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O Veganismo em Curitiba

Por:   •  14/3/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.604 Palavras (11 Páginas)  •  69 Visualizações

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Como é ser Vegano em Curitiba: Motivações e dificuldades

RESUMO: Esta pesquisa tem por objetivo investigar e obter informações sobre o estilo de vida vegano em Curitiba. Com enfoque nas motivações e dificuldades. Utilizou-se um questionário com 5 perguntas abertas e 2 fechadas disponibilizado a 13 moradores de Curitiba que se identificam como veganos.

Palavras-chave: Vegano, Curitiba, Vida, Motivações, Dificuldades

ABSTRACT: This research aims to investigate and obtain information about the vegan lifestyle in Curitiba. Focusing on motivations and difficulties. A questionnaire with 5 open and 2 closed questions was made available to 13 residents of Curitiba who identify themselves as vegans.

Keywords: Vegan, Curitiba, Lifestyle, Motivations, Difficulties

Introdução

           Este artigo pretende apresentar sobre como é ser Vegano em Curitiba, com ênfase nas Motivações e dificuldades deste estilo de vida. O Veganismo é uma forma de viver que tem em seu propósito a exclusão de todas as formas possíveis de crueldade e exploração contra animais, seja para alimentação, vestuário, ou qualquer outra finalidade, a razão deste pensamento se atribui a compreensão de que os animais são seres sencientes (capazes de sentir sensações e sentimentos).

           O movimento Vegano começou a tomar sua forma atual, a partir de 1943, introduzido pelo inglês Donald Watson, no entanto, estima-se que os debates éticos iniciais sobre maus tratos a animais surgiram há muito tempo, há indícios das primeiras reflexões em 500 a.C com o Filósofo Pitágoras.

No decorrer de toda a História, há vários Filósofos, pensadores e artistas que trabalharam a reflexão da ética para com os animais, e essas propagações motivaram a expansão do movimento Vegetariano no século XX. Portanto, o intuito do movimento vegetariano era a objecção aos maus tratos e consumo dos animais.

          Ao longo do tempo, os grupos vegetarianos foram aumentando, ficando cada vez mais estruturados e elaborados, dentro desses grupos, começaram a surgir outros questionamentos sobre a plenitude da ação de ética com os animais, pois a não consumação de carne de origem animal, não representaria a totalidade da não exploração dos animais, visto que ao consumir leite, ovos, peles e tantas outras opções de origem animal, entendia-se por estas pessoas que de alguma maneira havia uma colaboração para a exploração animalesca.

Portanto, o movimento Vegetariano foi fundamental para o desenvolvimento do Veganismo e a partir da identificação e reunião de várias pessoas vegetarianas com essa linha de pensamento mais ampla, o Veganismo surgiu.

          Não há uma estimativa de quantas pessoas veganas existem no mundo, porém, o movimento está em ascensão, impulsionado por vários fatores, como a conscientização e necessidade da mudança das pessoas em uma alimentação mais saudável e a responsabilidade ambiental, visto que as pesquisas realizadas pela Onu apontam que a a  produção de pecuária é a maior responsável pela emissão de gases no efeito estufa e pela erosão de solos e poluição de aquíferos.

       Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2012, revelou que 8% da população de Curitiba, se considera vegetariana ou vegana, o que representa nos dias atuais, uma estimativa de 240 mil pessoas.

Embora o número de adeptos em Curitiba seja considerável, a sociedade vegana ainda é pouco popular, e essa disparidade entre o número de adeptos ao veganismo e o número de não adeptos, possivelmente gera uma série de consequências aos seguidores desse movimento, que serão abordadas nesse artigo.

  1. Fundamentação teórica
  1. Definição de Veganismo        

O Veganismo é um estilo de vida que exclui totalmente qualquer tipo de exploração e utilização de animais, seja para consumo, vestuário, indústria farmacêutica, de cosméticos, testes, trabalho, entretenimento, rituais religiosos, para qualquer finalidade. De acordo com a sociedade vegana, 2011 “Veganos são, portanto, vegetarianos que excluem animais e derivados não apenas de sua dieta, mas também de outros aspectos de suas vidas”

Esse posicionamento justifica-se principalmente pela compreensão de que os animais são seres sencientes, ou seja, que sentem.

Dizer que um ser é senciente é reconhecer que ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos como dor, angústia, solidão, amor, alegria, raiva, etc. Ninguém discorda que tal característica não é privilégio do
ser humano, mas de todos os animais. Contudo, ainda assim, juridicamente no Brasil os animais possuem status de coisa. (AGENCIA ANDA, 2015)

É preciso observar o contexto histórico da humanidade e como esse comportamento resultou em uma cultura que ainda prevalece antropocêntrica, que é uma conduta que valoriza somente o bem-estar do ser humano e que sugere a subjugação e a exploração da natureza em seu benefício.

Para Pepper, o antropocentrismo é definido como um movimento que considera os valores humanos a fonte de todo o valor, e que leva a manipular, explorar e destruir a natureza para satisfazer desejos materiais dos seres humanos”. (1996, p. 34)

Nesse entendimento, os animais foram coisificados, ou seja, relacionados como posses de exploração e consumo do homem. Os veganos nesse âmbito, se organizam como um movimento que entre os seus propósitos, busca combater a exploração e maus tratos a animais. Castells (1999) define o surgimento de movimentos de maneira geral como ambientalistas contraculturais, devido à oposição a algumas normas institucionalmente reconhecidas pela sociedade. O desafio dos veganos é justamente a oposição a cultura do consumo da carne e derivados de animais que é enraizada pela sociedade.

1.2 Veganismo surgiu do Vegetarianismo

O movimento vegetariano é definido pelo regime alimentar que exclui todos os tipos de carne, de acordo com a sociedade vegetariana brasileira, 2017 o vegetarianismo costuma ser classificado da seguinte forma:

(a) Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.

(b) Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.

(c) Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.

(d) Veganismo: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

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