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Resenha Critica do Livro Linguagem e Persuasão

Por:   •  18/5/2021  •  Resenha  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  273 Visualizações

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No livro Linguagem e persuasão o autor Adilson Citelli nos leva a refletir sobre assuntos como o uso da linguagem na persuasão e como tais assunto estão ligados diretamente a retorica, também nos dá exemplos de como é utilizada e onde é encontrada com frequência.

Em seu livro Adilson Citelli cita a revista americana Newsweek que anunciava em seu cartazes de publicidade como um meio de comunicação que tinha como princípio o apenas informar os seus leitores e não usar de persuasão em suas publicações, reforçando o mito de que a imprensa informa e não persuade, isso por que a revista assim como a maioria dos seus leitores associa a persuasão como uma coisa ruim ligada a fraude ou mentira, porem o próprio slogan da revista (Aquela que não persuade) leva o leitor a ser persuadindo que a revista não utiliza de persuasão nos seus textos, mas a linguagem está ligada a persuasão como o próprio autor exemplifica (como a pele ao corpo) a partir de que alguém tenta passar a outro uma determinada ideia esse também tenta convencer que sua ideia é de alguma forma correta e plausível.

A ideia de persuasão para o autor é um conceito muito amplo e chega a ser difícil a este encontrar no nosso cotidiano alguma forma de linguagem que não utilize de persuasão em sua forma ou discurso essas exceções estão ligadas segundo o auto a arte talvez a arte, algumas manifestações literárias, jogos verbais, um ou outro texto marcado pelo elemento lúdico.

No segundo capítulo do livro o autor aborda um pouco sobre o discurso clássico e suas origens no mundo grego, pois com a democracia esses povos precisavam espalhar seus argumentos com habilidade e logica, tal conceito para os gregos era muito empregado pelos filósofos da sua sociedade pois esses em seus discursos utilizavam de persuasão com o auxílio da retorica.

Para os filósofos gregos ter o dom da palavra não era o suficiente era preciso expor seus argumentos de uma maneira que levasse o ouvinte ou leitor a ser convencido pelo mesmo, isso fez com que grande parte das escolas da época criassem disciplinas que auxiliassem de maneia eloquente o melhoramento do uso da arte do domínio da palavra que marcou os discursos feitos pelos gregos de sua época.

A disciplina que era responsável pelo estudo da linguagem era a retorica, segundo Oswald Ducrot e Tzvetan Todorov:

“O aparecimento da retórica como disciplina específica é o primeiro testemunho, na tradição ocidental, duma reflexão sobre a linguagem. Começa-se a estudar a linguagem não enquanto ‘língua’, mas enquanto ‘discurso’”.

Ou seja, cabe a retorica a função de convencer o receptor da mensagem sobre uma dada verdade. Porem a retorica com o passar do tempo passou a ter um tom pejorativo, transformando-se em um mero embelezamento, passando a ser um enfeite ou palavras mais belas no discurso.

A retorica clássica se tornou de grande necessidade na sociedade grega pois era de importante que alguns membros de determinadas classes sociais dominassem as regras da boa argumentação. Dois grandes filósofos Gregos discutiram sobre a retorica estes foram Sócrates e Platão porem quem mais escreveu sobre foi Aristóteles. O livro de Aristóteles A arte retórica serve até hoje como manual para quem deseja estudar tais questões, A obra é considerada uma síntese dos estudos gerais sobre a retorica, dividida em três livros (I, II e III).

No terceiro capitulo da obra, o autor explica um pouco sobre a natureza do signo linguístico e a importância de se reconhecer a necessidade de uma organização deste processo para a verificação da construção do discurso. O autor também explica que todo signo possui dupla face: o significante e o significado. CITELLI (2002, p.41) define o conceito de significante e o significado em sua obra:

  “O significante é o aspecto concreto do signo, é a sua realidade material, ou imagem O significante é o aspecto concreto do signo, é a sua realidade material, ou imagem acústica. O que constitui o significante é o conjunto sonoro, fônico, que torna o signo audível ou legível. O significado é o aspecto imaterial, conceitual do signo e que nos remete a determinada representação mental evocada pelo significante. Que nos remete a determinada representação mental evocada pelo significante. ”

Ainda no mesmo capitulo o autor fala também sobre os tipos de discurso: discurso dominante e discurso autoritário, no discurso dominante é utilizado para impor uma ideia sobre outra que já está em vigor, esse tipo de discurso é muito comum nas diversas camadas da sociedade, já o discurso autoritário é definido pelo autor como um meio de persuadir o indivíduo desejoso de que a verdade de uma instituição é a verdade de todos ou seja com a maneira como as ideias são expressadas acaba por normatiza-la e tornasse a verdade.

O autor explica no seu quarto capitulo um pouco mais sobre as modalidades discursivas e sua importância, essas são divididas em três: O discurso lúdico, discurso polêmico e discurso autoritário, o lúdico significa jogo logo o discurso pode ser interpretado como um jogo de interlocuções e passando a ter menos verdade de um e diminuindo o desejo de convencer. O discurso polemico nesse tipo de discurso a um embate/debate entre duas vozes que tentarão ao longo do discurso derrubar a outra, neste discurso podemos observar sempre uma riqueza de argumentos que podem ser contestados. No discurso autoritário é caracterizado por instalar todos os elementos de domínio da palavra é o que se tornou conveniente chamar de processo da comunicação.

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