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Implementando de Uma Estrutura Para Gestão de Crédito

Por:   •  1/12/2019  •  Projeto de pesquisa  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  143 Visualizações

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1. Introdução

No âmbito da gestão de uma companhia está a necessidade de elaborar uma estrutura para a metodologia de concessão de crédito aos clientes e a mensuração deste risco.

A grande lição das crises e desastres financeiros ocorridos nos últimos tempos é de que, certamente, risco existe. E ele deve ser calculado, mas, principalmente, deve ser administrado. É nesse sentido que análise de riscos surge para proporcionar ao investidor um estudo completo e minucioso para detectar os tipos de riscos existentes (Guasti, 2015).

O risco, intuitivamente é a ameaça ou perigo de determinada ocorrência. O risco está presente nas decisões de crédito e está vinculado à saúde financeira do tomador de empréstimo. O crédito consiste em colocar à disposição do tomador determinado valor sob a forma de empréstimo ou financiamento mediante promessa de pagamento. Portanto podemos definir que o risco de crédito como a probabilidade de que o recebimento não ocorra (Neto e Sérgio, 2009).

No mercado cada vez competitivo, as práticas comerciais ganham mais peso na negociação e vantagens perante a concorrência, onde além da construção do preço justo do serviço ou mercadoria, estão as condições de pagamento - para o consumidor quanto maior o prazo para pagamento melhor, com isso as condições ofertadas devem ser mais atrativas. Em paralelo além de constituir a venda, a companhia necessita transformar seu “contas a receber” em caixa . Neste contexto a concessão de crédito aos clientes se torna mais complexa e assume papel estratégico como facilitador para as vendas, entretanto deve se manter bem estruturada para mitigar o risco de inadimplência e garantir a liquidez da venda.

Na concessão de crédito é importante que exista a sensibilidade para mensurar o risco de crédito e em paralelo manter o ciclo de venda da companhia ativo e oportunizar novos negócios. Portanto o desenvolvimento de uma estrutura burocrática de gestão de crédito se torna fundamental no processo decisório da companhia, possibilitando antecipar a identificação de possíveis riscos para créditos concedidos aos clientes.

A proposta deste trabalho é desenvolver uma estrutura para a prática de gestão de crédito em uma companhia de grande porte.

Como objetivos específicos, temos:

i) Elaborar um modelo de estrutura na companhia, para a gestão de crédito;

ii) Descrever o procedimento metodológico de análise dos clientes para concessão de limites de crédito;

iii) Mensurar e classificar os clientes de acordo com seu risco de crédito.

A complexidade do trabalho de analisar crédito e as consequências oriundas de deficiências nestas avaliações, tornam a necessidade de burocratizar e normatizar o processo de gestão de crédito, afim de minimizar a excessiva exposição da empresa aos débitos incobráveis e contribuir para sua governança corporativa.

2. Referencial Teórico

Nesta sessão serão apresentados alguns elementos básicos para a análise de balanços, definições de crédito e de risco, como também a importância da governança corporativa nas empresas,

2.1 Análise de balanços

No levantamento dos Balanços e das demais Demonstrações Contábeis, são necessários vários procedimentos que estão detalhados nas Normas Brasileiras de Contabilidade, na Lei das Sociedades por Ações, no Regulamento do Imposto de Renda e em normas expedidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários .

As demonstrações contábeis, elaboradas para ofertar informações sobre a posição financeira da empresa e seu desempenho, são dirigidas às necessidades comuns de usuários externos à entidade, como sócios, acionistas, credores e público em geral. Através da análise de balanço é possível avaliar e definir tendências para a gestão empresarial, permitindo que as análises das demonstrações financeiras das empresas sejam utilizadas como parte fundamental da metodologia de análise de crédito para composição de limite de crédito e classificação de risco de clientes.

Existe uma vasta linha de instrumentos que permitem mensurar a situação econômico-financeira de uma empresa e a análise das demonstrações financeiras permite oferecer um diagnóstico sobre a real situação de uma organização.

O processo de análise são as técnicas, materializadas por procedimentos e cálculos adotados para desenvolver inúmeros tipos de análise, entre estas análises podemos citar a análise vertical e a análise horizontal :

Análise vertical (de estrutura) é o processo onde é analisada a estrutura de composição de um grupo ou subgrupo de determinados elementos patrimoniais ou de resultado em determinado período, calculando a participação de cada elemento em relação ao todo.

Análise horizontal (de evolução), é o processo desenvolvido com a finalidade de calcular a variação de um ou mais elementos em determinados períodos, buscando estabelecer tendências, se houve crescimento real ou não desse elemento.

Ao longo do trabalho de análise, são adotados inúmeros instrumentos que visam a interpretação e formulação de conclusões que envolvem a situação da empresa, entre eles podemos citar o aspecto da estrutura patrimonial, financeiro e econômico :

A análise da estrutura patrimonial pode ser dividida em:

• Estrutura de capitais, onde são evidenciadas as origens dos recursos colocados à disposição da empresa, com o mapeamento das participações destes recursos no empreendimento, se próprios ou de terceiros, bem como as aplicações dos recursos, suas classificações na estrutura patrimonial, as participações dos valores circulantes e não circulantes no investimento total, etc.;

• Endividamento, onde é analisada a composição do seu endividamento perante terceiros, com mapeamento das participações dos recursos fornecidos por terceiros, se a curto ou longo prazo.

A análise financeira está dividida em:

• Liquidez, onde são elaborados indicadores que demonstram a capacidade da empresa liquidar seus compromissos para com terceiros, em termos restrito ou global;

• Solvência, onde se pode, com a composição ou junção de vários tipos de índices, avaliar a capacidade de solvência do empreendimento a médio e longo prazos, com a previsão da possibilidade da empresa experimentar um processo de concordata ou falência;

E, por

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