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O Custo nas Empresas

Por:   •  24/6/2020  •  Seminário  •  3.582 Palavras (15 Páginas)  •  152 Visualizações

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O CUSTO NAS EMPRESAS

Ceili de Fátima Zavarese¹

Euzébio Soares da Silva¹

Antônio Leone Prati Bandeira²

        

1. INTRODUÇÃO

A sobrevivência da empresa depende de ter lucro suficiente para manter suas atividades, e ainda para seguir com crescimento contínuo. Conforme Cruz (2012), o controle dos custos da indústria tem um enorme impacto nas decisões a serem tomadas tanto na produção quanto na área gerencial. Quanto mais preciso e fiel o controle dos custos, mais terá a empresa condições de superar a concorrência tendo seus preços competitivos.

Segundo Beulke e Bertó (2012) a formação do preço de venda dos produtos envolve diversos fatores, destacando-se: a estrutura de custos; a demanda; o governo; a concorrência; entre outros. Logo, dentre estes quesitos, a empresa pode controlar apenas seus custos, sendo esses o piso do preço e elemento decisivo para avaliação do desempenho dos produtos.

SOUZA (2011, p. 248), nos traz o seguinte:

Na visão tradicional, o custo determina o preço. Mas os ambientes altamente competitivos que surgiram e estão se generalizando nos últimos anos estão mostrando inúmeros exemplos de insucesso de empresas por incapacidade de compatibilizarem seus custos com as tendências e as oscilações de preços.

O preço de venda, segundo Cruz (2012), diz respeito a quantia em moeda que deve ser entregue em troca de um produto ou serviço. A principal questão na formação do preço é vender o bem ou prestar o serviço por valor justo a todos os envolvidos no processo, desta forma, o maior lucro possível para a empresa e o menor preço (com maior qualidade) possível ao consumidor.

2 - REFERENCIAL TEÓRICO

Morante (2009) conceitua que nas empresas, indústrias principalmente, o lema é fazer mais com menos, ou seja, cortar gastos para oferecer preços mais acessíveis em relação a concorrência, não deixando de lado a qualidade de seus produtos. A contabilidade de custos deve auxiliar a indústria possibilitando identificar a origem de todos os gastos diretos e indiretos na produção.

2.1 - CONTABILIDADE DE CUSTOS

Leone (2012) diz que a contabilidade de custos é uma atividade que semelhante a um centro processador de informações, onde obtém e acumula dados, organizadamente, e em seguida analisa e interpreta. Logo, refere-se às atividades de coleta e fornecimento de informações para tomada de decisões.

Ainda segundo Leone (2012), a contabilidade de custos possibilita a obtenção de informações sobre a forma de produção dos produtos, tendo assim um controle maior sobre o estoque da empresa. Dentro da Contabilidade de Custos faz-se necessário classificar os custos e se diferenciar os sistemas e métodos a serem usados. Cada empresa tem seus objetivos e finalidades, basta analisar e verificar qual método de custo é o que mais se enquadra com o que a empresa necessita.

Dubois et al. (2009, p. 108), conceitua:

A implantação de um sistema tem início com um estudo das operações ‘chão de fábrica’. Com tal estudo obter-se-á uma visão dos fluxos físicos, os quais são conjugados ao fluxo monetário, e isto deve culminar com um conjunto de informações do processo. Isto se deve ao fato de que os sistemas de custeio devem ser implantados em função da natureza do processo produtivo, do tipo de custo a ser apurado e, ainda, levando-se em consideração o nível de detalhes das informações a serem fornecidas segundo as necessidades de cada usuário.

2.2 – GASTOS X CUSTOS X DESPESAS

Morante (2009) classifica como gasto todo pagamento efetivamente realizado ou compromissado, ou seja, toda saída de caixa, por conta de aquisição de algum bem ou serviço. Martins (2010), explica que gasto é a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Assim, tudo que for comprado pode-se enquadrar como gasto.

Martins (2010), ainda define despesa como sendo o bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas, como exemplos temos: comissão do vendedor, computador da administração, telefone, etc. Enquanto o custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços, tendo exemplos como: matéria prima e mão de obra direta. Morante (2009, p.1) simplifica a diferença entre custo e despesa, dizendo que “custo é o gasto para se colocar o produto na prateleira, despesa é o gasto para se levar o produto até o cliente final”

2.3 – CUSTOS DIRETOS

Para Bruni e Famá (2004), este tipo de custo é diretamente incluído no cálculo dos produtos. Este consiste nos materiais diretos usados na fabricação do produto ou serviço e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade de serem mensuráveis de maneira objetiva.

Já para Leone (2000, p. 49), são “aqueles custos que podem ser facilmente identificados com o objeto de custeio. São custos diretamente identificados a seus portadores. Para que seja feita a identificação, não há necessidade de rateio”.

Conforme Padoveze (2004) são os custos que podem ser fisicamente identificados sob consideração a um segmento particular. Se o que está em consideração é uma linha de produtos, então, o material e a mão-de-obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos.

Segundo os autores citados, temos um consenso sobre o que são custos diretos, sendo estes facilmente identificados e mensurados por estarem diretamente alocados aos produtos a que se referem.

2.4 – CUSTOS INDIRETOS

Para Martins (2010), os custos indiretos não oferecem condições de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Já para Bornia (2002), os custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos às unidades, necessita-se de alocações para isso, e tais alocações causam a maior parte das dificuldades e deficiências dos sistemas de custos, pois podem ser feitas por vários critérios de acordo com o contador de custos, o que pode levar a subjetividade da classificação.

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