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Gestão Financeira Familiar

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Por:   •  8/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  3.845 Palavras (16 Páginas)  •  286 Visualizações

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1. Introdução

Com a estabilidade da economia no Brasil ocorrida na década de 90 após a implantação do Plano Real, foi possível a criação de programas sociais objetivando a distribuição de renda e melhoria no poder aquisitivo das classes baixa e média. Assim, os brasileiros pertencentes a estas camadas passaram a viver um novo desafio, controlar seus gastos sem entrar na inadimplência.

A classe baixa é uma classe social presente no capitalismo moderno que se convencionou tratar como a que menos possui poder aquisitivo, com um padrão de vida e de consumo baixos em relação as demais camadas da população, suprindo suas necessidades de sobrevivência com dificuldade e impossibilitada, muitas vezes, de usufruir do lazer e entretenimento. É composta principalmente pelos proletariados e desempregados.

Este cidadão comum de baixa renda, quase sempre não possui oportunidades de uma educação de qualidade, com isso, seus conhecimentos ou práticas financeiras não vão muito além de contas utilizando as quatro operações básicas de matemática.

Com a melhora recente das condições de renda e vida, muitos da classe baixa passaram para a classe média, aumentando assim a população na camada intermediária abaixo da classe alta. Entretanto, estes brasileiros da classe baixa recém-chegados à classe média, ainda não passaram por um período de consolidação na nova classe que ingressaram, trazendo as mesmas deficiências educacionais quanto ao uso do dinheiro ou crédito disponível.

Até que esta nova classe média se adapte e saiba conviver neste novo patamar de vida, demandará algum tempo, enquanto o país também vai se ajustando à nova realidade de crescimento, resolvendo com astúcia os impactos internacionais da globalização, a fim de que estas situações externas não afetem tanto a economia diária da população e seu aprendizado no planejamento financeiro.

O artigo aqui tratado é resultado de uma pesquisa relacionada com as práticas diárias dos gastos financeiros pessoais com reflexos no âmbito familiar, procurando estudar as causas do endividamento destas famílias.

A motivação para este estudo adveio das constantes divulgações na mídia sobre a inadimplência relacionada com o analfabetismo financeiro e que está ocorrendo nas classes sociais de menor renda. Por meio da própria mídia de internet, foi possível extrair dados importantes, e coletar outros, através da pesquisa em campo com questionários e depoimentos, reunindo assim, os ingredientes necessários para a análise a que este trabalho propõe colaborar.

O objetivo geral deste artigo é estudar que, quando se executa um gasto ou se assume um compromisso financeiro, estas decisões que levam a conseqüências negativas, estão atreladas ao pouco conhecimento e preocupações adequados ao assunto, além de outras deficiências individuais, sendo estes fatores pessoais, a parte mais específica dos objetivos, bem como os principais responsáveis pelo resultado do desequilíbrio financeiro, afetando a vida em grupo, muitas vezes a longo prazo.

O presente estudo se refere a dados colhidos de moradores do bairro de Itaquera, região periférica da cidade de São Paulo – SP. O ambiente escolhido para o estudo foi em um prédio residencial, popularmente conhecido como COHAB (Conjunto Habitacional), onde residem 60 (sessenta) famílias, distribuídas em três blocos A, B e C contendo 20 (vinte) apartamentos em cada bloco, foram entregues 60 (sessenta) questionários, obtendo-se o retorno de 25 (vinte e cinco) desses, ou seja, 41,66% da população estimada, o questionário utilizado para o estudo encontra-se Anexo no final deste artigo.

A proposta deste trabalho ficou delimitada ao mundo financeiro de um cidadão comum, enquanto membro de uma família, e sua reação diante dos recursos ou créditos que possui em mãos e a maneira como seus gastos influenciam o controle financeiro dentro do lar, proporcionando assim, resultados que possam trazer algumas reflexões e soluções práticas a serem aplicadas.

Além de discutir e qualificar os problemas existentes investigados, a proposta final deste artigo é de, principalmente, sugerir soluções que possam ajudar na melhora do controle financeiro das famílias pertencentes à faixa pesquisada, diminuindo ou eliminando determinados problemas, a fim de se obter um equilíbrio e planejamento mais adequados.

A apresentação deste trabalho é organizada em oito seções, sendo a seção primeira composta pela presente introdução. Na segunda seção, apresenta-se o que envolve o ambiente da administração financeira familiar, e na seção três, o que acontece dentro do mercado financeiro que provoca as decisões dos gastos pessoais no âmbito do controle familiar.

Na seção quatro mostra-se a parte do planejamento financeiro como estratégia para evitar o desequilíbrio dos gastos, e na seção cinco, descreve-se o que acaba levando o cidadão comum ao endividamento.

E, finalizando o presente estudo, segue-se a seção seis, com as Considerações Finais, e a seção sete com anexo do Questionário Sócio Econômico, e por fim a oitava seção com as Referências bibliográficas.

2. Administração financeira familiar

Tratar da administração financeira familiar é preciso antes descrever alguns itens básicos que compõem este assunto que vai desde a definição padrão de família, o que a modernidade trouxe para dentro deste grupo, qual a influência da mulher nos dias atuais nestes limites, e como a educação financeira vai aos poucos fazendo parte do currículo de vida de cada pessoa.

2.1 O que é família?

A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto. É a definição que conhecemos.

A família não é algo que nos é dado de uma vez por todas, mas nos é dada como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Quando casamos, sabemos que, entre outras coisas, temos essa semente que pode germinar e um dia dar fruto: ser uma família de verdade, e para constituirmos uma família é preciso responsabilidade, principalmente no que se refere a finanças, pois qualquer descontrole financeiro pode abalar a estrutura familiar e gerar grandes caos ao orçamento.

2.2 A família moderna

Por certas exigências da vida moderna, a vida familiar vem caindo em desuso. Antigamente havia um culto às famílias. Morava-se em amplos casarões. As refeições sempre eram feitas em alegres reuniões familiares. As grandes datas sempre eram comemoradas com todos reunidos, e a renda principal vinha do mantenedor que

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