos Y = 2.314,80 KWh/mês que coincide exatamente com o consume médio de energia calculado.

Projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos

A projeção para os próximos 5 anos é obtida considerando os valores de faturamento esperados divulgados pela empresa para os anos seguintes.

Para calculá-los, basta aplicar a fórmula:

Projeção do consumo = 0,0017 *(Faturamento) - 66,961

[pic 4]

Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto

Considere o orçamento originalmente apresentado pela Tecsol Ltda.

O fluxo de caixa trata-se de uma análise das entradas e saídas de uma empresa em determinado período analisado.

No caso abaixo, foram considerados para o orçamento da Tecsol Ltda:

- Instalação de equipamento no valor de R$90.600 para geração de 3.000 kWh/mês (no fluxo foi considerado pagamento de 30% de entrada e mais 36 prestações com taxa de juros de 1,19% ao mês, pois a opção a vista com desconto era prejudicial, uma vez que o faturamento da empresa acontece no mês a mês).

- Considera R$ 0,86 por kWh consumido pagos para a concessionária de energia

- Custo de oportunidade (TMA) de 1,48% ao mês

[pic 5]

Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto, considerando a aquisição de mais conjuntos de placas solares de 500 kWh/mês

Com base na projeção futura estimada pela empresa, a Rolguind Ltda atingiria seu maior faturamento em 5 anos e consequentemente seu maior consumo de energia: 3.361 kWh/mês.

Por isto, a aquisição da microusina com seis conjuntos de placas solares com 500kWh/mês totalizaria apenas 3.000kWh/mês, o que seria insuficiente para suprir a demanda energética da companhia com base nos resultados futuros esperados. Então, faria-se necessário a inclusão de mais uma placa de 500kWh/mês, sendo o novo investimento no valor de R$99.200,00.

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Cálculo e interpretação dos indicadores de viabilidade

Calcule todos os indicadores solicitados para cada um dos fluxos de caixa projetados.

1. Valor presente líquido (VPL)

O Valor Presente Líquido consiste em calcular o valor presente equivalente do fluxo de caixa futuro aplicando-se uma taxa de desconto que representa a rentabilidade exigida por quem investe, ou seja, é um instrumento que permite trazer para a data zero o fluxo de receitas e despesas de um investimento afim de definir se ele é viável ou não.

[pic 7]

VPL > 0 = Projeto viável

VPL < 0 = Projeto inviável

VPL = 0 = Projeto pode ser considerado viável, porém é indiferente ao investidor, cabendo a ele decidir se dejesa ou não seguir

No primeiro cenário estudado, com seis conjutos de placas solares, temos VPL de 18.302,20. Já no segundo caso, com uma placa a mais, temos VPL de 16.823,38. Sendo assim, ambos cenários são viáveis, pois tem VPL positivo.

2. Taxa interna de retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno, também conhecida como TIR, trata-se da taxa média de retorno que o fluxo de caixa de um investimento oferece, considerando um determinado período.

De forma matemática, consiste na taxa de juros em que o VPL se torna igual a 0:

[pic 8]

TIR > TMA = retorno maior que a taxa mínima de atratividade, ou seja, projeto viável ecomicamente

TIR < TMA = retorno menor que a taxa mínima de atratividade, ou seja, projeto inviável economicamente

TIR = TMA = Investimento com indiferença de retorno, mas ainda é caracterizado como viável

No primeiro cenário estudado, com seis conjutos de placas solares, temos TIR de 2,82%. Já no segundo caso, com uma placa a mais, temos TIR de 2,56%. Sendo assim, ambos cenários são viáveis, pois estão acima do TMA estabelecido pela Rolguind Ltda que é de 1,48% ao mês.

3. Payback descontado (PD)

O cálculo do Payback Descontado evidencia o momento em que o fluxo de caixa acumulado é capaz de devolver integralmente os investimentos, considerando seu valor no presente descontados pela TMA.

Payback descontado < Prazo Máximo de Retorno = Projeto cumpre prazo máximo, tornando-o viável

Payback descontado > Prazo Máximo de Retorno = Projeto inviável, pois não cumpre prazo máximo

Payback descontado = Prazo Máximo de Retorno = Projeto capaz de retornar o investimento exatamente no prazo estabelecido pelo investidor

No primeiro cenário estudado, com seis conjutos de placas solares, temos Payback Descontado de 47,51 meses, que deve ser arredondado para 48 meses. Já no segundo caso, com uma placa a mais, temos Payback Descontado de 50,06 meses, que deve ser arredondado para 51 meses.

Deste modo, apenas o primeiro cenário atende ao requisito da Rolguind Ltda de prazo máximo de retorno para o investimento de 48 meses, o segundo cenário excede essa exigência.

4. Índice de lucratividade (IL)

O Índice de lucratividade é uma métrica que possibilita medir a eficiência operacional de um negócio. De forma resumida, indica o retorno que determinado projeto gera em relação a cada unidade de capital investido.

[pic 9]

IL > 1 = Retorna todo o capital investido e ainda gera excedente de retorno

IL < 1 = Projeto incapaz de retornar o capital investido

IL = 1 = Projeto retorna o capital investido devidamente majorado pela rentabilidade exigida, porém sem geração de excedentes

No primeiro cenário estudado, com seis conjutos de placas solares, temos IL de 1,67. Já no segundo caso, com uma placa a mais, temos IL de 1,57. Sendo assim, ambos cenários são viáveis, pois tem IL maior do que 1.

CONCLUSÃO

Finalize o seu texto destacando os principais pontos da sua reflexão sobre o caso.

Com base nas informações fornecidas, é possível afirmar que a fabricação das roldanas comercializadas pela Rolguind Ltda. depende de equipamentos mecânicos que consomem muita energia elétrica, fato este confirmado pelo coeficiente de correlação muito próximo a 1 entre o faturamento e o consumo médio mensal de energia da companhia.

No passado, a utilização de energia solar podia ser relacionada somente como uma fonte de redução dos gastos com energia elétrica, porém nos dias mais atuais, o cenário vem passando por mudanças e as empresas começaram a entender a importância da inclusão de pautas ambientais nos negócios, portanto, migrar para uma forma de energia mais limpa seria um investimento visando também a imagem social da empresa.

Com base nestes dados, o primeiro cenário de fluxo de caixa estudado visa a aquisição de 6 placas solares e apresenta-se viável em todos os quesitos: VPL positivo, TIR maior que a TMA, payback descontado igual ao prazo máximo de retorno e índice de lucratividade superior a 1 (inclusive com indicadores sempre melhores que o segundo cenário). Já no segundo cenário, com a aquisição de mais uma placa (7 placas no total), todos os índices de viabilidade também são atingidos, com exceção do payback descontado, que ultrapassa o prazo máximo de retorno em 3 meses.

É importante ressaltar que, de acordo com a estimativa de faturamento da Rolguind Ltda para os próximos 5 anos, observa-se que em todos os próximos anos a utilização de energia elétrica excederá 3.000kWh/mês (como pode ser visualizado no item 3 deste relatório), portanto, a aquisição de uma microusina com seis placas solares não atenderia de forma eficaz a demanda energética prevista para o futuro. O cenário 2, com o acréscimo de mais uma placa solar de 500kWh/mês seria capaz de gerar sobra de energia, portanto o fato de o payback descontado ultrapassar o prazo máximo de retorno deve ser reavaliado, uma vez que em 51 meses os equipamentos da Tecsol Ltda ainda estariam em garantia. Caso o cenário 1 seja escolhido, também trará bons retornos para a empresa, porém não suprirá toda a demanda esperada.

        

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