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AD1 Relações internacionais

Por:   •  3/8/2016  •  Resenha  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  407 Visualizações

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O artigo “Clausewitz, Guerras Irregulares e Terrorismo: Entrelaçamentos segundo uma abordagem teórica” trata sobre as relações humanas e o uso da violência para resolver os conflitos existentes entre diversos grupos, independente do que cada um defenda.

O autor faz um paralelo entre a obra de Clausewitz – Da Guerra – e as táticas de guerra utilizadas pelos grupos terroristas na atualidade.

O texto explica que Clausewitz foi um soldado, que chegou ao posto maior de General de guerra destacando-se por utilizar-se de táticas de guerra após a participação em diversas batalhas, que lhe renderam “expertise” para desenvolver as suas próprias teorias, sendo depois utilizadas por grupos terroristas e de guerrilha.

A guerra segundo ele seria uma imposição da vontade de um Estado sobre outro, utilizando-se do uso da violência, motivado por razões políticas ou por um choque de vontades. Para que isso ocorra, é necessário que exista a “trindade de Clausewitz”, composta pelos elementos: emoção, razão e técnica.

A emoção refere-se ao apoio popular motivado pela paixão ou “amor a causa”, a razão refere-se ao líder da causa e a técnica refere-se as táticas utilizadas pelo exercito da causa. Esses três fatores são o tripé que serve de combustível para a manutenção das guerras.

Na Idade Média a igreja católica desempenhava um papel importante para que as guerras não acontecessem, visto que essa época foi caracterizada pela influência do poder da Igreja e o comando do Papa sobre os príncipes, que regia a política internacional. A Igreja era a protagonista das relações internacionais e representava a comunhão de idéias e interesses. Bedin classificou assim o poder papal:

“O poder papal penetrou nos diversos setores da sociedade medieval, impondo-se como o árbitro supremo de todos os seus segmentos, inclusive nas relações internacionais” (BEDIN, 2001, p. 47).

As nações da época travaram diversas batalhas, pois tinham interesses divergentes e lutavam pela supremacia de poder. Após vários conflitos, que tinham também o objetivo do Principado de impor as suas religiões, e que culminaram na morte de milhares de pessoas e na devastação da Europa, foram assinados vários tratados, conhecidos como “Tratados de Vestfália”, culminado com isso com o surgimento do Estado-Nação. Sua gradual evolução consolidou a estrutura de poder e de soberania dos Estados. As relações internacionais começam a sofrer uma profunda modificação representando o declínio do poder papal.

Uma das características da política internacional, com a criação dos Estados Modernos é a anarquia devido a ausência de um poder centralizado acima dos Estados e a dificuldade de estabelecer-se regras jurídicas capazes de vincular todos os Estados. Cada Estado possui liberdade para atuar da forma que julgar mais favorável aos seus interesses e à sua sobrevivência. As relações internacionais anárquicas são dessa forma, um cenário de conflito constante entre os Estados.

O modelo de governo com base nos tratados de Vestfália, vigeu quase que intocável até o início do século XX, quando foi substituído pela sociedade internacional contemporânea. O Estado perde então a condição de único ator das relações internacionais e passa a dividir o palco do cenário internacional com outros atores, dentre eles o terrorismo, caracterizado num conflito de idéias não mais apenas entre Estados.

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