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AS CONSEQUÊNCIAS DO ASSEDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES

Por:   •  8/11/2017  •  Tese  •  2.992 Palavras (12 Páginas)  •  170 Visualizações

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE – ESCOLA DE NEGÓCIOS – CURSO DE ADMNISTRAÇÃO

TEMA: AS CONSEQUÊNCIAS DO ASSEDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES

AUTORES: ALINE CAROLO FARANI

                      JEAN MICHEL MARTINIANO DOS SANTOS

Professor Orientador: Janaina da Cunha Silva

Resumo

O capital humano tem sido um investimento nas empresas modernas com o intuito de reconhecer a capacidade de cada funcionário para alinhar as necessidades da organização, entretanto o colaborador necessita ser respeitado dentro da empresa para que possa executar seu trabalho com integridade e com possibilidade de desenvolvimento profissional, para isso precisa estar em um local satisfatório e seguro, obtendo um clima oportuno para seu crescimento profissional. O propósito desse trabalho é esclarecer sobre o Assédio Moral, fenômeno que tem sido muito discutido atualmente, porem sua existência já é antiga, suas consequências provocam malefícios na saúde, no ambiente empresarial, na vida social e familiar do colaborador. Perante as consequências devastadoras que esses danos trazem aos colaboradores, necessita-se proibir essas atitudes inconvenientes através de prevenção e leis severas.

Palavras-Chave: Assédio Moral, Organização, Consequências.

INTRODUÇÃO

É correto afirmar que antigamente os colaboradores eram vistos somente como subalternos ou empregados e hoje o trabalho deixou de atender somente as necessidades primárias dos indivíduos, transformando-se cada vez mais em um lugar de confirmação de status social onde o colaborador se sente como peça necessária dentro da organização.  

 Diante da tecnologia e do mundo globalizado novas exigências são introduzidas gerando diversos sentimentos: angústia, medos e incertezas. O nervosismo perante uma nova função, o receio de não saber, a constante avaliação de desempenho sem o devido reconhecimento, a exigência da excelência, autonomia e criatividade provocam tensão e incertezas. As diversas exigências para produzir são “atravessadas” pelo abuso de poder e constantes explicações confusas, ofensas repetitivas, maximização dos erros, que ecoam-se por toda a jornada de trabalho, desgastando deliberadamente a qualidade do trabalho. O ambiente organizacional tornou-se um campo minado pelo medo, disputas, inveja e rivalidades que ocorrem entre gerentes e os colaboradores que estão em outras posições na organização. As consequências dessas condutas interferem diretamente na vida do colaborador, repercutindo tanto na vida pessoal como profissional do indivíduo.

Este artigo científico tem como principal objetivo mostrar as consequências do assédio moral nas organizações, fenômeno que vem ganhando destaque nos últimos anos, porem sua ocorrência pode ser encontrada desde o começo do trabalho assalariado. Delineando o assédio moral em linhas gerais podemos dizer que o mesmo é representado através de conduta abusiva, sendo caracterizada por palavras, gestos e comportamentos que vão de encontro com a dignidade e até mesmo contra a integridade física do indivíduo, ameaçando seu emprego e deteriorando o local de trabalho.

A realidade deste cenário e sua grande influência futura na área de recursos humanos foram a grande motivação do interesse pela realização deste tema. Compreendendo melhor teremos condições mais favoráveis de administrar o futuro da gestão de pessoas no mercado de trabalho.

REVISÃO DE LITERATURA

O assédio moral não é uma novidade no ambiente de trabalho, ao longo do tempo vários autores buscaram definir o fenômeno, destacando determinados ângulos, auxiliando na concretização do conceito.

Segundo Margarida Barreto (2006) o assédio moral é revelado por atitudes e comportamentos agressivos que objetivam a desqualificação e desmoralização profissional e a desestabilização moral e emocional das vítimas, transformando o local de trabalho em um ambiente desagradável e hostil. Jorge Souza (2011) acredita que o assédio moral tem como propósito desestruturar a estabilidade psicológica do colaborador, transformando-o em refém do medo. Seguindo o mesmo raciocínio, Guedes (2008), traça como conceito para o assédio moral, todos os atos e comportamentos procedentes de seu superior, que manifestando uma ação constante e permanente podem causar graves danos às condições físicas, psíquicas e morais da vítima.

Entretanto, independentemente da definição, devemos compreender que o assédio moral se distingue pelo abuso de poder de forma repetida e sistemática.  De acordo com Marie Hirigoyen (2011) é importante frisar que apesar dos fatos isolados não parecerem violência, a concentração dos pequenos traumas é que geram a agressão que surge e se espalha nas relações hierárquicas de forma desumana e sem ética, fixadas pelas manipulações maliciosas e pelo abuso do poder.

Observa-se, dos conceitos acima mencionados, que o assédio moral se caracteriza especificamente pela frequência e a intencionalidade da conduta, não se distinguindo como uma discórdia isolada ou eventual no ambiente de trabalho. Constata-se que o ato viola a autonomia do trabalho e, portanto, deve ser combatido constantemente, pelo fato de causar prejuízos irreparáveis as vítimas, desestruturando seu bem-estar físico e mental, prejudicando também as organizações em que trabalham.

O mundo atual se caracteriza pela imensa competitividade de mercados de trabalhos, cada vez mais instáveis, resultando em uma sobrevalorização da competitividade e flexibilidade. Sobre o tema afirma (FERREIRA, 2004, página 33):

Assim, dentro do contexto globalizado, além da ameaça do desemprego estrutural que assusta o mundo todo, do subemprego, da demissão, da extinção de postos de trabalho, os trabalhadores precisam estar preparados para participarem de uma competição desumana. Nela não existe nenhuma garantia de que sua dignidade, sob o aspecto de ser respeitado como pessoa humana, será observada e conservada, nem por seus superiores hierárquicos, nem pelo Estado, uma vez que a dinâmica do mercado exige uma total flexibilização dos direitos trabalhistas, muitas vezes resumidas a verdadeira renúncia de direitos.

A consequência dos aspectos acima mencionados se fazem existentes no ambiente de trabalho, pois acabam oprimindo os colaboradores, a pressão exercida sobre eles é imensa e acarretam em funcionários com estresse, com uma saúde física e mental debilitada, além de não alcançarem o nível de produção que a organização determina.

A coação moral é considerada um dos maiores problemas a serem encarados pela sociedade. Não há dúvidas de que o constrangimento sofrido pelas vítimas obtém um quadro de ofensa à dignidade do trabalhador e aos seus direitos de personalidade, submetendo-o a dores físicas e mentais.

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