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Aula tema desenvolvimento econômico

Por:   •  8/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  5.811 Palavras (24 Páginas)  •  299 Visualizações

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4 aplicações rentáveis que substituem a poupança

A caderneta de poupança é o investimento mais popular do Brasil. Uma pesquisa recente da Ilumeo em parceria com a Ricam Consultoria revelou que 95% dos brasileiros conhecem a caderneta de poupança, e 64% das pessoas têm algum dinheiro nessa aplicação.

Sem dúvida a caderneta é atraente por sua praticidade e pela isenção de imposto de renda. Mas seu rendimento pode deixar a desejar para muita gente.

Quando a taxa básica de juros, a Selic, é superior a 8,5% ao ano, a remuneração da poupança é fixa em 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR); já quando a taxa básica de juros é de até 8,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta é de 70% da Selic.

Por conta desse teto de remuneração, a poupança frequentemente perde de outros investimentos conservadores e até mesmo da inflação, fazendo o dinheiro perder poder de compra frente à alta de preços.

Nada problemático para quem vai usar o dinheiro para uma compra dentro de poucos meses. Mas para quem pretende juntar uma boa quantia para usar dentro de alguns anos, a coisa muda de figura.

Se o dinheiro perde poder de compra, isso quer dizer que o investimento não só foi incapaz de repor a inflação, como também foi incapaz de fazer o montante investido crescer de fato.

Apesar de tudo isso, os poupadores relutam em sair da poupança, ou ao menos destinar parte do dinheiro aplicado na caderneta para investimentos mais rentáveis.

A principal preocupação é com a segurança. Há investimentos tão ou mais seguros que a poupança disponíveis para pessoas físicas que não se enquadrem no segmento private dos bancos? Há sim. Conheça-os a seguir:

O que um investimento deve ter para substituir a poupança

Para substituir a poupança, um investimento deve ter boas garantias, sendo reduzido o risco de calote, além de ser fácil de resgatar. Isto é, deve ter liquidez diária ou, no máximo, de alguns poucos dias.

Adicionalmente, ele deve ter baixa volatilidade, isto é, baixo risco de flutuações, para que o investidor não perca parte do seu principal ao resgatar a qualquer momento.

Nesse sentido, os investimentos mais indicados são os de renda fixa conservadora, cuja remuneração tende a se aproximar da taxa Selic ou da taxa CDI.

A Selic é a taxa de juros básica da economia, cuja meta é definida pelo Banco Central em reuniões que ocorrem a cada 45 dias.

Já a taxa de juros CDI é a taxa dos Certificados de Depósitos Interbancários (CDI), ou seja, o juro praticado nos empréstimos realizados entre os bancos todos os dias. Ela costuma sempre ficar ligeiramente abaixo da taxa Selic, mas os valores das duas taxas são bem próximos.

Mesmo com desconto de imposto de renda, esses investimentos conservadores são capazes de render mais que a poupança, desde que seus custos estejam adequados.

Quanto maior a taxa Selic, mais essas aplicações renderão frente à poupança, enquanto que esta permanecerá no mesmo patamar, segundo as regras atuais.

O investidor pessoa física pode tanto investir diretamente em papéis de renda fixa quanto aplicar em fundos de investimento conservadores que buscam seguir ou vencer o CDI.

No primeiro grupo se encontram os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT). No segundo grupo estão os fundos DI e os fundos de renda fixa conservadora.

1. Certificados de Depósitos Bancários (CDB)

Os CDBs são emitidos e normalmente distribuídos por bancos, remunerando um percentual da taxa CDI. Para renderem mais que a poupança em diversos cenários de Selic, o ideal é que paguem mais de 90% do CDI.

É fundamental que tenham liquidez diária, isto é, que possam ser resgatados assim que o investidor pede o resgate. Em bancos médios há até CDBs que pagam 100% do CDI com liquidez diária.

Os CDBs contam com o mesmo nível de segurança da poupança: garantia de até 250 mil reais por investidor por instituição financeira, oferecida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que, se o banco quebrar, o investidor é ressarcido até esse teto.

Lembrando que esse é o valor global de proteção, isto é, válido para todos os depósitos garantidos pelo FGC que o investidor tem em uma mesma instituição, como conta corrente, poupança e CDB. Entenda melhor como funciona o FGC.

2. Letras Financeiras do Tesouro (LFT)

As LFTs são títulos públicos emitidos pelo governo federal e negociados via Tesouro Direto, plataforma eletrônica de negociação de títulos públicos para a pessoa física.

São as aplicações menos arriscadas do Brasil. Primeiro porque sua rentabilidade apenas acompanha a Selic, o que torna as LFTs os títulos mais conservadores do Tesouro Direto.

Segundo porque o risco de calote dos títulos públicos é o mais baixo que existe no país atualmente, por se tratar do risco de crédito do governo brasileiro.

Para as LFTs não é difícil superar a poupança, uma vez que seu rendimento se aproxima da Selic. Porém, é preciso tomar cuidado.

Para ter acesso ao Tesouro Direto é preciso abrir conta em uma corretora, e pode ser que ela cobre uma taxa. O ideal é que essa cobrança não passe de 0,4% ao ano, uma vez que já existe uma taxa obrigatória de custódia de 0,3% ao ano.

Leia mais: Como saber se seus títulos do Tesouro estão bem guardados

3. Fundos DI

Esses fundos de investimento são obrigados a investir a maior parte de seu patrimônio em aplicações que objetivam acompanhar as variações do CDI. Ou seja, eles buscam render o equivalente ao CDI e não sofrem com oscilações negativas, como as ações.

Os fundos de investimento no Brasil são protegidos por uma rigorosa legislação que os obriga a ter um CNPJ próprio. Isto é, o patrimônio dos fundos jamais se mistura com os das empresas que o gerem e administram, resguardando os cotistas.

Verifique o histórico de rentabilidade do fundo antes de investir e certifique-se de que sua taxa de administração seja baixa, em torno de 1% ao ano, no máximo.

Leia mais: O que é e como funciona um fundo de investimento

4. Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa conservadora devem manter a maior parte de seu patrimônio em investimentos de renda fixa de baixo risco, como as LFTs. Também buscam uma rentabilidade próxima à da Selic/CDI.

O investidor deve ficar atento, pois existem fundos de renda fixa que são mais arriscados, classificados como fundos de renda fixa–crédito e fundos de renda fixa–índices. Os fundos mais conservadores são aqueles chamados apenas de fundos de renda fixa.

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