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O Strategy as Practice

Por:   •  7/3/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.705 Palavras (27 Páginas)  •  60 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE NEGOCIOS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ANDRÉ DA SILVA

CLARISSA FIGUEREDO ROCHA

AS PRATICAS ESTRATEGICAS NA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL: UMA ANALISE DA VISÃO BASEADA EM ATIVIDADES EM UMA ORGANIZAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS

CURITIBA

2013

RESUMO

O propósito deste artigo é contribuir com a discussão sobre a emergente abordagem da Estratégia Como Prática (Strategy as Practice- SAP). Para tanto se buscou, primeiramente, delinear, a partir de visões teóricas, os contornos dessa área de pesquisa e apresentar uma estrutura analítica que serviu como apoio para o presente estudo empírico, destacando, inclusive, as delimitações e implicações que figuram no trabalho de “fazer” estratégia (ou strategizing). O artigo apresenta os fundamentos iniciais da SAP enquanto vertente de pesquisa, explorando também as contribuições da Visão Baseada em Atividades (VBA) para a análise da práxis (ou atividades) estratégica. Tem havido recentemente um interesse por parte de diversos autores que estudam compreender como se desenvolve a prática da estratégia organizacional sob um prisma mais social. Partindo desta tendência, o presente trabalho descreve como ocorre o processo não só da implementação mas como também formulação estratégica em uma organização sem fins lucrativos, a ONG  Pequeno Cotolengo. A criação e operacionalização da estratégia nesta ONG é analisada tomando-se como base autores defensores da abordagem SAP, analisando duas dimensões principais: os resultados pretendidos com as estratégias que contribuam para a sustentação da tripé da sustentabilidade e os processos pelos quais ela, de fato, acontece. O procedimento de pesquisa se caracteriza por um estudo de caso, de caráter qualitativo e adotando uma perspectiva interpretativista. Foram utilizados dados primários, obtidos por meio de entrevistas não estruturadas com quatro colaboradores da organização. Com base nos dados coletados observou-se que, na prática da organização pesquisada, as razões que levam ao estabelecimento da estratégia [não estão unicamente voltadas aos aspectos econômicos]. Quanto à formulação das estratégias, predominou [...]

Palavras chaves: Estratégia como Prática, VBA, Organização sem fins lucrativos e tripé da sustentabilidade organizacional.

ABSTRACT

(OU...

Este trabalho teve como objetivo identificar as práticas estratégicas na criação e manutenção do tripé da sustentabilidade organizacional em uma ONG . Para entendimento das teorias, este estudo possui um referencial teórico que abarca e Estratégia como prática social e seus elementos principais – praticantes, práticas e atividades (ou práxis), o tripé de sustentabilidade em conjunto com a estratégia, os atores desta sustentabilidade e as suas práticas calcadas em equilibrar aspectos ambientais, sociais e econômicos. Por fim, propõe-se uma junção da abordagem da estratégia como prática e a da tripé da sustentabilidade organizacional, também conhecida por Tripple Botton Line)...

Key Words:

INTRODUÇÃO

Atualmente o campo de estudos organizacionais no campo da estratégia tem crescido, sobretudo em função da dinâmica ambiental na qual as organizações se encontram inseridas.

Nessa perspectiva, os estudos em estratégia tem se mostrado especialmente atrativos na medida em que novas propostas de entendimento são formuladas, em especial, com ênfase tanto no processo de concepção, execução e implementação da estratégia, quanto no que diz respeito as habilidades do estrategista, as tecnologias e artifícios incorporados e implicações para a sociedade como um todo (PACAGNAN et. al., 2011).

Entretanto o que se tem constatado é que na perspectiva do estrategista em ação, a realidade-prática e cotidiana, tem sido das mais complexas e dinâmicas possíveis, onde os modelos nem sempre se mostram adequados e eficazes. Essa dicotomia ganhou fôlego, sobretudo dentro de um paradigma dominante e prescritivo, forçando a incorporação dos pressupostos e modelos de cunho quantitativo como metodologia de recorte da realidade da estratégia, inibindo assim,

a consolidação em termos mais qualitativos, sociais e aprofundados sobre o tema (MINTZBERG et.al., 2000).

É essencial o papel do estrategista como alguém possuidor de uma articulação particular, que busca a captura de uma dimensão “micro” a fim de entendimento mais amplo quanto à questão da condução da estratégia (PACAGNAN et. al., 2011). Diante desta lacuna, emergiu um novo paradigma (“pós-moderno”) para os estudos em estratégia, assentando em pressupostos mais sociológicos; trata-se da Estratégia como Prática (ou Strategy-As-Practice).

A literatura atual vem mostrando que a estratégia e sua gestão eficaz têm sido uma das áreas de estudo mais evidenciadas nos dias de hoje. Pensar estrategicamente tornou-se tanto para os dirigentes organizacionais, quanto para os estudiosos da administração um fator indispensável para a condução e gestão das organizações, tenham elas fins lucrativos ou não (MOORE, 2000). Assim, o que antes era um assunto restrito às organizações com fins lucrativos começa a penetrar o campo daquelas que atuam no terceiro setor e possuem como razão de existência finalidades de caráter mais substantivo e social (PEREIRA et. al., 2006).

No contexto nacional, as organizações sem fins lucrativos têm assumido um papel consideravelmente importante, buscando atender demandas sociais que o primeiro (Estado) e o segundo setor (mercado) não podem ou não conseguem suprir. Este crescimento traz consigo alguns desafios para este tipo de organização. Alguns deles dizem respeito a [solidificação de legitimidade para a] captação de recursos (HUDSON, 1999; MOORE, 2000) e a manutenção de uma tripé de sustentabilidade indispensáveis para a sua perenidade a longo prazo. Portanto, há necessidade de melhorar a gestão estratégica no intuito de alcançar um melhor desempenho, calcado na sustentabilidade organizacional com legitimidade, atendendo a exigência por profissionalização, mostrando sua capacidade e competência (SALAMON, 1997). 

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